segunda-feira, 29 de junho de 2020

A PERFEIÇÃO ATRAVÉS DA MÉDIA





  





A PERFEIÇÃO ATRAVÉS DA MÉDIA

A natureza nos ensina a termos paciência. Ela não dá saltos. Desde a semente até a gigantesca figueira transcorre muito tempo. Você já percebeu quão pequena é a semente da figueira?
 A figueira, na natureza, tem uma função predadora assim como o tigre, o leão, o gavião e outros animais. Essa função é importante para o equilíbrio de muitas espécies de animais ou vegetais. A figura anexa mostra uma figueira estrangulando impiedosamente a sua hospedeira. Quando olhamos para essa figura ou vemos um leão matar cruelmente um filhote de zebra ou um gavião abater uma pombinha inocente, a nossa tendência natural é nos revoltarmos. Porém a natureza é perfeita, mesmo tendo que fazer isso com requintes de crueldade. O único ser capaz de ignorar essa lei natural é o homem que através das “humanidades”; inteligência, compaixão, criatividade e imaginação é capaz de intervir nesta ordem natural causando, muitas vezes, desequilíbrios importantes na natureza.
Cada espécie desenvolveu, durante milhares de anos, mecanismos de defesa eficientes que garantiram sua sobrevivência nesta verdadeira guerra por espaço: a lebre corre, o gambá fede, o ouriço tem espinhos, e assim poderíamos citar dezenas de exemplos bem sucedidos.
Se você mora no interior deve ter visto como o filhote de quero-quero se disfarça para fugir dos predadores. Além da penugem que confunde o inimigo ele se agacha tornando quase impossível percebê-lo. Somente o homem, quando observa o local exato onde se escondeu, consegue localizá-lo. Então o filhote fica absolutamente imóvel dando a impressão de estar morto. Aí podemos agarrá-lo com facilidade sem que ele esboce qualquer reação.  
Temos muito a aprender com natureza. Um dos aspectos perigosos é termos eliminado os nossos predadores. Não morremos mais com o ataque de animais selvagens, pestes, guerras, e as epidemias, quando surgem corremos imediatamente atrás de vacinas e remédios para nos imunizar. Hoje já curamos a maioria das doenças que nos matavam e como consequência está aí a superpopulação.
Se usamos as humanidades para o nosso conforto, longevidade, segurança e sustento então devemos usá-las também para evitarmos interferir significativamente na natureza.


domingo, 14 de junho de 2020

ENXAIMEL


Casa de Valdir e Claudete

Casa de Vadir e Claudete

Casa de Valdir e Claudete
Casade Miguel Royer

Minha casa antes de derrubar a cozinha

prefeitura de Teitonia





ENXAIMEL
Enxaimel, em alemão (fachwerk), era um estilo de arquitetura utilizado pelos alemães e difundido por eles nas diversas geografias por onde se estabeleceram. Na nossa região, principalmente onde a imigração alemã foi predominante, há muitos vestígios dessa arquitetura.
 Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul as construções no estilo enxaimel são mais abundantes mas em vários outros estados podemos encontrar casas construídas neste estilo principalmente na zona rural.
Em Arroio Canoas, também, várias casas são testemunhas da colonização alemã, porém a maioria delas não foram preservadas e substituídas pela arquitetura moderna. A casa onde moro é um exemplo desse estilo. Infelizmente em épocas passadas, quando não se tinha o cuidado de preservar essas relíquias, foi tirada a cozinha. A casa de Valdir e Claudete Boaria é também um louvável exemplo de preservação desse estilo.
São muito raros os exemplos de construções novas a não ser em cidades turísticas que constroem suas prefeituras e prédios públicos neste estilo para caracterizar a cidade como de imigração alemã.
 Talvez uma das últimas casas residenciais construídas seja a de Miguel Royer, hoje ocupada por Valdemar Margel e esposa Hilária Royer.
 Arsenio Royer se lembra quando foi construída. Me contou que devia ter uns 7 anos. Sua função era sentar em cima dos caibros enquanto o mestre carpinteiro, José Bohn (Bohn Joseph), preparava os encaixes.
A nossa memória é muito interessante. Ela registra as recordações de fatos extraordinários. Arsênio, provavelmente não teria lembrado da sua participação na construção da casa não fosse aquele urubu. Contou-me que o mestre carpinteiro da casa deles vinha de badenserthahl e durante a construção sofreu um pequeno acidente. Uma pedra caiu no seu pé machucando-o consideravelmente de modo que não pode mais ajudar nos trabalhos. Por isso enfaixou o pé e sentou em frente à casa e dali orientava os trabalhadores. Arsênio lembra de vê-lo sentado numa cadeira vestindo um capote preto, talvez sentisse frio ou com febre devido ao machucado. Eis que lá no alto passou voando um urubu que precisou se aliviar e o excremento foi cair exatamente em cima do pé enfaixado de Bohn.
São casos que as vezes ouço por aí, contados pelos mais antigos e estou repassando para vocês.
Se alguém tiver interesse para saber mais sobre este estilo pode procurar no google, no verbete ENXAIMEL. 

domingo, 7 de junho de 2020

CURIOSIDADES









CURIOSIDADES


Se observarmos atentamente a natureza que nos cerca, certamente encontraremos coisas surpreendentes.
Creio que muitos dos leitores já viram que durante o inverno aparecem amontoados de vermes pretos. Sabemos quase nada a respeito deles. Da onde vem, como se alimentam e se reproduzem, o que acontece com eles depois do inverno durante o restante do ano? No final do inverno, eles simplesmente desaparecem. Será que sofrem um processo de metamorfose? Com certeza, se você mora no interior, já deve ter visto esses amontoados.
 Fiz uma pesquisa e, de acordo com Google, é uma larva que através de um processo de metamorfose se transforma numa vespa. Pertence a espécie (Perreyia lepida), ou “falsas lagartas” Também são conhecidas como “mata porcos”. Jacinto Thums me disse que são inofensivos, porém, alguns colonos dizem que são venenosos. Na época em que os porcos eram criados em potreiros e sempre estavam famintos, ao comerem esta larva morriam. Se alguém se interessar pelo assunto pode procurar no seguinte link:

TATUZINHO
Outra curiosidade é o que chamamos de Tatuzinho. É um bichinho que vive em lugares muito secos. O que mais conhecemos dele não é o bichinho em si, mas sim a sua morada. Ele cava um buraquinho em forma de cone. Por isso, gosta de lugares com terra muito seca e solta, geralmente em galpões sem piso de concreto. Não sabemos, ao certo, o porquê do formato do seu alojamento, mas desconfio que seja uma espécie de armadilha para pequenos insetos que ao caírem aí não conseguem mais sair ficando fácil sua captura.

ROLA BOSTA
Muitos dos meus leitores já devem ter visto um besouro apoiado nas quatro patas dianteiras e com as duas traseiras rolando uma bolota. É o “Rola bosta” ou em alemão hunsrik “Scheis kewat”. Ele usa fezes de animais para fazer uma bolotinha onde põem ovos. Daí rola esta bolotinha até um lugar que ele considera ideal para enterrá-la. Quando os ovos eclodem as larvas se alimentam das fezes até se tornarem adulto.