nada mudou no seu projeto arquitetônico |
É a permanente contenda entre os jovens e os mais velhos. |
O equilíbrio entre gerações. |
EVOLUÇÃO
O desequilíbrio é um
instrumento que a natureza usa para estimular-nos. Provoca um desconforto que
nos impele para novos enfrentamentos; é a mola que impulsiona para a ação, que
nos arranca do marasmo. O bem-estar, o problema resolvido, o conforto, a
vitória, o título provocam a apatia. A natureza, da qual fazemos parte,
constantemente, promove desequilíbrios fomentando ações em busca de uma nova
ordem. Não fosse assim haveria a acomodação. Nada mudaria e a nossa permanência
por aqui não faria sentido, pois viemos para crescer e evoluir.
Se observarmos a espécie
humana podemos ver que somos únicos na natureza. O João de Barro, por exemplo,
é um verdadeiro artista na construção da sua casa, mas desde todos os tempos
nada mudou no seu projeto arquitetônico. Assim, todos os animais tem
habilidades admiráveis porém, o que faziam, continuam fazendo do mesmo jeito
como há milhares de anos. Não houve evolução. Existem casos em que até, alguns
animais conseguem aprender algumas coisas, mas isso são aprendizados
individuais. Somente o ser humana pode
evoluir individualmente e como grupo. Não há parâmetros para comparar uma casa
moderna, da atualidade, com a caverna onde habitávamos na pré-história. Não faltam
evidências para comprovar a nossa evolução como espécie.
Evoluímos porque a
natureza nos fez assim. Há um aspecto interessante da nossa sociedade que
fomenta esta evolução social. É a permanente contenda entre os jovens e os mais
velhos. Os jovens são irrequietos, anseiam por mudanças, querem inovar, construir seu próprio mundo. O adulto é comedido e analisa com cuidado os
passos rumo às mudanças. Se deixássemos somente os jovens conduzir os nossos
destinos, perderíamos ensinamentos valiosos acumulados de geração em geração.
Se, pelo contrário, entregássemos o mundo nas mãos dos mais velhos não haveria
evolução na sociedade ou ela aconteceria com muito mais lentidão. Isso se
percebe, também, nas empresas. O pai trabalhou duro durante anos para
estabelecer um negócio próspero. Quando o filho assume quer introduzir
mudanças. Sem o filho a empresa não iria evoluir para acompanhar tendências e
tecnologias inovadoras. Mas a presença do pai também é salutar para que não
sejam dados passos maiores que o tamanho das pernas. A prudência do velho pai é
um elemento importante para estabelecer um ponto de equilíbrio entre as duas
forças.
Conheço firmas que, a
partir da segunda geração, mostraram um desenvolvimento admirável. Por outro
lado empresas bem sucedidas foram a falência por falta de controle, e
investimentos irresponsáveis.
"Uma sociedade saudável é
aquela que sabe dosar com equilíbrio os anseios dos jovens pela mudança e o empenho
dos adultos para manter o Status Quo".