Ela encanta pela sua simplicidade |
A capela é uma das poucas consagradas a Santa Luzia. Devoção a Santa Luzia, protetora dos olhos. |
Animamos a missa com o nosso Grupo de Cantos do Sagrado, desta vez, com as crianças. |
famílias, ou grupos de pessoas, almoçaram num clima descontraído |
Entre eles, várias mulheres que com sua beleza e simpatia colaboraram com o brilho e a magia da festa. |
Um cochilo depois do almoço |
o lugar é aprazível em meio à natureza, |
FESTA DE
CAFUNDÓ, 2012
A comunidade de Cafundó
é muito pequena. Em épocas passadas, muitas famílias moravam aí. A comunidade era
próspera baseada na agricultura familiar. Graças à fertilidade de suas terras,
produzia uma grande variedade de gêneros. O Raimundinho, com sua carroça puxada
por duas ou três parelhas de mulas, levava a produção até Arroio Canoas e daí,
com o caminhão da Cooperativa, para Porto Alegre.
Mas as terras, apesar de
férteis, perderam seu valor devido à topografia. São encostas íngremes que a
agricultura mecanizada não consegue aproveitar. Por isso houve o êxodo rural e
as pessoas migraram para as cidades próximas se empregando nas indústrias que,
em franco desenvolvimento, necessitavam de muita mão de obra.
Ninguém sabe, ao certo,
porque a Festa de Cafundó é sempre tão concorrida. Devido à falta de pessoas
(êxodo rural) a comunidade encontrou dificuldades para realizar a festa e
durante alguns anos foi suspensa.
Padre Ademar, quando
chegou à paróquia de poço das Antas, retomou a festa porque, segundo ele, o
lugar é aprazível em meio à natureza, e porque a capela é uma das poucas
consagradas a Santa Luzia. No primeiro ano da sua reedição compareceram somente
150 pessoas. Mas, aos poucos, a festa foi reconquistando seu brilho e nesta última
edição foram servidos mais de mil e quinhentos almoços.
A festa transcorreu num
clima informal onde, muitas pessoas, ao invés de sentarem à mesa para almoçar, preferiram
fincar um espeto não chão e, sobre uma toalha, a maionese, saladas e o pão.
Assim, famílias, ou grupos de pessoas, almoçaram num clima descontraído
recuperando a velha tradição da festa, que lá no início, era assim.
A nossa comunidade
participou com muitas pessoas ajudando a servir e organizar a festa e, como já
é tradição, animamos a missa com o nosso Grupo de Cantos do Sagrado, desta vez,
com as crianças. Sei, também, que muitas outras comunidades colaboraram, como:
Trípoli, Carolina, Boa Vista do Sul, Carlos Barbosa e um grupinho da Linha
Fátima. Conversei com eles e me disseram que já, há quatro anos, percorrem, a
pé, quatorze km porque são devotos de Santa Luzia. Era um grupo alegre e
disposto e, entre eles, várias mulheres que com sua beleza e simpatia
colaboraram com o brilho e a magia da festa.
O dinheiro arrecadado
será totalmente investido na reforma da capelinha. Ela encanta pela sua
simplicidade e é a única construída em madeira no município de Barão. Por isso
merece ser preservada.
Parabéns ao povo de
Cafundó. Aos moradores locais e a tanta gente de fora que fizeram, mais uma
vez, dessa festa um acontecimento marcante no calendário de eventos de Barão.
Muitas almas presentes. Que coisa maravilhosa.
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