segunda-feira, 16 de maio de 2016

O PROTOCOLO

A placa era dela



 E para muitos outros, a penosa tarefa de repor as coisas nos seus lugares.



O PROTOCOLO

Segunda feira depois da Festa.
Para alguns um sentimento de alívio. Ufa, passou! Para outros, a gostosa sensação do dever cumprido. E para muitos outros, a penosa tarefa de repor as coisas nos seus lugares. Sim, por que organizar tudo, é gratificante. O trabalho árduo é amenizado pela gloriosa expectativa do sucesso. Mas esse trabalho de reorganizar, deixar a cidade novamente pronta para o quotidiano, ah, isso é tarefa penosa. E geralmente, é tarefa para os humildes. Para aqueles que não foram citados no protocolo. Ah, o protocolo!
Você já sentiu vergonha por outra pessoa?
Sim, eu senti vergonha. Ah, esse tal de protocolo! Eu estava no palco como componente do Coral, aliás com muito orgulho, para abrilhantar o evento juntamente com a Orquestra e os Canarinhos. Assisti a tudo. Já não havia mais lugar, e aquela lista interminável... E o vento frio castigando as orelhas, castigando a nossa paciência e as crianças do Canarinhos. Algumas mães se compadeceram e levaram agasalhos para os filhos. O Professor Lucas teve de driblar toda aquela gente para poder reger. Confesso que senti vergonha. A longa e fria espera naquele palco me rendeu uma bela gripe.
 Não quero, aqui, desmerecer a “NOSSA FESTA”. Acho que é um marco importante para o nosso município e jamais devemos acabar com ela. Me senti orgulhoso, como baronense, vendo tudo organizado e funcionando.
Visitei, também o local de exposições. Me surpreendi com uma fábrica de mangueiras instalada em Barão. Produz mangueiras de qualidade e mais de quinze tipos diferentes.
Havia aí lareiras expostas. A fria noite fez com que os transeuntes percebessem o calorzinho que emanava de uma lareira aí em funcionamento. A fábrica de lareiras também está instalada em Barão.
Me surpreendi, também com a Keyla. Eu a conheci, ainda menina, trabalhando na serigrafia do pai. Há bem pouco tempo vi uma placa, na cidade, numa casa em construção. A placa era dela. Keyla já se formou arquiteta e está trabalhando. Conversando com ela percebi que tinha escolhido a profissão certa. Falava com entusiasmo do seu trabalho. disse sentir um prazer muito grande de realização ao ver seus primeiros projetos transformados em obras.
Na pessoa de Keyla quero cumprimentar todos os nossos jovens que estão despontando para o mercado de trabalho. E também lembrar de todos os nossos empreendedores que assim como a Mangueplast e a Castelar são os verdadeiros responsáveis pela pujança do nosso município. E sequer se cogitou em mencioná-los no protocolo.


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