Navio EVA |
Porto Rico hoje - província de Missiones - Argentina |
José Hentz construtor do navio EVA. José foi primo do meu pai. |
UM NAVIO CHAMADO EVA.
José Hentz
Os
imigrantes alemães, e mais tarde também outras etnias, vieram para o Rio Grande do Sul fugindo
das condições adversas nas suas pátrias.
A história de José é somente mais uma das muitas dessa gente valorosa que a partir do nosso Rio Grande se espalhou por todo Brasil e também Paraguai, Argentina e outros países.
Hoje o desenvolvimento dessas regiões muito se deve a esses gaúchos que deixaram tudo a procura de novos horizontes.
A história de José é somente mais uma das muitas dessa gente valorosa que a partir do nosso Rio Grande se espalhou por todo Brasil e também Paraguai, Argentina e outros países.
Hoje o desenvolvimento dessas regiões muito se deve a esses gaúchos que deixaram tudo a procura de novos horizontes.
José
Hentz nasceu em 13-10-1893 em Salvador (hoje Tupandi) e foi batizado nove dias
depois na capela Santo Antônio de Salvador, na época, pertencente a paróquia de
Hortêncio (S J do Hortêncio). O pai de José Hentz, João Hentz, antes de casar
morava em Harmonia com seu pai Miguel Simon Hentz, a mãe Maria Welter e mais 8
irmãos. A mãe Maria morreu cedo por isso Miguel casou de novo. Essa união,
porém, não deu certo pois ela também já tinha vários filhos de tal modo que os
filhos de Miguel assim que possível saíram de casa.
João,
quando casou, foi morar em Tupandi onde nasceu seu filho José.
José
não se contentou com a situação aqui no Rio Grande do Sul. Era um homem
irrequieto e cheio de sonhos e queria para si mais do que ser um simples
agricultor. Aprendera a trabalhar a madeira e se revelou ótimo carpinteiro.
Ouviu falar da Argentina e de um grande rio, o Rio Paraná. Ficou sabendo que um
tal de Carlos Culmey, uma espécie de prefeito do vilarejo Porto Rico, precisava
de um profissional para cuidar da serraria.
Em
1919 José foi sozinho para Porto Rico para examinar as condições da nova terra
e das perspectivas de êxito.
Em 1920 trouxe a mulher e os dois filhos e
comprou a serraria que pertencia a Carlos Culmey.
José
observou que pelo grande rio singravam barcos que transportavam mercadorias e
passageiros. Mas como Porto Rico era muito pequeno, assim como outras pequenas
localidades, os navios não faziam escala aí de modo que as mercadorias e
passageiros precisavam ser transportadas via terrestre, a pesar de passarem na
porta dos lugarejos.
Com visão de futuro, José viu nesta lacuna de mercado uma oportunidade. Construiria um barco para explorar esse nicho. Como havia gasto todos os seus recursos na compra da serraria conseguiu que Baldoino Junges, velho conhecido dos tempos de Tupandi, se juntasse ao seu empreendimento. Baldoino se responsabilizou pelo motor, cardan, hélice, sistema de embreagem, engrenagens de transmissão e instalação de tudo. José, como bom marceneiro, e tendo a serraria e a mata nativa para fornecer madeiras nobres em quantidade, se responsabilizou pela construção do bojo do navio.
Eva foi o nome que deram ao navio.
Depois de pronto colocaram-no sobre trilhos para baixá-lo à água pois fora construído distante uns 500 metros do rio. Para puxá-lo requisitaram todas as juntas de bois da região.
Ao chegar na margem amarraram-no num tronco e com cordas fizeram-no descer lentamente até as águas.
Desde o início o barco fazia as rotas de Posadas / Puerto Rico / Montecarlo e vice-versa.
Considerando as condições da época, foi um feito grandioso, ter um simples marceneiro se aventurado a construir um navio. Por isso hoje, José Hentz é reconhecido como o primeiro industrial de Porto Rico e em sua homenagem o acesso ao Parque Industrial da Rota 12 leva seu nome.
Quero deixar aqui meus agradecimentos á Sra. Leonor kuhn, neta de José Hentz, pelas importantes informações sem as quais não teria sido possível escrever este texto.
Eva foi o nome que deram ao navio.
Depois de pronto colocaram-no sobre trilhos para baixá-lo à água pois fora construído distante uns 500 metros do rio. Para puxá-lo requisitaram todas as juntas de bois da região.
Ao chegar na margem amarraram-no num tronco e com cordas fizeram-no descer lentamente até as águas.
Desde o início o barco fazia as rotas de Posadas / Puerto Rico / Montecarlo e vice-versa.
Considerando as condições da época, foi um feito grandioso, ter um simples marceneiro se aventurado a construir um navio. Por isso hoje, José Hentz é reconhecido como o primeiro industrial de Porto Rico e em sua homenagem o acesso ao Parque Industrial da Rota 12 leva seu nome.
Quero deixar aqui meus agradecimentos á Sra. Leonor kuhn, neta de José Hentz, pelas importantes informações sem as quais não teria sido possível escrever este texto.
Gracias Laurindo por esta bonita historia. Nos une un apellido (sobnome) que nos produce orgullo
ResponderExcluirBem assim. Estou feliz por saber dessa parentela aí de Missiones.
ExcluirAdorei , histórias como essas alegra muito meu coração, en cuanto começo a ler parece que estou olhando pasar pelo histórico rio Paraná esse navio
ResponderExcluirObrigado Unknown
ExcluirAdorando sempre mais as suas histórias.
ResponderExcluir