quinta-feira, 1 de setembro de 2011
STRADIM
STRADIM
Você Conhece algum Stradim? Ao menos sabe que profissão é essa? Creio que a palavra venha do italiano e com ela denominamos o profissional que cuida da estrada. Meu pai, o Valentim, também exerceu essa função, porém há muito tempo, quando, ainda, pertencíamos ao município de Montenegro. Na época, era denominado capataz de estrada. Os mais antigos lembram que as estradas eram construídas e conservadas mediante picaretas pás e enxadas. Em algumas ocasiões, se usava, também, tração animal. O Claudio lembra que o saibro era escavado dos barrancos com picaretas, carregado com pás e transportado com carretas de boi. Os rapazes gostavam de trabalhar na estrada porque isso lhes rendia um pouco de dinheiro para irem aos bailes e festas, comprarem guloseimas para fazer agrados às moças quando se reuniam por aí nos domingos à tarde.
Além de Valentim, também, Ricardo Chies, foi capataz.
Quando passamos a pertencer ao município de Carlos Barbosa as máquinas começaram a substituir o trabalho braçal. Foi a partir daí que a denominação mudou para stradim. As funções também mudaram. Até aí ele era responsável por um grupo de trabalhadores. Agora trabalhava sozinho. Fechava os buracos, limpava as valetas e roçava as beiradas.
Hoje, o nosso stradim é o Lair Käfer, o Chuga. Ele faz um trabalho importante. Quando a estrada começa a ficar esburacada ele pega seu carrinho de mão, uma pá e a picareta, e fecha todos os buracos enquanto são pequenos. Isso é uma solução inteligente e barata das prefeituras porque o problema é solucionado antes que apareça. O Lair, além de stradim, é o tocador oficial do sino, o cobrador das contas da água e exerce outras funções simples, porém importantes na nossa comunidade.
Temos, também, o Osmar Käfer que sempre está disposto a colaborar nos trabalhos comunitários. Ele é o responsável pelo corte de grama do campo de futebol, ajuda na limpeza dos arredores da igreja e não se nega a prestar serviços quando solicitado.
Sei que, como aqui, em muitos lugares existem essas pessoas. Provavelmente, o prezado leitor, ao ler esse texto, se lembrará de alguém assim na sua comunidade. O trabalho delas, muitas vezes, não é, devidamente, reconhecido. Elas são importantes e se sentem orgulhosas em poderem ser úteis.
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