A placa era dela |
E para muitos outros, a penosa tarefa de repor as coisas nos seus lugares. |
O PROTOCOLO
Segunda feira depois da
Festa.
Para alguns um
sentimento de alívio. Ufa, passou! Para outros, a gostosa sensação do dever
cumprido. E para muitos outros, a penosa tarefa de repor as coisas nos seus
lugares. Sim, por que organizar tudo, é gratificante. O trabalho árduo é
amenizado pela gloriosa expectativa do sucesso. Mas esse trabalho de
reorganizar, deixar a cidade novamente pronta para o quotidiano, ah, isso é
tarefa penosa. E geralmente, é tarefa para os humildes. Para aqueles que não
foram citados no protocolo. Ah, o protocolo!
Você já sentiu vergonha
por outra pessoa?
Sim, eu senti vergonha.
Ah, esse tal de protocolo! Eu estava no palco como componente do Coral, aliás
com muito orgulho, para abrilhantar o evento juntamente com a Orquestra e os
Canarinhos. Assisti a tudo. Já não havia mais lugar, e aquela lista
interminável... E o vento frio castigando as orelhas, castigando a nossa
paciência e as crianças do Canarinhos. Algumas mães se compadeceram e levaram
agasalhos para os filhos. O Professor Lucas teve de driblar toda aquela gente
para poder reger. Confesso que senti vergonha. A longa e fria espera naquele
palco me rendeu uma bela gripe.
Não quero, aqui, desmerecer a “NOSSA FESTA”.
Acho que é um marco importante para o nosso município e jamais devemos acabar
com ela. Me senti orgulhoso, como baronense, vendo tudo organizado e
funcionando.
Visitei, também o local
de exposições. Me surpreendi com uma fábrica de mangueiras instalada em Barão.
Produz mangueiras de qualidade e mais de quinze tipos diferentes.
Havia aí lareiras
expostas. A fria noite fez com que os transeuntes percebessem o calorzinho que
emanava de uma lareira aí em funcionamento. A fábrica de lareiras também está
instalada em Barão.
Me surpreendi, também
com a Keyla. Eu a conheci, ainda menina, trabalhando na serigrafia do pai. Há
bem pouco tempo vi uma placa, na cidade, numa casa em construção. A placa era
dela. Keyla já se formou arquiteta e está trabalhando. Conversando com ela
percebi que tinha escolhido a profissão certa. Falava com entusiasmo do seu
trabalho. disse sentir um prazer muito grande de realização ao ver seus
primeiros projetos transformados em obras.
Na pessoa de Keyla quero
cumprimentar todos os nossos jovens que estão despontando para o mercado de
trabalho. E também lembrar de todos os nossos empreendedores que assim como a
Mangueplast e a Castelar são os verdadeiros responsáveis pela pujança do nosso
município. E sequer se cogitou em mencioná-los no protocolo.
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