TIE PESE KHAMT OKSE.

TIE PEHSE KAMT OKSE.

tie thante Clóra

      O texto desta semana está escrito no alemão HUNSRIK. Aos que nao falam este dialeto minhas desculpas.

TIE PESE KHAMT OKSE.

In Arroio Canoas woa tas tie pergamote tzait.  Ich hat en thante kehat wo in Porto Alegre kewohnt hot un wen tas tie pergamote tzait woa tan is tie ima móie khom. Tas woa tiec.

- In Porto Alegre sin tie pergamote taia un lang net so kuht wie tie wots tohih kipt, soht tie Tia clara.

Tas woa sontags moiens, nohm khafi, sin ich, maine jingste pruda um tie tande tie pegamote hole kang. Tas woa uwe ufem perich, toh hot ene alte pergamote pohm in te platoch kextan. Toh soht tie mámai:

phast uf tie pese okse uf woh traus on te xlahterai aus keris sin. Toh soht tie Tia:

- Tas woa kans to traus, tie were toch net sich tohirom faxtekelt hon. Toh soht maine pápai:

- Tuh Clóra, plaips rechta tehem mit tainem lohm pehn. los tie puwe ruf uf te perich ti pergamote hole kehn.

Awa tie Thante hot sich niks foa mache kelos. Hot 2 linhaxne sek uf te pukel kehol un is mit kexlept. Wie ma ohn te perich khom sin toh sohtse:

- Te pápai hot recht. ich kehn rechta hem. Tea khent tie pergamote hole kehn.

Wie mea ticht on te pergamote pohm khom sin to homa etwas keheat krume. Tas wore tie tzwoi pese okse. Fa klik worema xon tixt onem pohm un wie tie okse uns wolte xtose toh wore mea xon ufem pohm. tie hon kemutzt un kekrohpt met te fona fis. Wore werklich peeees.

Was jetz mahe?  Wie to sohn tzaitxe rom woa soht maine klene pruda:

- Ich mus phisse. to sot ich:

- Phis uf te oks.

To hora sich uf sohn nast kextelt un hot tem oks richt uf tie fratz fissiat. Wie te oks tas salsix orin kemerkt hot to hora en xroe ap kelos un te perich no runa kexprong un kehupst. Te anre oks wost net was toh lohs wea, to hora ene hate fotz ap kelos un oh te perix no runa kexpong.

Tas woa unsa retung. xnel wie mexlich, wie sohn xus, sin ma te perix no runa kexpong pisma tehem wore.

Jetz petenkt aich mo wen tie thante, met saim lohme pehn, mit kang wea.

GANSOS BEBUM

gansos

Nono Pio que estava tratando o parreiral com sulfato.

Salto Saudades em Quilombo no rio Chapecó

localização de Quilombo em S C

GANSOS BEBUM

Nono Pio e Nona Antonieta moravam no interior de Quilombo, oeste de Santa Catarina. Eram colonos, e tinham 7 filhos. Lidavam, principalmente, com parreiral de uvas, mas também plantavam de tudo e tinham criação de porcos, vacas, galinhas e até gansos.

Certa manhã, quando Nona Antonieta foi debulhar uns grãos de milho para a criação, viu que os 7 gansos estavam mortos.

Gansos são aves domésticas que os colonos criam para tirar-lhes as penas, e fazer travesseiros e cobertas.

Todos tinham ido trabalhar no parreiral ficando em casa somente a Nona e a filha mais nova, a Judite, para os afazeres domésticos.

Eram 7 lindos gansos, e agora todos mortos.

O que teria acontecido?

Judite foi chamar o Nono que estava tratando o parreiral com sulfato.

– Nono, vem pra casa por que algum bicho matou todos os nossos gansos!

Nono Pio examinou, exaustivamente, um por um mas não encontrou sinal de violência.

– Acho que não foi bicho. Deve ser alguma peste que bateu neles.

– Mas assim os 7 de uma vez, falou a Nona?

– Vamos carneá-los e, assim, aproveitamos a carne, disse Pio.

 – Mas nem pensar – falou a Nona. Vai que é uma doença que pode pegar na gente! E mandou as moças depenar os gansos para, pelo menos, aproveitar as penas, já que estavam mortos e não dava para comer a carne.

 Depois de depenados, os rapazes jogaram todos numa valeta lá em baixo no potreiro, e voltaram pro parreiral.

Ao meio-dia, Sempre que voltavam da roça, costumavam tomar um traguinho antes do almoço. Era um licor de cachaça preparado com jabuticabas. Colocavam as frutas num garrafão até a metade, e o resto completavam com cachaça e um pouco de açúcar. A bebida ficava envelhecendo por meio ano, de modo que o álcool da cachaça era quase todo absorvido pelas frutas.

Naquele dia, Nona Antonieta usou o resto da bebida sobrando no garrafão somente as jabuticabas. Jogou as frutas velhas pela janela porque queria limpar o garrafão para preparar nova remeça de licor, já que as jabuticabas estavam novamente maduras.

No dia seguinte bem cedo, quando a Nona foi tratar a bicharada, ficou estupefata. Kuá, kuá, kuá, os 7 gansos, totalmente depenados e, em fila indiana, vinham subindo pelo potreiro.

 Então a nona se deu conta. Olhou pela janela e viu que as frutas haviam desaparecido.

Os gansos comeram as jabuticabas impregnadas do álcool da cachaça.

Não estavam mortos. Somente tomaram um baita de um pileque.

PEDRINHA DA SORTE

mas guardo a pedrinha da sorte na minha carteira.

mas guardo a pedrinha da sorte na minha carteira.

chá de marcela na Sexta-feira Santa,

espada de São Jorge,?

PEDRINHA DA SORTE

Você é supersticioso? É claro que não. Mas então porque vai colher o chá de marcela na Sexta-feira Santa, por que o número 13, a arruda, espada de São Jorge,?

 Há quem diga que os acontecimentos que marcam nossa vida são nada mais que coincidências. Outros, porém, afirmam que Ele, caprichosamente, governa o universo para que tudo culmine no preestabelecido por Ele.

Voltávamos de Guaraciaba, Santa Catarina. Num posto de combustível, à beira da rodovia, reabastecemos. Além de combustível, também vendiam aí pedras preciosas, uma riqueza abundante na região. Nada compramos, mas a moça, gentilmente, nos presenteou com pedrinhas de acordo com o signo de cada um. Disse que eram pedrinhas da sorte.

Pasmem, não andamos cinco km e capotamos nosso carro.

- “Pedrinhas da sorte! ”, pensei cá com os meus botões.

Depois de todos os tramites legais, finamente um táxi nos deixou em casa. Então, com mais calma, pude refletir sobre o ocorrido. Foi realmente muita sorte. Capotamos e ninguém sofreu um arranhão sequer.

Muitas pessoas não se consideram supersticiosas, mas fazem questão de plantar um pé de arruda na entrada da casa, não passam debaixo de uma escada em sextas-feiras ou fazem questão de plantar uma “Espada de São Jorge” para se proteger de maus olhados. Assim, na nossa tradição existem dezenas de crendices e superstições que foram passadas de geração a geração chegando até nossos dias. É a sabedoria popular que hoje é desconsiderada e ridicularizada só por que não pode ser comprovada cientificamente.

Nos últimos anos a humanidade teve um grande desenvolvimento tecnológico.  Fazemos coisas incríveis, que, há cinquenta anos, sequer podiam ser imaginadas.

 Na minha opinião, em breve, vamos nos cansar desse atropelo maluco. Creio que a humanidade está se encaminhando para um outro direcionamento. Acho que vamos nos voltar para as coisas do espírito, para o não manifesto.

Olha, eu não sou supersticioso mas guardo a pedrinha da sorte na minha carteira. Vai que...

 E você, guardaria a pedrinha?