PARTIREI
Sem rumo, sem destino navego em águas que não são as minhas. Sem data, sem norte. Tu eras meu norte!
E agora, o que faço com as minhas palmas com a minha coroa de louros?
Havia um sol generoso e fiel. Havia uma luz que me guiava. Um farol. Havia um farol...
Navego por navegar. Sem pressa sem direção ao sabor da maré ou da correnteza. Abandonei-me nos braços do destino. Entreguei-lhe o leme. Não tenho mais alternativas nem forças e nem lágrimas. Tentei caminhos, trilhas, veredas...
Tudo eu suportaria, mas não a indiferença. Acostumei-me com o céu da esperança, acreditei em promessas, mas tiraste o coração de campo. A tua razão fria e calculista está no comando.
Grito com todas as forças:
- Onde estás? Em que esconderijo? Como resposta, somente o eco da minha própria voz.
Que cada um dos meus queridos leitores encontre seu norte em 2012. Que haja um farol e um sol para aquecer-te e iluminar teu caminho. E que os braços do destino aonde vais te abandonar se chame Jesus. Entrega-lhe o leme. Ele conhece os atalhos ele saberá secar tuas lágrimas. Ele conduzirá teu barco ao porto seguro e lá haverá alguém te esperando, talvez na forma de um anjo, de um príncipe, de uma mulher, ou de uma flor, quiçá, amarela.