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terça-feira, 18 de agosto de 2015

A CORRUPÇAO










A CORRUPÇÃO

O assunto está em moda. Quem escreve ou fala sobre corrupção tem audiência garantida.
 Na minha opinião, tratamos o assunto com muita superficialidade. Uma análise um pouco mais profunda poderá nos revelar aspectos surpreendentes. As coisas começam muito cedo. Quando o pai quer ir para a praia já na sexta e manda entregar um bilhete para a professora dizendo que o filho estava doente. Quando o caixa se engana e lhe devolve troco a mais e você fica quieto. Quando você vende rifas ou ingressos e fica com o dinheiro pra si.
Certa vez, num baile, um grupinho de rapazes comprou uma caixa de cerveja. Mais tarde, pediram para trocar algumas garrafas alegando não estarem mais geladas. No dia seguinte descobrimos que as garrafas devolvidas haviam sido abertas e estavam cheias de água.
Isso é corrupção. Em menor escala mas é corrupção. Tais pessoas só não são grandes corruptos por falta de oportunidade.
Como você agiria diante de uma oferta de um milhão de reais em troca de facilitar a contratação de uma empresa em uma licitação?
Em geral somos todos corruptos. Talvez na primeira oportunidade não, mas diante de insistentes ofertas, e tendo a convicção da impunidade...
O ser humano age motivado por dois motivos principais: por medo de punição ou por oferta de recompensa. Ninguém age sem motivo. O homem correto é correto para poder deitar no travesseiro em paz. Você sacia a fome de um mendigo para aliviar a consciência ou pelo bem estar que esse ato de caridade lhe proporciona. Sempre que você vai a ação espera uma recompensa. Muitas vezes, sutil e camuflada mas no fundo uma recompensa. O santo é santo para merecer o céu. Uma mãe cuida do filho por que isso lhe dá prazer. O prazer é a recompensa. Ou por que não suportaria a cobrança da sua consciência.
A corrupção sempre existiu e em todos os governos. Ela somente é maior ou menor dependendo do controle da sociedade e da certeza de punição

segunda-feira, 30 de julho de 2012

PEDRO KÄFER O PIONEIRO

PEDRO KÄFER O PIONEIRO


LUIZA HILGERT HENTZ




ALOYSIO KÄFER TOCAVA GAITA PONTO E ACORDEÃO
GAITA PONTO
CASA CONSTRUÍDA PELO PIONEIRO PEDRO KÄFER






CASA DE PEDRO KÄFER - FOTO DE TATIANA REISCHERT

 PEDRO KÄFER O PIONEIRO




Algumas histórias sobre os primeiros tempos de Arroio Canoas.

Pedro Käfer chegou em 1892. Pagou meio Conto de Reis por 48 Ha de uma terra ensolarada onde hoje fica a localidade do Sagrado. (Sagrado Coração de Jesus).
No começo vinha sozinho de Linha Bonita e por aqui derrubava mato para as primeiras roças, falquejava tábuas e construiu um abrigo rústico e um paiol. Casara-se com Helena Schommer que ficou morando na casa do pai, pois não queria submetê-la a rudeza dos primeiros tempos quando ainda eram precárias as condições de conforto e segurança.
Helena faleceu cedo deixando onze filhos. Em Campestre também faleceu cedo, José Hentz deixando a viúva Luiza Hentz Hilgert com sete filhos. O padre de Tupandi, na função de cupido, aproximou os dois que casaram novamente. Com o novo casamento juntou nada menos que vinte pessoas sob o mesmo teto. Depois tiveram mais um: Aloysio Käfer.
Aloysio tinha um ouvido musical apuradíssimo herança de sua mãe Hilgert. Foi bom músico e tocava gaita ponto e acordeão como poucos. Ele contou para o Ari Ritter, que seu pai, o Pedro, ao contrário da mãe, tinha um ouvido musical muito limitado e que ao chamar os cachorros assobiava tão desafinado que eles fugiam assustados. Por isso, para chamá-los usava torresmo.
Das duas famílias que moravam sob o mesmo teto saíram dois casamentos: José Käfer Sobrinho casou com Mathilde Hentz e Ferdinando Käfer casou com Ottilia Hentz. Era fácil; podiam namorar em casa. Segundo Ari Ritter, as duas moças, apesar de morarem na mesma casa, casaram virgens. Eram outros tempos.