A TRÊS-MARIAS - Poder de encantamento
“Que
a cada flor seja dada a oportunidade de ser semente. Quando você a colhe, mesmo
que seja para enfeitar o altar do senhor, estará provocando um aborto. Sua
beleza e seu encanto não lhe foram dados para o deleite dos homens, mas para atrair
insetos para a polinização”.
Esta é uma máxima que não deve ser tomada ao pé da letra. A
flor, mesmo sabendo ser um desvio de função, creio que não se importa em
emprestar seus encantos para alegrar um ambiente ou prestar uma homenagem para
alguém que amamos.
Não sei se o prezado leitor tem uma
flor predileta. Eu tenho. É a TRÊS-MARIAS.
O nome científico da Três-Marias é
Bougainvillea spectabilis. Tem esse nome para homenagear o navegador francês Louis Antonie Bougainville. Foi ele quem descobriu a espécie no Brasil
por volta de 1790 e levou-a para a Europa. Ela é, também, conhecida como:
Primavera, buganvília, três-marias, ceboleiro e santa-rita.
Existem flores que são autossuficientes. Elas
brilham individualmente. A três-marias tem seu poder de encantamento no conjunto. Ela sabe das
suas limitações e por isso se junta aos seus pares para impressionar. Ela
aposta na cooperação, no comprometimento, na colaboração. Talvez não nos demos
conta, mas acho que o que nos encanta nela é a beleza implícita de
comprometimento e o ensinamento que tenta nos passar de colaboração e de
trabalho conjunto.
A natureza é uma
fonte rica de ensinamentos. Quando nos
encontramos diante de dificuldades façamos uma pausa para observar a natureza
que nos rodeia. Ela é perfeita e nos mostra saídas invariavelmente acertadas
apesar de, aparentemente infundadas e até cruéis.
A Três Marias reconhece suas limitações e nos ensina
a acreditar no comprometimento, no trabalho coletivo, na colaboração.