domingo, 30 de junho de 2019

UM METEORITO NO MEU QUINTAL




 

                      UM METEORITO NO MEU QUINTAL


O espaço sideral é tão grande que não podemos, sequer, imaginá-lo.  O nosso planeta terra é um grão de areia comparado com a imensidão do universo.  E tudo isso não está vazio. Trilhões de corpos celestes ocupam este espaço desde pequenas partículas até enormes astros como sois, planetas, cometas asteroides e meteoros. E tudo se movimenta nesta imensidão, com rotas definidas.
 Os asteroides são como pequenos planetas que giram em torno do sol com órbitas preestabelecidas. Os meteoros não têm órbitas. Eles se movem aleatoriamente pelo espaço. Ocasionalmente se aproximam de outros astros e, atraídos pela gravidade, caiem sobre eles.
 Nossa terra é constantemente atingida por meteoros que, no entanto, se consomem graças a atmosfera que envolve o nosso planeta. Algumas vezes o meteoro é muito grande e a atmosfera não consegue consumi-lo totalmente caindo o restante sobre o solo terrestre. Então este meteoro passa a chamar-se meteorito. Muito raramente podemos ser atingidos por asteroides enormes provocando grandes estragos no nosso planeta. Segundo os cientistas, o asteroide que teria se chocado contra a Terra dando cabo dos dinossauros, tinha provavelmente mais de dez quilômetros de diâmetro e liberou mais energia do que um bilhão de bombas atômicas. Sua colisão resultou em uma cratera de 180 quilômetros de largura. Mas esses casos são raríssimos. O que nos atinge com muita frequência são pequenos meteoros que ao passar pela atmosfera se consomem. Creio que cada um dos leitores já viu um risco de luz no céu numa noite escura sem nuvens. São meteoros que incendeiam ao passar pela atmosfera terrestre. A este fenômeno chamamos de estrelas cadentes que ocorre devido ao atrito do material sólido dos meteoros vindos do espaço ao atravessarem a atmosfera terrestre.
Há alguns anos, revirando o terreno no meu quintal, achei uma pedra peculiar. Ela tem um comprimento de 30 cm, largura média de 8 cm e espessura média de 2,5 cm. Pesa 1,25 kg e é imantada. Segurando-a na mão tem-se a impressão de ser pesada considerando seu tamanho. Movido pela curiosidade aproximei dela um ímã e constatei que os dois objetos se atraíam. Não é uma atração forte, mas sem dúvida uma atração.
Guardo a pedra aqui em casa. Seria um meteorito? Talvez o objeto merecesse uma pesquisa científica. Por toda parte, museus expõem meteoritos encontrados por aí. A terra deve estar cheia deles de vários tamanhos.
 Mas enquanto não se fizer uma investigação científica na minha pedra ela é, pelo menos, motivo de conjeturas, teorias e hipóteses.
Quem sabe tenho aqui em casa um meteorito. Talvez tenha caído recentemente ou há milhões de anos.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

ÉRAMOS TRÊS

nossa irmã indo buscar água

balde antigo para tirar água do poço


trilha para ir ao poço

balde antigo

guanxuma



                      O texto da semana passada escrito em alemão hunsrik hoje está reprisado em português.





ÉRAMOS TRÊS


Éramos três. O mais novo, Claudio, tinha seis anos. Eu era o mais velho e o do meio, Plínio, era o mais velhaco. Um dia me disse:
- Vamos pregar uma peça para as nossas irmãs?
- Qual é o plano?
- Um “xlop”.
Xlop pene é uma expressão que usamos na língua alemão hunsrik. Algumas expressões e vocábulos são de difícil tradução. Em todos os idiomas existe disso.
Na época não tínhamos, ainda, água encanada. Sempre, antes do meio-dia, minhas irmãs iam pegar dois baldes de água num poço que ficava a uns 50 metros da casa. De tanto passar por aí formou-se uma trilha e dos dois lados crescia uma vegetação mais alta. Então, para amarrar o “xlop”, pegamos dois pés de guanxuma, um de cada lado da trilha, e amarramos um ao outro. Quando as irmãs passassem por aí tropeçariam no “xlop” e o tombo seria inevitável.
- Vamos amarrar dois “xlop”, disse Plínio, vai que consigam se equilibrar e não caiam.
Por isso, a uns dois passos pra frene, amarramos mais um.
Um pouco adiante da trilha havia umas capoeirinhas e foi lá que nos escondemos para apreciar o desfecho da nossa maldade.
Mas eis que o “tiro saiu pela culatra”. Ao invés das irmãs, neste dia o nosso pai foi buscar água. Se fugíssemos estaríamos nos incriminando. Estávamos em maus lençóis.
Não foi nem necessário o segundo “xlop” e o nosso pai despencou no chão. Os dois baldes rolaram até perto do poço. Então o pai perguntou para o nosso irmão menor que ficou ali sem saber o que estava acontecendo:
- Quem fez isso?
- Foi o Plínio e o Laurindo.
Era hora de dar no pé. Nosso pai quis nos pegar, mas já estávamos longe subindo o morro em direção a roça. Ainda conseguimos ouvi-lo dizendo:
- De noite pego vocês!
Já era escuro e ao entrar vi uma vara de marmelo num canto a cozinha.
Ainda hoje me arrepio todo lembrando daquela surra. Duas semanas depois ainda podiam ser vistas as marcas que a vara de marmelo deixou nas nossas costas.
  



sábado, 15 de junho de 2019

FEITIÇO CONTRA FEITICEIRO ( teh xlop )

Soh foa metag muste tie meht ima 2 emre ful wassa hole kehn










FEITIÇO CONTRA FEITICEIRO
( teh xlop )


Mea wore 3 so rostixe rotzkurih. Te Claud, te jignste, woa 6 jowa alt, un ich woa te elste. Te Plinio woa te metelste, un te woa frex wie te krent. Ene toh isa pai mich khom un soht:
- Hait ton mea tene meht mo ene xlop pene.
Soh foa metag muste tie meht ima 2 emre ful wassa hole kehn runa on te prone. Toh woa so en xtrosie uf, woh mea ima torich kelof sin. Uf jeta sait hon xene past xtek kextan un toh homa tie on nana kepun iwa tas phehtxe (trilho).
Wie tas pal tzait woa fa wassa hole kehn honma uns faxtekelt in so klene heke fa sihn wie tie met fale tehre.
Awa toh is was xlemes passiat. Teh toh is te pápai seleps tas wassa hole kang.
- Main Kot, soht maine pruda, un jetze?
Wen mea uf kexprong were tan het te pápai uns kesihn. Toh homa tas mo truf ohn khome kelos.
Awa tea lait um tea khina, to une hora keleh so langt wira woa. um tie emre sin apkewenselt pis runa on te prune. Toh sin mea uf kexprong um rufa in tie plantox.
Teh klehn Claud is tot plip. Teh wust konet was to lohs wea. Toh hot te pápai te kefroht wea te xlop kepun hat.
- Ai te Laurindo um te Plinio.
Mea wore awa xon wait fof. Toh homa te pápai noch keheat rufe:
- Hait oment komta hem.
Tzwoi wuche tem noh hotma ima noch ti rune ufem pukel kesihn. Wen tie mámai net ohnkehal het om pápai fa noh losse, ich wes net was tas noh kep het.