terça-feira, 31 de maio de 2016

EVOLUÇÃO


nada mudou no seu projeto arquitetônico
 É a permanente contenda entre os jovens e os mais velhos. 
O equilíbrio entre gerações. 



EVOLUÇÃO

O desequilíbrio é um instrumento que a natureza usa para estimular-nos. Provoca um desconforto que nos impele para novos enfrentamentos; é a mola que impulsiona para a ação, que nos arranca do marasmo. O bem-estar, o problema resolvido, o conforto, a vitória, o título provocam a apatia. A natureza, da qual fazemos parte, constantemente, promove desequilíbrios fomentando ações em busca de uma nova ordem. Não fosse assim haveria a acomodação. Nada mudaria e a nossa permanência por aqui não faria sentido, pois viemos para crescer e evoluir.
Se observarmos a espécie humana podemos ver que somos únicos na natureza. O João de Barro, por exemplo, é um verdadeiro artista na construção da sua casa, mas desde todos os tempos nada mudou no seu projeto arquitetônico. Assim, todos os animais tem habilidades admiráveis porém, o que faziam, continuam fazendo do mesmo jeito como há milhares de anos. Não houve evolução. Existem casos em que até, alguns animais conseguem aprender algumas coisas, mas isso são aprendizados individuais. Somente o ser humana pode evoluir individualmente e como grupo. Não há parâmetros para comparar uma casa moderna, da atualidade, com a caverna onde habitávamos na pré-história. Não faltam evidências para comprovar a nossa evolução como espécie.
Evoluímos porque a natureza nos fez assim. Há um aspecto interessante da nossa sociedade que fomenta esta evolução social. É a permanente contenda entre os jovens e os mais velhos. Os jovens são irrequietos, anseiam por mudanças, querem inovar, construir seu próprio mundo. O adulto é comedido e analisa com cuidado os passos rumo às mudanças. Se deixássemos somente os jovens conduzir os nossos destinos, perderíamos ensinamentos valiosos acumulados de geração em geração. Se, pelo contrário, entregássemos o mundo nas mãos dos mais velhos não haveria evolução na sociedade ou ela aconteceria com muito mais lentidão. Isso se percebe, também, nas empresas. O pai trabalhou duro durante anos para estabelecer um negócio próspero. Quando o filho assume quer introduzir mudanças. Sem o filho a empresa não iria evoluir para acompanhar tendências e tecnologias inovadoras. Mas a presença do pai também é salutar para que não sejam dados passos maiores que o tamanho das pernas. A prudência do velho pai é um elemento importante para estabelecer um ponto de equilíbrio entre as duas forças.
Conheço firmas que, a partir da segunda geração, mostraram um desenvolvimento admirável. Por outro lado empresas bem sucedidas foram a falência por falta de controle, e investimentos irresponsáveis.
"Uma sociedade saudável é aquela que sabe dosar com equilíbrio os anseios dos jovens pela mudança e o empenho dos adultos para manter o Status Quo".

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