sábado, 17 de novembro de 2012

UMA CAÇADA NA PIMENTA

Caçando uma lebre.

Agora, pelo latir dos cachorros, sabia que, sem demora




Quando estava a uma distância ideal para o tiro, disparou.

 Então Vilma me entregou a cuia com o primeiro chimarrão

Ele e sua esposa Vilma são muito hospitaleiros

O Senhor Ilo Becker mora na Pimenta, próximo à capelinha.

Se alguém duvida da veracidade desta história deve procurar o Senhor Ilo Becker


UMA CAÇADA NA PIMENTA


Ilo  Becker e Vilma Abel Becker moram na Pimenta. É um casal muito simpático. Quando me viram chegando ele disse para a mulher:
- Este é aquele homem.
- Que homem? Perguntou ela.
- Aquele que te falei, que escreve aquelas histórias no jornal.
- Eu sabia que virias falar comigo porque o Claudio Käfer me disse.
Sentamos na cozinha e enquanto Vilma preparava o chimarrão ele falou que sempre lia as histórias que escrevo no jornal. Disse que lê todas, mas que não gosta muito quando escrevo aquelas coisas de amor. E deu uma gargalhada. Então Vilma me entregou a cuia com o primeiro chimarrão e disse que, ela sim, gostava dos textos românticos. - Aliás, quando era mais novo, ele também, era mais romântico. Agora virou um velho que nem pensa mais naquelas coisas, e deu uma gargalhada enquanto foi abraçar Ilo pelas costas dando-lhe um beijo no rosto.
Então perguntei se aquela história que contou para o Claudio era verdadeira. Disse que sim e que ele viu a lebre espetada no cano da espingarda. Tudo começou assim, disse:
- Hugo Patzlaf, hoje falecido, sabia do paradeiro de uma lebre. Era, lá em cima na minha roça, onde se via, todas as manhãs, esterco fresco de lebre.
 Isso faz, pelo menos, trinta anos quando, num sábado de noite, tinha baile no pequeno salão de madeira que a comunidade havia construído. Hugo veio falar comigo me convidando para uma caçada no domingo de manhã. Quem é daquele tempo sabe que para caçar lebre o recomendável é sair a campo muito cedo porque as pegadas, nas primeiras horas, são frescas e facilmente percebidas pelo faro dos cachorros lebreiros.
Ao clarear do dia, Hugo já estava postado no local combinado onde, com certeza, a lebre passaria para fugir da cachorrada. Todo caçador sabe que a lebre sempre foge morro acima. Então se postou, lá em cima, numa estrada, com sua espingarda, esperando a vítima. Agora, pelo latir dos cachorros, sabia que, sem demora, ela apontaria aí na curva da estrada. De fato, aí vinha ela perseguida pelos cachorros. Quando estava a uma distância ideal para o tiro, disparou. Mas a arma negou fogo. Disparou de novo e nada. Então, sem uma alternativa mais razoável, procurou atingir a lebre com o cano da espingarda. Por incrível que pareça acertou-a, de modo que ficou espetada no cano da arma. Quando cheguei estava ele com a arma levantada tentando proteger sua caça, pois os cachorros queriam pegar a vítima espetada no cano.
Depois descobrimos que a arma falhou porque ele não tinha puxado o gatilho.
Se alguém duvida da veracidade desta história deve procurar o Senhor Ilo Becker que mora na Pimenta, próximo à capelinha, na estrada que vai par Vila Rica. Ele e sua esposa Vilma são muito hospitaleiros e farão questão de recebê-lo para contar esta história e muitas outras que sabem.
Um abraço a toda a comunidade de Pimenta.


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