segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O MARTELO

 Alegam que para isso existe o pé-de-cabra.

Martelo do juiz

 Porém, o mais comum e mais difundido é o martelo de unha. 

Martelo de borracha


O MARTELO




Creio que o martelo seja a ferramenta mais difundida no mundo. Em todo lar, minimamente organizado, há um martelo. Além de ser largamente utilizado por amadores também faz parte do instrumental de muitos profissionais.
Conforme sua utilização ele muda de formato e tamanho. Existe, por exemplo, um bem pequeno utilizado por sapateiros. Até dentistas e cirurgiões usam martelos para determinadas atividades. Há os martelos enormes como marretas, utilizados para quebrar pedras e fazer trabalhos pesados.
 Porém, o mais comum e mais difundido é o martelo de unha. Esse, além da base para o impacto, possui duas unhas que servem para arrancar pregos. Os profissionais condenam essa prática (arrancar pregos com o martelo) por que dizem que há um risco grande de danificar ou até quebrar o cabo. Alegam que para isso existe o pé-de-cabra.
Para manusear com eficiência o martelo precisamos considerar dois princípios que são inversamente proporcionais: Se você segurar o cabo muito próximo do martelo então terá mais precisão na batida, porém menos força de impacto. Se, ao contrário, segurar o cabo mais no seu final então terá menos precisão, porém mais força de impacto.
O martelo é uma ferramenta de muita utilidade, porém ele pode se transformar em algo sinistro e maléfico. Quando você vê uma unha com uma mancha preta pode ter certeza que foi obra do martelo.
José Clemente Pozenato é um escritor de renome e mora em Caxias do Sul. Entre suas obras encontramos “O CASO DO MARTELO” que conta a história de um assassinato onde a arma do crime foi um martelo.
 O crime mais vergonhoso e hediondo cometido pela humanidade, talvez, tenha sido a crucificação de Cristo. Certamente, aí, o martelo deve ter tido uma participação efetiva.
Porém, como sempre, não é o instrumento que pratica o mal, mas sim quem o comanda. O revólver seria inofensivo se ninguém puxasse o gatilho. A bomba atômica faria mal a ninguém se não fosse disparada.  
Se você não tem martelo em casa trate de adquirir um. Ele é muito útil e até indispensável num lar.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O FANTASMA





 sobre a prateleira uma estatueta
de Santo Antônio


 Miguel e Adelina são os ancestrais da família Royer em Arroio Canoas.
 Tiveram dezessete filhos

Dos dezessete filhos, dois morreram prematuramente




Casa construída por Miguel Royer

Residencia da família Royer




                                                     
                                                     O FANTASMA



 Miguel e Adelina são os ancestrais da família Royer em Arroio Canoas. São naturais da Linha Francesa onde casaram e tiveram a primeira filha, a Clara. A história que vou contar aconteceu com Arsênio Royer um dos filhos de Miguel.
Quando Arsênio casou foi morar numa casa grande que fora construída para ser um salão de bailes. Pertencia ao seu pai que lhe arrendou a casa e toda a propriedade pelo prazo de dois anos.
A casa tinha fama de mal assombrada. Contava-se que à noite apareciam luzes no potreiro, nas estrebarias e no paiol. Arsênio era um homem corajoso e não dava ouvidos a tais boatos.
Depois de algum tempo, algo muito estranho começou a acontecer. Acima da soleira da porta do quarto do casal, havia uma pequena prateleira e sobre a prateleira uma estatueta de Santo Antônio. A estatueta fora um presente de casamento de Ataliba e Elsa Käfer hoje falecidos.
Todas as noites, quando o casal já estava na cama, a estatueta tombava. Arsênio acendia o lampião, ainda não tinha energia elétrica em Arroio Canoas, ia verificar, mas não conseguia descobrir o que derrubava o Santo Antônio. Então, subia numa cadeira e recolocava o Santo na sua posição correta. Mal estava deitado e o Santo Antônio tombava novamente.
Conta Arsênio que durante várias noites o fato se repetia sem que ele conseguisse desvendar o mistério, até que, numa noite, flagrou um rato fugindo quando Arsênio, com o lampião aceso, saiu do quarto. O mistério estava desvendado.
A estatueta era oca, e na base tinha um buraco. Certamente o rato derrubava o Santo Antônio para ter acesso ao interior e ali fazer o seu ninho.
É de admirar a coragem de Arsênio, pois muitos teriam abandonado aquela casa.
O casal Arsênio e Norma é muito acolhedor. Se um dia o prezado leitor tiver a oportunidade de visitá-los, peça para que lhe mostrem a estatueta de Santo Antônio. Eles a mantêm guardada até hoje e serve de lembrança do casal que lhes deu de presente de casamento. Acho que aí está o verdadeiro significado de se dar um presente. Algo que torna você presente na vida da pessoa presenteada. Se você der dinheiro ele é gasto e nada mais fica de recordação.   


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

FESTA CAFUNDÓ 2012





 Ela encanta pela sua simplicidade 

A capela é uma das poucas consagradas a Santa Luzia.
Devoção a Santa Luzia, protetora dos olhos. 

 Animamos a missa com o nosso Grupo de Cantos do Sagrado,
 desta vez, com as crianças.

famílias, ou grupos de pessoas, almoçaram num clima descontraído 

 Entre eles, várias mulheres que com sua beleza e simpatia
 colaboraram com o brilho e a magia da festa.

Um cochilo depois do almoço

o lugar é aprazível em meio à natureza, 





FESTA DE CAFUNDÓ, 2012



A comunidade de Cafundó é muito pequena. Em épocas passadas, muitas famílias moravam aí. A comunidade era próspera baseada na agricultura familiar. Graças à fertilidade de suas terras, produzia uma grande variedade de gêneros. O Raimundinho, com sua carroça puxada por duas ou três parelhas de mulas, levava a produção até Arroio Canoas e daí, com o caminhão da Cooperativa, para Porto Alegre.
Mas as terras, apesar de férteis, perderam seu valor devido à topografia. São encostas íngremes que a agricultura mecanizada não consegue aproveitar. Por isso houve o êxodo rural e as pessoas migraram para as cidades próximas se empregando nas indústrias que, em franco desenvolvimento, necessitavam de muita mão de obra.
Ninguém sabe, ao certo, porque a Festa de Cafundó é sempre tão concorrida. Devido à falta de pessoas (êxodo rural) a comunidade encontrou dificuldades para realizar a festa e durante alguns anos foi suspensa.
Padre Ademar, quando chegou à paróquia de poço das Antas, retomou a festa porque, segundo ele, o lugar é aprazível em meio à natureza, e porque a capela é uma das poucas consagradas a Santa Luzia. No primeiro ano da sua reedição compareceram somente 150 pessoas. Mas, aos poucos, a festa foi reconquistando seu brilho e nesta última edição foram servidos mais de mil e  quinhentos almoços.
A festa transcorreu num clima informal onde, muitas pessoas, ao invés de sentarem à mesa para almoçar, preferiram fincar um espeto não chão e, sobre uma toalha, a maionese, saladas e o pão. Assim, famílias, ou grupos de pessoas, almoçaram num clima descontraído recuperando a velha tradição da festa, que lá no início, era assim.
A nossa comunidade participou com muitas pessoas ajudando a servir e organizar a festa e, como já é tradição, animamos a missa com o nosso Grupo de Cantos do Sagrado, desta vez, com as crianças. Sei, também, que muitas outras comunidades colaboraram, como: Trípoli, Carolina, Boa Vista do Sul, Carlos Barbosa e um grupinho da Linha Fátima. Conversei com eles e me disseram que já, há quatro anos, percorrem, a pé, quatorze km porque são devotos de Santa Luzia. Era um grupo alegre e disposto e, entre eles, várias mulheres que com sua beleza e simpatia colaboraram com o brilho e a magia da festa.
O dinheiro arrecadado será totalmente investido na reforma da capelinha. Ela encanta pela sua simplicidade e é a única construída em madeira no município de Barão. Por isso merece ser preservada.
Parabéns ao povo de Cafundó. Aos moradores locais e a tanta gente de fora que fizeram, mais uma vez, dessa festa um acontecimento marcante no calendário de eventos de Barão.



terça-feira, 4 de dezembro de 2012

E. S. C. DE JESUS





Prof. Pedro Kocchann último professor a lecionar em
língua alemã na E.S.C. de Jesus 

Escolinha antiga. Muitos filhos desta terra estudaram aqui.



                       Escola Sagrado Coração de Jesus



      Os colonos alemães e italianos sempre deram uma atenção especial à educação. Aqui em Arroio Canoas não foi diferente. A Escola Sagrado Coração de Jesus existe desde a fundação da localidade. Durante esses mais de cem anos muitos professores trabalharam por aqui: Arthur Hentz, Jacob Riter, Fridolin Dihl, Wilibald Hartmann para citar alguns dos antigos.
Já, em época mais recente, Pedro Kochhan também lecionou aqui. Foi um professor muito enérgico. Durante a segunda guerra mundial lhe foi proibido lecionar em língua alemã. Isso fez com que enfrentasse grandes dificuldades, pois não conhecia suficientemente o português. Os alunos, daquela época, foram muito prejudicados. A maioria deles, hoje, mal sabe ler e escrever.
  Depois teve o Arsênio, o Geraldo, a Nísia, o Arlindo Scottá, a Vera a Josérida e uma lista muito grande de professores que aqui dedicaram seu trabalho para a educação dos filhos dos colonos. Atualmente duas professoras estão trabalhando aqui. A Flávia e a Rejane.
Eu também estudei na Escola Sagrado Coração de Jesus. Foi uma época muito bonita. Lembro de alguns colegas:
-O Dorvaldo Ongaratto, a Ilone, O Lauredo, o Ivo, o Flávio, o Eloides, o Divo Fantineli e o irmão dele, o Vitor Scottá, o Irineu, a Deolides Salvi, só para citar alguns.
No recreio, jogávamos “Barra” ou “Bandeira Velha”. O pátio e a sala de aula estavam sempre cheios de crianças.
 Hoje, perguntei a um menino em que série estudava. Ele respondeu que na primeira. Perguntei quantos colegas tinha. Não tinha colegas. Estava sozinho.
Já se cogitou em fechar a Escola. A Senhor do Bom Fim foi municipalizada. Em Barão, o curso do Magistério reabriu. Havia fechado por falta de alunos. Acho que a nossa educação já viveu dias melhores.
  

terça-feira, 27 de novembro de 2012

MEU PRIMEIRO GRENAL




MEU PRIMEIRO GRENAL








MEU PRIMEIRO GRENAL




  A Tia Clara nunca fora casada. Ainda jovem, foi trabalhar em Porto Alegre no hospital Santa Casa. Habituou-se à vida na cidade grande, mas jamais esqueceu a sua terrinha e os parentes que ficaram por aqui. Depois de aposentada, para o desespero de papai, vinha, seguidamente, nos visitar. Papai não gostava dela por que, dizia que ela metia o bico onde não era chamada.
 Tia Clara conseguiu comprar os fundos de um terreno. Lá construiu uma pequena casa onde morava desde há muito tempo.
- Pelo menos não preciso pagar aluguel, dizia orgulhosa.
Era muito amiga da família que morava na frente a ponto de chamar, de filhos, os dois meninos do casal. Eu conhecia bem os dois que, seguidamente passavam, nas férias escolares, vários dias na nossa casa.
Na última vez que Tia Clara nos visitou convidou-me para passar uns dias com ela.
Eram quatro horas da tarde, de um sábado ensolarado, quando cheguei a casa dela. Fui recebido com festa pelos dois amigos. De noite, dormi no quarto deles. Conversamos muito antes de dormir: aulas, passeios, plantação, cinema, televisão e até o mais velho falou de sua namoradinha, uma linda loirinha, segundo ele, sua colega na escola.
- O que faremos amanhã? Perguntou o mais novo.
-Vamos ver o Grenal, sugeriu o outro.
Assistir a um Grenal era para mim um verdadeiro sonho.
Já, de manhã cedo, preparei minha mochila. Levei uma almofada, um lanche e uma bandeira vermelha, a cor do meu time favorito.
Às duas horas, partimos. Assim que saímos de casa, um gato branco cruzou a rua na nossa frente.
- Sinal de sorte, pensei.
  Ao chegar ao estádio, fiquei atordoado com tanto reboliço. Vendedores, correria e empurrões. Nunca imaginara tanta gritaria e reboliço na entrada do estádio.
  Finalmente achamos um bom lugar nas arquibancadas. Sentamos todos juntos pois torcíamos para mesmo clube.
  O jogo começou. A torcida rugia a cada jogada bonita. Finalmente, já no segundo tempo, o gol. A metade do estádio explodiu num grito uníssono de entusiasmo. Vencíamos o grenal por um a zero. Perdi a noção de mim. A individualidade sumira. Eu fazia parte de uma grande alma grupal. Era um êxtase, um orgasmo coletivo.
 Aos poucos, quando a bola voltou para o centro do gramado, voltei a mim. O coletivo, novamente, cedeu lugar ao indivíduo. Então, mal a massa acordara do transe, o gol de empate. Ai foi a vez do outro lado.
  E o jogo parecia terminar no um a um. De repente, porém, o inesperado. Já nos acréscimos, a bola cruza a área e encontra a cabeça ágil do centroavante. E a rede balançou mais uma vez. A vibração da torcida foi indescritível. Um barulho ensurdecedor tomou conta do estádio. A bola no centro e o final do jogo. Tudo estava acabado.
  De noite na cama, lembrei do gato branco. Bem que mamãe, sempre, nos disse que nestas coisas não devemos acreditar.


sábado, 17 de novembro de 2012

UMA CAÇADA NA PIMENTA

Caçando uma lebre.

Agora, pelo latir dos cachorros, sabia que, sem demora




Quando estava a uma distância ideal para o tiro, disparou.

 Então Vilma me entregou a cuia com o primeiro chimarrão

Ele e sua esposa Vilma são muito hospitaleiros

O Senhor Ilo Becker mora na Pimenta, próximo à capelinha.

Se alguém duvida da veracidade desta história deve procurar o Senhor Ilo Becker


UMA CAÇADA NA PIMENTA


Ilo  Becker e Vilma Abel Becker moram na Pimenta. É um casal muito simpático. Quando me viram chegando ele disse para a mulher:
- Este é aquele homem.
- Que homem? Perguntou ela.
- Aquele que te falei, que escreve aquelas histórias no jornal.
- Eu sabia que virias falar comigo porque o Claudio Käfer me disse.
Sentamos na cozinha e enquanto Vilma preparava o chimarrão ele falou que sempre lia as histórias que escrevo no jornal. Disse que lê todas, mas que não gosta muito quando escrevo aquelas coisas de amor. E deu uma gargalhada. Então Vilma me entregou a cuia com o primeiro chimarrão e disse que, ela sim, gostava dos textos românticos. - Aliás, quando era mais novo, ele também, era mais romântico. Agora virou um velho que nem pensa mais naquelas coisas, e deu uma gargalhada enquanto foi abraçar Ilo pelas costas dando-lhe um beijo no rosto.
Então perguntei se aquela história que contou para o Claudio era verdadeira. Disse que sim e que ele viu a lebre espetada no cano da espingarda. Tudo começou assim, disse:
- Hugo Patzlaf, hoje falecido, sabia do paradeiro de uma lebre. Era, lá em cima na minha roça, onde se via, todas as manhãs, esterco fresco de lebre.
 Isso faz, pelo menos, trinta anos quando, num sábado de noite, tinha baile no pequeno salão de madeira que a comunidade havia construído. Hugo veio falar comigo me convidando para uma caçada no domingo de manhã. Quem é daquele tempo sabe que para caçar lebre o recomendável é sair a campo muito cedo porque as pegadas, nas primeiras horas, são frescas e facilmente percebidas pelo faro dos cachorros lebreiros.
Ao clarear do dia, Hugo já estava postado no local combinado onde, com certeza, a lebre passaria para fugir da cachorrada. Todo caçador sabe que a lebre sempre foge morro acima. Então se postou, lá em cima, numa estrada, com sua espingarda, esperando a vítima. Agora, pelo latir dos cachorros, sabia que, sem demora, ela apontaria aí na curva da estrada. De fato, aí vinha ela perseguida pelos cachorros. Quando estava a uma distância ideal para o tiro, disparou. Mas a arma negou fogo. Disparou de novo e nada. Então, sem uma alternativa mais razoável, procurou atingir a lebre com o cano da espingarda. Por incrível que pareça acertou-a, de modo que ficou espetada no cano da arma. Quando cheguei estava ele com a arma levantada tentando proteger sua caça, pois os cachorros queriam pegar a vítima espetada no cano.
Depois descobrimos que a arma falhou porque ele não tinha puxado o gatilho.
Se alguém duvida da veracidade desta história deve procurar o Senhor Ilo Becker que mora na Pimenta, próximo à capelinha, na estrada que vai par Vila Rica. Ele e sua esposa Vilma são muito hospitaleiros e farão questão de recebê-lo para contar esta história e muitas outras que sabem.
Um abraço a toda a comunidade de Pimenta.


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

ACONTECIMENTOS MISTERIOSOS



MISTERIOS




Mindo e Terezinha colhendo mangas

Janete, Terezinha e Mindo

Guabiju. Fruta nativa do Rio Grande do Sul

Notebook que recebeu a mensagem, e o misterioso livro.




Acontecimentos Misteriosos



Ultimamente, alguns fatos estranhos estão acontecendo comigo. Não acredito em fantasmas, em espíritos do além, em almas do outro mundo ou coisas do gênero. Acho que tudo acontece conforme a natureza determina. Na maioria das vezes, os “fatos inexplicáveis” não resistem a uma investigação simples e corriqueira. Ultimamente, fui levado a mudar de opinião, principalmente, em relação a algumas coisas que vem me acontecendo.
Num dia desses, fui visitar meu amigo Paulo que veio passar alguns dias na casa do Libo. Fiquei fora, no máximo, meia hora. Quando voltei encontrei um livro novo, na minha cozinha, em cima da mesa. Não havia bilhete, nem recado, nem qualquer pista que pudesse identificar o responsável pela gentileza. Perguntei para todos os meus amigos e às pessoas do meu relacionamento, mas nada descobri. O título do livro é: “Heróis de Verdade” de Roberto Shinyashiki. Já se passaram quatro anos e o livro continua um mistério.
 Em outra época, fui beneficiado com uma mensagem extraordinária no meu Note Book. A mensagem contava uma historia incrível sobre o surgimento do homem sobre a terra. Tomei a mensagem e com ela escrevi um livro. O livro foi lançado em 2009 e está com sua edição esgotada. A mensagem que recebi continua um mistério. E o livro na minha mesa, também.
Há poucos dias, apareceu, lá em casa, uma sacola cheia de mangas doces e deliciosas. Novamente não havia bilhete nem qualquer identificação do autor daquele gesto amigo. Mais um mistério na minha vida! Porém, esse já foi desvendado. Descobri que se tratava de um presente do meu amigo Mindo Guaragni. O Mindo tem, na sua propriedade, um lugar onde o frio não queima as plantas sensíveis. Disse-me que, aí, nunca deu geada. Será que esse fenômeno também esconde algum mistério? Segundo o Mindo, nas noites mais frias, quando todo o Canoinhas está coberto de geada, aquele lugar, na sua propriedade, exibe um verde maravilhoso. O frio, aí, nunca matou qualquer planta por mais sensível que ela seja ao frio. Eu acho que são correntes quentes que sobem de Cafundó e que protegem aquele local, do frio. Mas o Mindo está convicto que alguma coisa extraordinária acontece aí. Ele não sabe o que é. Talvez algum espírito amigo ou uma graça especial esteja protegendo a sua propriedade. Enfim, é aí que ele consegue cultivar as suas mangas.
O Mindo é casado com a Terezinha e tem dois filhos maravilhosos: a Janete que é casada com o Ari, meu amigo, e o Maninho, que é casado com a Adriana, também maravilhosa e querida.
Mindo, obrigado pelas frutas. Ah, e pelo mistério.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

AS FRUTAS E SEU VALOR NUTRICIONAL

SACOLÃO CENTRAL 






O “SACOLÃO CENTRAL” estará patrocinando esta coluna.

uma bandeja cheia de frutas maduras, cheirosas e coloridas
muitos deles são encontrados somente nas frutas verduras e legumes


Desejamos à Lisiane muito sucesso neste seu novo empreendimento.

Os vegetais suprem todas as nossas necessidades de alimentação.


AS FRUTAS E SEU VALOR NUTRICIONAL

Se formos considerar algumas evidências, podemos concluir que lá no início éramos vegetarianos. Quando temos fome e, na nossa frente, virmos uma bandeja cheia de frutas maduras, cheirosas e coloridas, isso excita o nosso apetite. As glândulas salivares entram em ação e acontece oque chamamos de, “água na boca”.
Quando um leão abate uma presa ele se deita junto a ela e, enquanto descansa, percebe-se que está salivando. A natureza o fez carnívoro. Um coelho, uma zebra ou uma gazela morta ao seu lado estimula seu apetite. Quem de nós ficaria com água na boca quando, com muita fome, tivesse um coelho vivo na nossa frente? Ou um porco, um boi, uma ovelha? Por natureza não somos carnívoros. Durante os milhares de anos que a humanidade vive neste planeta fomos modificando nossos hábitos alimentares. Certamente, em determinada época da nossa história a escassez de frutas nos fez, também, caçadores.  Hoje, somos onívoros: “do Latim OMNIS=tudo e VORARE= comer. Comer tudo”. Mas, a nossa memória genética nos remete para os primórdios quando o nosso instinto é acionado. Salivamos diante de uma fruta e não de um coelho ao contrário do leão ou do tigre.
  Os vegetais suprem todas as nossas necessidades de alimentação. Nelas encontramos vitaminas, sais, proteínas e todos os inúmeros elementos necessários para a saúde e o sustento. Nosso organismo precisa de nutrientes e muitos deles são encontrados somente nas frutas verduras e legumes. Mesmo sendo onívoros, devemos, sempre, inclui-los na nossa dieta alimentar.
 Reserve uma parte do seu orçamento para comprar frutas. Certamente esse dinheiro você não precisará gastar depois com médicos e remédios.
A partir de hoje, durante dois meses, o “SACOLÃO CENTRAL” estará patrocinando esta coluna. Agradeço à proprietária que, com este gesto, está prestigiando este espaço.
A fruteira da Lisiane fica na Rua prof  Maria Edith Selbach, nº129, bem em frente ao Assunta Fortini. Desejamos à Lisiane muito sucesso neste seu novo empreendimento.

domingo, 21 de outubro de 2012

FESTAS GERMÂNICAS


OKTOBERFEST




Um dos momentos marcantes da Oktoberfest foi o desfile
Até o ar que respiramos é germânico.

 Em frente à prefeitura, uma banda tocava “DIE MARI UND DIE GRETH”


Crianças no desfile em Blumenau

Desde cedo vivenciando as tradições e a cultura alemã

Nos dois eventos, vi muitos jovens e crianças.

Desde cedo vivenciando a cultura alemã- Blumenau
Muita festa e animação no Kanoa Kerb Fest


Nos dois eventos, vi muitos jovens e crianças.

Muita festa e animação

Crianças no Kanoa Kerb Fest

Desde cedo vivenciando as tradições.




BLUMENAU


Estive em Blumenau. Nesta época, o espirito da cultura alemã incorpora a cidade. Até o ar que respiramos é germânico. Nas ruas e praças, encontrei bandinhas tocando a música alegre da tradição alemã. Em frente à prefeitura, uma banda tocava “DIE MARI UND DIE GRETH”. O povo é acolhedor sempre pronto para falar das coisas da sua cidade. Infelizmente, também aí, a campanha para a escolha do prefeito, conseguiu semear alguma discórdia. A população estava contagiada pela política e, algumas vezes, o bom senso desse povo generoso cedia lugar para exaltações e desavenças. Napoleão Bernardes e Jean Kulmann disputavam o segundo turno.
Um dos momentos marcantes da Oktoberfest foi o desfile. Mais de três mil figurantes desfilaram pela Rua XV de Novembro mostrando a cultura, as tradições e a gastronomia blumenauense. Criativos carros de chopp desfilaram representando as várias cervejarias da região que conseguiram sobreviver numa época em que as grandes marcas internacionais de cervejas incorporavam as pequenas e tradicionais. Acho que no Rio Grande do Sul não sobreviveu uma.
Depois do desfile a festa continuou na Vila Germânica animada por bandas da região e, algumas, da Alemanha. A tônica foi a alegria e a animação. Não vi tristeza. Tudo, aí, é festa e alegria.
Verifico, em algumas localidades, neste nosso Sul do Brasil um esforço para a preservação das culturas dos povos vindos da Europa. Entre as mais significativas a alemã e a italiana.
Moro num lugarejo, no interior do município de Barão, chamado Arroio Canoas. A nossa festa maior é o Kanoa Kerb Fest. Com muito esforço, o nosso povo a mantém viva preservando assim a nossa cultura. A diferença entre a Oktoberfest de Blumenau e o nosso Kerb é somente o tamanho do evento. O espírito germânico, tanto lá como aqui, ainda palpita forte. E muitas pessoas procuram ávidas, a alegria contagiante que emana destas festas. Nos dois eventos, vi muitos jovens e crianças. Isto é alentador por que, com certeza, garantirá a continuidade destes eventos. Repito oque já escrevi em outra oportunidade: “Sociedade saudável é aquela que sabe dosar com equilíbrio a ânsia natural dos jovens pela inovação e o esforço dos adultos para manterem o status quo”.
EIN PROSIT DER GEMÜTLICHKEIT