A PERFEIÇÃO ATRAVÉS DA MÉDIA
A natureza nos ensina a termos
paciência. Ela não dá saltos. Desde a semente até a gigantesca figueira
transcorre muito tempo. Você já percebeu quão pequena é a semente da figueira?
A figueira, na natureza, tem uma função predadora
assim como o tigre, o leão, o gavião e outros animais. Essa função é importante
para o equilíbrio de muitas espécies de animais ou vegetais. A figura anexa
mostra uma figueira estrangulando impiedosamente a sua hospedeira. Quando olhamos
para essa figura ou vemos um leão matar cruelmente um filhote de zebra ou um
gavião abater uma pombinha inocente, a nossa tendência natural é nos
revoltarmos. Porém a natureza é perfeita, mesmo tendo que fazer isso com
requintes de crueldade. O único ser capaz de ignorar essa lei natural é o homem
que através das “humanidades”; inteligência, compaixão, criatividade e
imaginação é capaz de intervir nesta ordem natural causando, muitas vezes,
desequilíbrios importantes na natureza.
Cada espécie desenvolveu, durante
milhares de anos, mecanismos de defesa eficientes que garantiram sua
sobrevivência nesta verdadeira guerra por espaço: a lebre corre, o gambá
fede, o ouriço tem espinhos, e assim poderíamos citar dezenas de exemplos bem
sucedidos.
Se você mora no interior deve ter
visto como o filhote de quero-quero se disfarça para fugir dos predadores. Além
da penugem que confunde o inimigo ele se agacha tornando quase impossível
percebê-lo. Somente o homem, quando observa o local exato onde se escondeu,
consegue localizá-lo. Então o filhote fica absolutamente imóvel dando a
impressão de estar morto. Aí podemos agarrá-lo com facilidade sem que ele
esboce qualquer reação.
Temos muito a aprender com natureza.
Um dos aspectos perigosos é termos eliminado os nossos predadores. Não morremos
mais com o ataque de animais selvagens, pestes, guerras, e as epidemias, quando
surgem corremos imediatamente atrás de vacinas e remédios para nos imunizar. Hoje
já curamos a maioria das doenças que nos matavam e como consequência está aí a
superpopulação.
Se usamos as humanidades para o nosso
conforto, longevidade, segurança e sustento então devemos usá-las também para
evitarmos interferir significativamente na natureza.
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