segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

FESTA CAFUNDÓ 2012





 Ela encanta pela sua simplicidade 

A capela é uma das poucas consagradas a Santa Luzia.
Devoção a Santa Luzia, protetora dos olhos. 

 Animamos a missa com o nosso Grupo de Cantos do Sagrado,
 desta vez, com as crianças.

famílias, ou grupos de pessoas, almoçaram num clima descontraído 

 Entre eles, várias mulheres que com sua beleza e simpatia
 colaboraram com o brilho e a magia da festa.

Um cochilo depois do almoço

o lugar é aprazível em meio à natureza, 





FESTA DE CAFUNDÓ, 2012



A comunidade de Cafundó é muito pequena. Em épocas passadas, muitas famílias moravam aí. A comunidade era próspera baseada na agricultura familiar. Graças à fertilidade de suas terras, produzia uma grande variedade de gêneros. O Raimundinho, com sua carroça puxada por duas ou três parelhas de mulas, levava a produção até Arroio Canoas e daí, com o caminhão da Cooperativa, para Porto Alegre.
Mas as terras, apesar de férteis, perderam seu valor devido à topografia. São encostas íngremes que a agricultura mecanizada não consegue aproveitar. Por isso houve o êxodo rural e as pessoas migraram para as cidades próximas se empregando nas indústrias que, em franco desenvolvimento, necessitavam de muita mão de obra.
Ninguém sabe, ao certo, porque a Festa de Cafundó é sempre tão concorrida. Devido à falta de pessoas (êxodo rural) a comunidade encontrou dificuldades para realizar a festa e durante alguns anos foi suspensa.
Padre Ademar, quando chegou à paróquia de poço das Antas, retomou a festa porque, segundo ele, o lugar é aprazível em meio à natureza, e porque a capela é uma das poucas consagradas a Santa Luzia. No primeiro ano da sua reedição compareceram somente 150 pessoas. Mas, aos poucos, a festa foi reconquistando seu brilho e nesta última edição foram servidos mais de mil e  quinhentos almoços.
A festa transcorreu num clima informal onde, muitas pessoas, ao invés de sentarem à mesa para almoçar, preferiram fincar um espeto não chão e, sobre uma toalha, a maionese, saladas e o pão. Assim, famílias, ou grupos de pessoas, almoçaram num clima descontraído recuperando a velha tradição da festa, que lá no início, era assim.
A nossa comunidade participou com muitas pessoas ajudando a servir e organizar a festa e, como já é tradição, animamos a missa com o nosso Grupo de Cantos do Sagrado, desta vez, com as crianças. Sei, também, que muitas outras comunidades colaboraram, como: Trípoli, Carolina, Boa Vista do Sul, Carlos Barbosa e um grupinho da Linha Fátima. Conversei com eles e me disseram que já, há quatro anos, percorrem, a pé, quatorze km porque são devotos de Santa Luzia. Era um grupo alegre e disposto e, entre eles, várias mulheres que com sua beleza e simpatia colaboraram com o brilho e a magia da festa.
O dinheiro arrecadado será totalmente investido na reforma da capelinha. Ela encanta pela sua simplicidade e é a única construída em madeira no município de Barão. Por isso merece ser preservada.
Parabéns ao povo de Cafundó. Aos moradores locais e a tanta gente de fora que fizeram, mais uma vez, dessa festa um acontecimento marcante no calendário de eventos de Barão.



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