partiu, com sua amada, em busca de um novo lugar |
AKAHOLA
Akahola nasceu num vale verdejante cercado por altas montanhas que no inverno se vestiam de um branco intenso. Quando cresceu, tornou-se um homem forte, saudável e generoso. Conheceu uma linda jovem e a escolheu para sua companheira. No entanto, a caça, outrora abundante, se tornara escassa. Havia gente demais para o tamanho do vale. Por isso partiu, com sua amada, em busca de um lugar para si. Após dias de caminhada encontrou uma caverna desabitada e a adotou para seu abrigo. Ajudado pela companheira fez dela um lar aconchegante e confortável. Havia caça em abundância, e um manto tênue de paz pairava sobre o lar de Akahola.
Agora já dois filhos enchiam de alegria o coração do casal. Tudo era perfeito e maravilhoso até que dois homens o atacaram para lhe tomar o abrigo e a companheira. A paz fora ferida mortalmente pela ganância e pela inveja dos invasores.
Estamos vivendo uma época em que a paz está ameaçada. Nas comunidades, grandes ou pequenas, os ânimos se acirram. Muitas vezes, o entendimento precisa ceder seu espaço para a discórdia, o bom senso para a ignorância e o equilíbrio para a insensatez. O caminho que convergia para o mesmo destino agora se abre numa bifurcação. Os protagonistas desta situação tentam sorrir o tempo todo, mas, por vezes, não conseguem esconder o ódio que os consome.
Akahola foi vítima da inveja e da ganância. Por aqui os adversários se digladiam com ofensas pessoais e agressões, muitas vezes, movidos pelo interesse pessoal de garantir um lugar sob a sombra generosa do poder público.
Através desta coluna faço um apelo pela paz. Afinal, somos todos brasileiros. Que a política não ponha abaixo a harmonia entre irmãos dentro das nossas comunidades, muitas vezes, conseguida a duras penas.
Concordo: a Paz está ameaçada, ela vem sendo dizimada pelo desejo de poder "custe o que custar". Não há mais limites...A ignorância não permite ao bom senso enaltecer as realizações boas, mas sim denegri-las, ostentando o que deu errado, Porém, não percebem que tais erros dão a melhor lição de como tentar de novo e com fazer dar certo, sem destruir as alternativas anteriores bem ou mal sucedidas...
ResponderExcluirObrigado minha sempre amiga e presente, Anna. Leitores como você enaltecem Esta coluna. Te expressas muito bem e percebo que muitas vezes as nossas opiniões convergem.
ResponderExcluirEm pé de guerra, minha terra natal. Que lástima. Tudo pelo poder que é tão mesquinho.
ResponderExcluirUm abraço.
Obrigado Dionisio.
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