segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

A TRAJETÓRIA DA VIDA II

manter a  curiosidade para saber o que há além da curva








A TRAJETÓRIA DA VIDA II

Os altos e baixos são uma constante na nossa vida. Passamos por momentos de angústia, de incertezas e de medos.
 As crianças anseiam por independência e autodeterminação, porém, ao mesmo tempo, se afligem com a ideia de terem que se bastar. Os jovens se angustiam diante da enxurrada de hormônios que invade sua corrente sanguínea que os impulsiona para atitudes que a sociedade as religiões e a moral desaprovam deixando suas mentes em grande confusão.
 É também tempo de escolher uma profissão, de cortar o cordão umbilical. O jovem é chamado para grandes decisões que poderão ser responsáveis por verdadeiras guinadas na sua vida.
Depois chega a fase adulta quando somos chamados para carregar nos ombros a responsabilidade de garantir sucesso profissional, de prover sustento e bem-estar para nós e os nossos.
Assim transcorre a nossa vida que de fase em fase muda as exigências.
Daí os filhos estão criados e finalmente estamos livres para “aproveitar a vida”. Só que daí a idade começa a pesar. Certa vez alguém falou:
- quando eu era jovem não tinha dinheiro para comprar um bom vinho, agora não tenho saúde.
Se alguém, de fora do nosso planeta lesse o que escrevi entenderia que as coisas por aqui são uma verdadeira droga. Sabemos, no entanto, que a vida também sabe ser bela e que os momentos bons e os difíceis sempre se alternam. Aliás, a natureza é assim, e como somos parte dela também estamos sujeitos às suas regras. É o pulsar da natureza, é o vai e vem, é a quebra da mesmice que quando vivida com sabedoria afasta o tédio e a rotina impulsionando-nos para novas experiências e aprendizados.
Creio que o segredo do “bem viver” é não relutar. É aceitar as mudanças e encarar, com curiosidade e expectativa a nossa trajetória por aqui. Mesmo porque ela é inexorável.
Cada fase da nossa vida tem seus encantos. Perguntei para vários idosos qual a fase de suas vidas foi a melhor. Com unanimidade responderam que gostariam de voltar a ser criança. Em geral as crianças são mais capazes de serem felizes.





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