Leonardo no armazém |
pais de Leonardo e familia |
Propriedade onde Leonardo passou a infancia |
NADO E O GATUNO
Nado não estava feliz na casa do pai. Trabalhar na roça não lhe dava
prazer. Ele não sabia exatamente o que queria, mas definitivamente, não gostava
da roça. Tentou a Irwin, a Tramontina, foi cuidar da criação de porcos, mas
nada disso deu certo.
Um dia desses vendeu a moto, juntou todas as economias e partiu para o
mundo. O destino o levou a uma vila pobre de Porto Alegre, região do aeroporto.
Havia aí um pequeno armazém para ser alugado. Leonardo Käfer (Nado) não titubeou.
Aí estava o que procurava.
Vendia de tudo. Algumas vezes chegou a vender um só pãozinho para uma
mãe com o filho faminto em casa. O coração sangrava diante de situações assim. Mas
não havia o que fazer. O antigo dono alertara:
- Se você fizer isso uma única vez, no dia seguinte haverá uma fila
diante do seu estabelecimento. Não pode dar de graça.
No primeiro mês o lucro mal deu para o aluguel. Mas as coisas foram
melhorando. Aprendeu em casa a lidar com a escassez. Em pouco tempo se sentiu
em condições de comprar o armazém.
- Foi um passo arrojado, mas consegui dar a volta.
Certa noite, já tarde, ouviu um barulho no corredor. A mulher acordou
assustada e pediu que ele fosse ver.
- Pode deixar querida, eu sei o que houve.
Acontece que por várias noites seguidas um gatuno roubava a lâmpada do
corredor. Leonardo pacientemente a repunha até que, um dia, se irritou com a
situação. Enrolou um fiozinho eletrificado em torno da lâmpada. Para facilitar
as coisas para o gatuno deixou uma cadeira aí por perto.
Nunca mais precisou repor a lâmpada do corredor.
Leonardo aprendeu, no seio da sua família, os princípios da honradez,
disciplina e honestidade. Saiu de casa cedo mas levou consigo uma herança
valiosa que fizeram dele um vencedor, um homem de bem.
Baita homem merece todo respeito
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