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Simbolo de corrupçao. |
Político, uma profissão?
Provavelmente,
lá no início da humanidade já havia profissões. Imagino que nas aldeias
primitivas sempre alguém sabia pescar melhor. Então ele escolhia ser pescador.
Outros eram fortes e por isso recebiam a incumbência de defender a aldeia
contra invasores. Certamente havia os caçadores, os estafetas e os inventores.
Naqueles
tempos a humanidade tinha poucas necessidades: Uma caverna confortável, comida,
segurança e convívio social.
Havia poucas necessidades, por isso, também,
poucas profissões.
Na medida em que a humanidade foi se sofisticando as
necessidades aumentaram e em consequência, também, o leque de profissões. Hoje,
a cada dia, surgem novas profissões. Há uma necessidade cada vez maior de
especialistas nas mais diversas áreas da atividade humana. Na mesma medida em
que surgem profissões novas, desaparecem outras. Um profissional que há pouco
tempo era importante, de repente ficou sem trabalho. Quem, ainda hoje, põe no
seu currículo que tem curso de datilografia? Ou um mecânico, que é especialista
em carburador? Você sabe o que faz o lixólogo? Já existe faculdade do lixo.
Exercer uma profissão é algo nobre.
Na medida do possível as pessoas devem procurar profissões que combinem com
seus talentos, gostos e aptidões.
Você acha que “político” deve ser
uma profissão? Talvez um dos nossos maiores males seja a profissionalização da
política. Conheço pessoas que entraram para a vida pública recentemente e
ficaram surpresos com as possibilidades e facilidades de haver corrupção.
Acredito nessas pessoas e tenho certeza que não são corruptas. Mas um dia a
necessidade aperta e aí ao ver a oferta escancarada e a convivência com os já
mais experientes ele sucumbe à tentação. E como diz o ditado; “Onde passa um
boi...”
Por isso é que entendo que a renovação na
política seria algo muito salutar para a sociedade. Entendo que, o cidadão, ao
fim do seu mandato, deveria voltar para casa e exercer sua profissão de antes.
Aliás, ter uma profissão deveria ser uma das exigências para alguém que
quisesse se candidatar a algum cargo político. Mas essas coisas provavelmente
nunca vão mudar porque são eles que fazem as leis. Não iriam legislar contra
seus interesses.
Criam-se então grupos fechados que
se locupletam nos órgãos governamentais e não permitem a oxigenação nas
administrações públicas. Os vícios se instalam e, aos poucos, esses grupos se
sentem donos quando na verdade deveriam ser servidores passageiros.
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