segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O PODER DA CANETA



O PODER DA CANETA

Num jogo de campeonato, no município de Quinta Coluna do Sul, por força maior, o juiz não compareceu. Apesar de raro, o caso estava prevista no regulamento: Artigo Quatro, Parágrafo Único.  Os capitães dos dois times, em comum acordo, escolheram alguém da comunidade para arbitrar. Havia, aí, um ex-atleta de conduta e moral ilibadas, e merecedor da confiança dos dois capitães. Todos: atletas, torcida e dirigentes confiavam na moral do cidadão.
 Tudo transcorreu bem até que, aos trinta minutos do segundo tempo, aconteceu um lance polêmico na área do time da casa. O juiz puniu o lance com a pena máxima: pênalti.
(PRIMEIRA VERSÃO.)
 Quem esteve no estádio viu, sem sombra de dúvida, que o zagueiro nem encostou no atacante, mas ele, vendo que não alcançaria a bola, jogou-se, no intuito claro de induzir a arbitragem ao erro. Houve um grande tumulto. O árbitro, com o objetivo claro de não ser acusado de favorecer o dono da casa, puniu seu próprio time com um pênalti inexistente. Foi tripudiado e xingado, e sua fama de cidadão honesto sofreu significativos arranhões. Esse cidadão teve uma atitude egoísta porque pensou mais nos interesses pessoais do que na lei que deve estar acima de tudo.
(SEGUNDA VERSÃO )
Quem esteve no estádio viu com total clareza que o zagueiro realmente deslocou o atacante na hora que ele se preparava para desferir o chute fatal. Como o árbitro era uma pessoa honesta e que coloca a lei do jogo acima da paixão, incontinenti, trilou o apito e com o indicador da mão esquerda(ele era canhoto) indicou a marca da cal. Foi tripudiado e xingado injustamente durante muito tempo na sua comunidade, mas mostrou que a honestidade, para ele, estava acima de qualquer paixão clubística. Ele é um homem de muito valor e digno de ser imitado.     
Vejam, narrei o mesmo fato com dois enfoques. A imprensa, muitas vezes, não avalia a responsabilidade de informar e opinar com isenção.

Escrevo, semanalmente, este artigo há mais de dois anos. Todas as semanas, mais de três mil pessoas lêem o que escrevo. Recebo importantes retornos dos meus leitores e isso me gratifica.

 Quando olhamos para o mundo podemos procurar suas feridas. Eu prefiro mostrar sua beleza. Alguns segmentos da imprensa podem ser comparados com urubus sempre procurando carniça. A vida, a esperança e o amor é que merecem as manchetes!

Sei que falo muito de Arroio Canoas, mas as coisas que conto, com certeza, podem ser aplicadas a todas as comunidades, principalmente, desse nosso interior. Já dizia Leon Tolstoi: “Canta a tua aldeia e serás universal”.

 A propósito, hoje, falei de Quinta Coluna do Sul.  Você conhece? Procurar no mapa é tempo perdido!!!




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