terça-feira, 22 de setembro de 2015

O DEUS DA VINGANÇA







 O DEUS DA VINGANÇA



A natureza nos ensina a termos paciência. Ela não dá saltos. Desde a semente até a gigantesca figueira, transcorre muito tempo. Você já percebeu quão pequena é a semente da figueira?
 A figueira, a pesar de não ser uma espécie parasita, tem uma função predadora assim como o tigre, o leão, o gavião e muitos outros animais. Essa função é importante para o equilíbrio de muitas espécies de animais ou vegetais. A figura anexa mostra uma figueira estrangulando impiedosamente a sua hospedeira. Quando olhamos para essa figura ou vemos um leão matar cruelmente um filhote de zebra ou um gavião abater uma pombinha inocente, a nossa tendência natural é nos revoltarmos. Porém, a natureza é perfeita, mesmo tendo que fazer isso com requintes de crueldade. O único ser capaz de ignorar essa lei natural é o homem que através das “humanidades”: inteligência, compaixão, criatividade e imaginação é capaz de intervir nesta ordem natural causando, muitas vezes, desequilíbrios importantes na natureza.
As espécies desenvolveram, durante milhares de anos, mecanismos de defesa e dependendo da eficiência desses mecanismos garantiram sua sobrevivência nesta verdadeira guerra por um espaço: a lebre corre, o gambá fede, o ouriço tem espinhos. E assim, poderíamos citar dezenas de exemplos bem sucedidos. Muitas espécies, hoje extintas, sucumbiram por falta de capacidade de se adaptar às mudanças ou porque suas defesas não foram suficientemente eficazes.
Se você mora no interior deve ter visto como o filhote de quero-quero se disfarça para fugir dos predadores. Além da penugem que confunde o inimigo, ele se agacha tornando-se quase impossível percebê-lo. Somente o homem, quando observa o local exato onde se escondeu, consegue localizá-lo. Então, o filhote fica absolutamente imóvel dando-nos a impressão de estar morto. Aí podemos agarrá-lo com facilidade sem que ele esboce qualquer reação.  
Temos muito a aprender com a natureza. Um dos aspectos que nos tornam perigosos é termos eliminado os nossos predadores. Não morremos mais com o ataque de animais selvagens, pestes, epidemias e já curamos a maioria das doenças que nos matavam. Como consequência está aí a superpopulação.
A respeito escrevi no meu terceiro livro, REENCONTRO, ainda não editado:

. Nesse momento percebeu que a natureza soberana estava retomando o seu lugar depois de agredida e, aparentemente, subjugada. Ah o tempo! O que importa o tempo? A natureza tem mil caminhos para trilhar. Anos e séculos para esperar! Se a prepotência do homem cria obstáculos, com toda a paciência, ela os contorna. Sem pressa e sem alarde elege outro caminho. Ela é perfeita e insubjugável. Ela irá retomar a soberania mesmo que para isso tenha que se valer de crueldade. Sofre calada, os abusos de mil gerações e se vinga de uma só porque somos um tecido único desde o princípio. Quando parece derrotada ressurge vigorosa onde ninguém podia imaginar. Seria ela “o Deus da Vingança” que as religiões proclamam?  Ou somente um instrumento Dele?”

QUEM  SE INTERESSAR PODE VER O ESBOÇO DO LIVRO NA PUBLICAÇÃO ANTERIOR A ESTA: REENCONTRO



segunda-feira, 14 de setembro de 2015

PERIPÉCIAS NA FAMÍLIA DE GERALDO E NILSA

Nilsa e Geraldo


Após a missa da celebração das bodas de ouro

Familia da Nilsa e Geraldo







PERIPÉCIAS NA FAMÍLIA DE GERALDO E NILSA

O casal comemorou cinquenta anos de vida matrimonial neste sábado. Os dois, e a família, organizaram uma bela festa, proporcionando a todos os convidados momentos de muita alegria e de reencontros.
 Nilsa e Geraldo trilharam caminhos tortuosos. O que os salvou foi a fé na capacidade de superação. Os filhos, quatro lindas mulheres e o Rogério, lhes davam forças para superar obstáculos que, às vezes, pareciam intransponíveis.
 Geraldo era professor e Nilsa cuidava da casa, e em determinada época, cuidava, também, do centro telefônico.
Houve um tempo em que Geraldo era diretor da escola. As condições eram difíceis. Quatro filhos pequenos, aluguel, faculdade...  Nilsa, todos os dias, fazia milagres para ter na mesa algo para comer. A Dulce veio morar com eles para ajudar a cuidar da gurizada e ensinar o ofício de costureira. Ela foi para o casal como uma filha mais velha.
Então, o delegado de educação veio visitar a Escola. Já era dez e meia e o Geraldo não teve alternativas. Mandou avisar que uma autoridade viria almoçar. Imagina o dilema.
 O Geraldo construíra um galinheirinho para criar algumas galinhas.  O galo já tinha ido pra panela no domingo para festejar o aniversário das gêmeas.
- Tem que ser a Carijó, disse a Dulce.
- Eu não tenho coragem de matá-la.
- Deixa pra mim, disse Dulce. Já vi o Geraldo fazer isso.
Pegou a galinha pelo pescoço e começou a girá-la. Nisso abre-se a porta da cozinha e o Geraldo, acompanhado pela autoridade, entram. A galinha estava pronta para pôr seu ovo do dia. A força centrífuga da galinha girando fez o ovo sair pela cloaca da carijó e atingir a careca do delegado. Houve um momento de total silêncio, talvez o mais constrangedor vivido pelos quatro protagonistas do episódio. Quem tomou a primeira atitude foi Nilsa. Agarrou uma tolha e saiu correndo na direção do delegado para que ele pudesse se limpar. Mas a tragédia apenas havia começado. Na frente do tanque de lavar roupas Geraldo improvisara duas tábuas que estavam molhadas e, por isso, escorregadias. Nilsa levou um tombo fenomenal e com as pernas para cima escorregou parando somente a um passo do delegado.
Depois do almoço o delegado elogiou o dote culinário das duas mulheres e disse nunca ter comido uma galinhada tão gostosa.
Muitas vezes, visito a família da Nilsa e do Geraldo e então reunidos com a família em torno do fogão a lenha relembramos este episódio, e muitos outros. O que no dia foi uma tragédia hoje é motiva de gargalhadas.


terça-feira, 8 de setembro de 2015

UM AMIGO QUE PARTIU

Ivo Käfer, com sua esposa Ivone numa encenação
por ocasião do centenário da comunidade




UM AMIGO QUE PARTIU

Algumas pessoas tem uma personalidade dominadora e procuram, sempre, impor a suas vontades. Essas pessoas não são afeitas ao diálogo e de um modo impositivo tentam fazer prevalecer a suas opiniões. Então, para não criarmos conflitos aceitamos situações que acabam nos afetando. Esses Fatos que fogem ao nosso controle podem desencadear uma sucessão de aparentes insucessos. Sabemos que o nosso pensamento é um forte indutor das nossas ações e atitudes. O que vai na nossa mente tende a transformar-se em realidade. Então, um fato que julgamos ser negativo influencia a nossa mente e essa negatividade desencadeia um círculo vicioso, geralmente, difícil de ser interrompido. Quando estamos sob a influência de tais pensamentos tomamos decisões erradas, agimos impensadamente, perdemos a confiança em nós mesmos e parece que tudo o que é possível, dá errado.
Porém, o verdadeiro amigo se revela nesta hora. Não é aquele que está do nosso lado, somente, na hora da bonança, da festa, do sucesso e da fartura. É aquele que na hora difícil nos acolhe compreensivo. É aquele que se importa conosco e manifesta isso com atitudes. Esses, em geral, não são muito numerosos. Com frequência, cabem, todos, nos dedos de uma só mão.
 Jesus, na parábola do filho pródigo, se refere a esses pseudo-amigos. Conta que o filho que partiu com sua herança tinha amigos numerosos enquanto a fortuna que herdara durou. Quando o dinheiro e as festas acabaram os “amigos” desapareceram como por encanto.
 Cuide bem dos seus amigos! Eles são preciosos!
Nesta segunda feira enterramos Ivo Käfer. Foi meu colega na aula de Arsênio e para mim, verdadeiramente, um amigo. Junto comigo, e muitos outros, fomos coroinhas, na época, “ajudantes de missa”.  Queria ter-lhe feito uma homenagem cantando na missa do seu enterro, mesmo porque sua esposa Ivone havia me feito esta solicitação. Infelizmente, prevaleceram interesses comerciais e exibicionistas relegando para um segundo plano o espírito cristão.
Por isso aproveito este espaço para prestar minha homenagem ao Ivo dedicando-lhe o “Texto da Semana”.



terça-feira, 1 de setembro de 2015

MAIS HISTÓRIAS SOBRE BAHITO

Aloisio käfer era ótimo gaiteiro e fotógrafo
Ouriço, coberto com espinhos. É a sua defesa 

Latiu, rosnou como se estivesse diante do bicho mais feroz do mundo.





MAIS HISTÓRIAS SOBRE BAHITO


Ao lerem as histórias que publico neste espaço, seguidamente, alguns leitores me procuram e, a título de colaboração, sugerem acréscimos ou me corrigem sobre alguns aspectos do texto. Mas, aí é tarde porque o texto já está no jornal e não tem mais como corrigir. Foi o que aconteceu com a história do Bahito. Porém desta vez achei que as contribuições foram muito interessantes de modo que decidi continuar a história no texto de hoje.
O fato aconteceu com Aloisio Käfer, meu tio, quando, numa manhã de domingo foi caçar pombas. Na época, ainda não se tinha uma consciência ecológica como hoje e era muito natural ir caçar. O Bahito foi junto. Com o rabo sorria de felicidade por poder acompanhar Aloisio. Já no mato, estava lá a pomba numa distância ideal para o tiro. Aloisio conhecia Bahito e temendo que com o susto do tiro ele poderia sumir e nunca mais ser encontrado chamou-o e o segurou entre as pernas. Aloisio não sabe ao certo o que aconteceu. Só lembra que disparou a arma e que alguma coisa o derrubou no chão. Procurou pelo Bahito mas nem vestígios. Quando chegou em casa encontraram o cachorro refugiado dentro do forno de fazer pão.
Quando se matava um terneiro, o couro era estaqueado para secar e depois fazer relhos, brochas, sogas e outros utensílios. Meu pai estaqueou o couro numa parede do paiol onde insidia muito sol. Na manhã seguinte, como de costume, Bahito desceu com meu irmão para tratar a bicharada. De repente viu ali na parede aquele couro. Foi um Deus nos acuda. Latiu, rosnou como se estivesse diante do bicho mais feroz do mundo. Então, meu irmão pegou-o no colo e se aproximou do couro para lhe mostrar que aquilo era inofensivo, mas Bahito se debateu de tal modo que conseguiu fugir e, novamente, se refugiar no forno.
Numa outra ocasião, de noite, latiu durante horas. Como já o conhecíamos nem fomos conferir o que havia. De repente ouvimos gritos de dor. Quando fomos ver estava ele no forno gemendo com a boca cheia de espinhos de um ouriço. Não foi fácil tirar todos os espinhos, porém naquela mesma noite o seguramos enquanto o pai, com alicate, extirpou todos os espinhos.

Este foi o nosso Bahito, amável, porém de uma inteligência limitadíssima.

(http://textoslaurindohentz.blogspot.com.br) para quem nao leu BAHITO 

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

EXPLOSÃO NA COZINHA DE GUIDO

muitos foguetes foram estourados como sinal de alegria

muitos foguetes foram estourados como sinal de alegria


O pequeno Fix só levava dois foguetes, um em cada mão.

Casa de Guido Hentz, local do episódio.





EXPLOSÃO NA COZINHA DE GUIDO



Quando os filhos de Guido Hentz eram pequenos, não havia  dinheiro para comprar brinquedos. Os tempos eram difíceis e as crianças tinham que usar a criatividade para brincar. Com bananeiras faziam bois, carroças e casas. Laranjas se transformavam em bolas de futebol ou pegavam uma meia velha e a enchiam com panos e palha. Corriam atrás de preás, procuravam balões de abelhas para chuparem o mel e caçavam passarinhos. Qualquer coisa era transformada em brinquedo. Sempre havia algo para ser inventado.
 Certe vez, houve uma grande comemoração na comunidade. Nosso Clube havia se sagrado campeão mais uma vez. E, como acontece nestas ocasiões, muitos foguetes foram estourados como sinal de alegria pela conquista e, também, para provocar os adversários.   No dia seguinte, a gurizada foi juntar os foguetes que haviam sido estourados durante as comemorações. Os guris do Guido foram os primeiros a se darem conta de que aqueles foguetes estourados poderiam servir para alguma coisa. De manhã, bem cedo, os quatro subiram ao clube e recolheram tudo o que conseguiram carregar para casa. Quem comandou a operação foi o Antenor, o mais velho. Encheram três sacolas e muito felizes foram para casa.  Os três  mais velhos carregaram as sacolas, e o Fix, que era ainda pequenino, só levava dois foguetes, um em cada mão.
 Depois do falecimento do vô Edmundo Ludwig, O Iliseo foi morar com a vovó Frida em Boa vista. Ganhou uns dias de folga e por isso estava em casa e pode participar da brincadeira. Aquela semana foi muito especial porque o Iliseo estava em casa e havia muito para fazer. Com os foguetes brincaram de festejar casamentos, aniversários, festas e, também, o kerb.
 Depois de uma semana, aquilo já não tinha mais graça. Então, o Eitor teve a ideia de queimar os foguetes no fogão à lenha onde a mãe estava fazendo a comida. Eram onze horas quando se ouviu uma explosão fenomenal. A mãe havia saído para recolher os ovos e ao voltar, quando entrava pela porta da cozinha com os ovos, aconteceu. Entre os foguetes havia um que, ainda, não tinha estourado. Os anéis do fogão, a panela de feijão e todo o almoço foram pros ares. A comida estava espalhada por toda a cozinha. Um bife estava grudado no teto e outro no vidro da janela. Com o susto a mãe largou o balaio e todos os ovos se quebraram.
 Por sorte ninguém se feriu e o fogão não sofreu danos significativos. Na casa de Guido, naquele dia, só se comeu pão na hora do almoço. Sequer, sobrou um ovo para fritar.


terça-feira, 18 de agosto de 2015

A CORRUPÇAO










A CORRUPÇÃO

O assunto está em moda. Quem escreve ou fala sobre corrupção tem audiência garantida.
 Na minha opinião, tratamos o assunto com muita superficialidade. Uma análise um pouco mais profunda poderá nos revelar aspectos surpreendentes. As coisas começam muito cedo. Quando o pai quer ir para a praia já na sexta e manda entregar um bilhete para a professora dizendo que o filho estava doente. Quando o caixa se engana e lhe devolve troco a mais e você fica quieto. Quando você vende rifas ou ingressos e fica com o dinheiro pra si.
Certa vez, num baile, um grupinho de rapazes comprou uma caixa de cerveja. Mais tarde, pediram para trocar algumas garrafas alegando não estarem mais geladas. No dia seguinte descobrimos que as garrafas devolvidas haviam sido abertas e estavam cheias de água.
Isso é corrupção. Em menor escala mas é corrupção. Tais pessoas só não são grandes corruptos por falta de oportunidade.
Como você agiria diante de uma oferta de um milhão de reais em troca de facilitar a contratação de uma empresa em uma licitação?
Em geral somos todos corruptos. Talvez na primeira oportunidade não, mas diante de insistentes ofertas, e tendo a convicção da impunidade...
O ser humano age motivado por dois motivos principais: por medo de punição ou por oferta de recompensa. Ninguém age sem motivo. O homem correto é correto para poder deitar no travesseiro em paz. Você sacia a fome de um mendigo para aliviar a consciência ou pelo bem estar que esse ato de caridade lhe proporciona. Sempre que você vai a ação espera uma recompensa. Muitas vezes, sutil e camuflada mas no fundo uma recompensa. O santo é santo para merecer o céu. Uma mãe cuida do filho por que isso lhe dá prazer. O prazer é a recompensa. Ou por que não suportaria a cobrança da sua consciência.
A corrupção sempre existiu e em todos os governos. Ela somente é maior ou menor dependendo do controle da sociedade e da certeza de punição

terça-feira, 11 de agosto de 2015

UMA APOSTA DIFERENTE

Certo vez coube ao Aloysio Käfer (Matze Alvis) a tarefa de fazer companhia ao padre.
O Padre Plei, durante muitos anos foi o nosso vigário.
Veja padre que bela roça de milho!



UMA APOSTA  DIFERENTE

Os nossos antepassados, imigrantes europeus, trouxeram da velha pátria os seus costumes e tradições. Entre muitos outros aspectos, também a religiosidade.
Lá nos primórdios, Arroio Canoas era atendida pelos padres de Tupandi, na época, Salvador. Mais tarde, foi criada a paróquia de São Pedro.
O Padre Plei, durante muitos anos, foi o nosso vigário. A paróquia tinha uma mulinha como meio de locomoção do padre para as visitas às capelas. Porém, havia uma peculiaridade; Ninguém sabe, ao certo porque, mas Plei não vinha sozinho. Alguém tinha que ir, a cavalo, até São Pedro para fazer companhia ao padre durante a vigem. Mas isso não era um problema. Por aqui as famílias, na época, eram numerosas e havia, sempre, muitos rapazes à disposição para essa tarefa, não fosse um detalhe. O Padre Plei era um homem muito piedoso e durante todo o trajeto rezava o terço e o acompanhante tinha que rezar junto com ele. Com o tempo, o fato virou motivo de piadas e até apostas entre os rapazes para ver quantos terços o acompanhante da vez tinha que rezar.
Certo vez coube ao Aloysio Käfer (Matze Alvis) a tarefa de fazer companhia ao padre. Aloysio já era um homem casado e propalou que ele não iria rezar o terço. Dizia que entreteria o padre de tal modo que ele não se lembraria de rezar.
O desfio que Aloysio se propôs interessou a toda a rapaziada de tal modo que houve até apostas entre eles. Alguns apostavam no Padre, outros em Aloysio.
Durante o trajeto os dois mantiveram uma conversa animada.
 Padre Plei era alemão e teve experiências traumatizantes na sua infância em função da Segunda Guerra Mundial. Aloysio, habilmente, abordava os mais variados assuntos deixando o padre ocupado com a conversa. Tudo ia bem quando Aloysio cometeu um deslize. Quase já chegando, os assuntos começaram a escassear. Então, à beira do caminho, havia uma bela plantação de milho.
- Veja padre que bela roça de milho!
- É verdade, disse Plei. Vamos ainda rezar o terço para pedir que o bom Deus continue mandando tempo bom para que os colonos possam fazer boas colheitas.