segunda-feira, 19 de abril de 2021

COMO ANTIGAMENTE




 

 

COMO ANTIGAMENTE

 

 Se a expressão “antigamente” começa a aparecer, com frequência, nas nossas conversas é porque estamos ficando velhos. Quando eu era criança, adorava ouvir os mais velhos contar histórias de antigamente. Hoje, troquei de posição e aqui estou eu falando das minhas recordações e aprendizados. Conto casos, falo sobre costumes, tradições, crendices e superstições.

Num dia desses, estava cuidando do meu pequeno pomar quando um som familiar me fez lembrar os tempos de criança. Eram os gritos de um lavrador que estava lavrando numa roça aí por perto:

 -“Prá cima! Prá baixo! Hoit! Har! Astra! No rego!” e outras expressões do vocabulário pertinente.

 Antes do advento da agricultura moderna, toda a terra era arada com tração animal. Então, principalmente na primavera, ouvia-se, por toda parte, a gritaria dos colonos preparando as terras para o plantio.

Peguei a minha máquina fotográfica e fui procurar o lavrador. Era meu vizinho, Plínio Schneider preparando o terreno para plantar bata doce. Tirei várias fotos da parelha e, também, do cachorro que, como antigamente, estava acompanhando seu dono.

Ainda hoje pode-se encontrar agricultores cortando pasto nos barrancos das estradas para levarem para os animais.

Nos tempos modernos, os agricultores têm colheitadeiras para trilharem sua produção de cereais.

Claudio plantou uma rocinha de feijão. Ele fez a colheita do modo tradicional, como antigamente. Depois de maduros, arrancou os pés de feijão deixando-os secar ao sol.  Em seguida espalhou tudo sobre um pano e malhou com um mangual para debulhar os grãos. A safra foi boa e vai ter feijão para toda a família. Na casa do Cláudio ninguém vai passar fome neste ano. E, quem sabe, ainda sobre um ou dois kg para que ele possa cumprir a promessa que me fez quando estive lá para bater as fotos. 

 

 

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