segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Político, uma profissão?





Simbolo de corrupçao.




Político, uma profissão?


Provavelmente, lá no início da humanidade já havia profissões. Imagino que nas aldeias primitivas sempre alguém sabia pescar melhor. Então ele escolhia ser pescador. Outros eram fortes e por isso recebiam a incumbência de defender a aldeia contra invasores. Certamente havia os caçadores, os estafetas e os inventores.
Naqueles tempos a humanidade tinha poucas necessidades: Uma caverna confortável, comida, segurança e convívio social.
 Havia poucas necessidades, por isso, também, poucas profissões.
Na medida em que a humanidade foi se sofisticando as necessidades aumentaram e em consequência, também, o leque de profissões. Hoje, a cada dia, surgem novas profissões. Há uma necessidade cada vez maior de especialistas nas mais diversas áreas da atividade humana. Na mesma medida em que surgem profissões novas, desaparecem outras. Um profissional que há pouco tempo era importante, de repente ficou sem trabalho. Quem, ainda hoje, põe no seu currículo que tem curso de datilografia? Ou um mecânico, que é especialista em carburador? Você sabe o que faz o lixólogo? Já existe faculdade do lixo.

Exercer uma profissão é algo nobre. Na medida do possível as pessoas devem procurar profissões que combinem com seus talentos, gostos e aptidões.

Você acha que “político” deve ser uma profissão? Talvez um dos nossos maiores males seja a profissionalização da política. Conheço pessoas que entraram para a vida pública recentemente e ficaram surpresos com as possibilidades e facilidades de haver corrupção. Acredito nessas pessoas e tenho certeza que não são corruptas. Mas um dia a necessidade aperta e aí ao ver a oferta escancarada e a convivência com os já mais experientes ele sucumbe à tentação. E como diz o ditado; “Onde passa um boi...”

 Por isso é que entendo que a renovação na política seria algo muito salutar para a sociedade. Entendo que, o cidadão, ao fim do seu mandato, deveria voltar para casa e exercer sua profissão de antes. Aliás, ter uma profissão deveria ser uma das exigências para alguém que quisesse se candidatar a algum cargo político. Mas essas coisas provavelmente nunca vão mudar porque são eles que fazem as leis. Não iriam legislar contra seus interesses.

Criam-se então grupos fechados que se locupletam nos órgãos governamentais e não permitem a oxigenação nas administrações públicas. Os vícios se instalam e, aos poucos, esses grupos se sentem donos quando na verdade deveriam ser servidores passageiros.




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