Leopoldo Weschenfelder |
Armando kuhn conheceu Guilherme |
Lindolfo Käfer |
HIDROMANCIA
Nesses últimos anos, a
humanidade está vivenciando um desenvolvimento espantoso. Os avanços da
eletrônica e da cibernética nos deixam maravilhados e achamos que eles podem
resolver todas as nossas questões. Essa explosão tecnológica e científica nos
deixou insensíveis a muitos valores da cultura popular que atravessaram séculos
mostrando resultados inquestionáveis. Acho que tudo isso deixou nossa sociedade
doente. Não descansamos. Constantemente estamos de olho no vizinho: seu carro
do ano, televisão, geladeira, seu tênis e na pintura moderna da sua casa.
Quando não podemos apresentar, constantemente, uma novidade, nos sentimos
desconfortáveis e depressivos, e enchemos os consultórios dos psicólogos e
psiquiatras.
Conheço, aqui na minha
pequena comunidade, Arroio Canoas, pessoas que sabem achar veios de água
subterrânea utilizando somente uma forquilha de pessegueiro. Tenho um poço
cavado na minha propriedade que fornece água boa graças à habilidade do
Lindolfo Käfer. Muitos outros poços foram cavados com um percentual de êxito
espantoso, localizados por pessoas com esse dom munidos unicamente de uma
forquilha de pessegueiro.
Pesquisando no Google pude ver
que essa aptidão é conhecida em todo mundo e alguns países dedicam esforços
para aprimorar esse dom que, sabemos, somente algumas pessoas possuem. Essa
habilidade chama-se radiestasia ou hidromancia.
Em Boa Vista, Poço das Antas, morava
Guilherme Luft, “Luft Wilam”, que também tinha a habilidade de procurar veios
de água.
Conta-se que certa vez Leopoldo Weschenfelder
chamou Luft para procurar água na sua propriedade em Arroio Canoas. Wilam,
andou pela propriedade esperando que a forquilha lhe desse um sinal. Então
percebeu que na medida em que andava para trás o sinal da forquilha ia
intensificando. Sempre atento ao sinal, não percebeu que logo atrás dele havia
um poço onde acabou caindo. Gritou por socorro mas quando Leopoldo chegou ao
local ele já estava a salvo. Por sorte o poço não era profundo o que permitiu
que saísse ileso do acidente.
Essa história foi me contada por
Silfredo Weschenfelder. São histórias antigas que são contadas e não sabemos da
exata veracidade dos detalhes mas, que, em geral, há sempre um fundo de
verdade.
Armando kuhn conheceu Guilherme.
Disse que ele era um homem muito religioso e que todos os domingos, montado em
seu burrinho, ia até Poço das Antas, distante 12 km, para assistir à missa.
Talvez seja hora de voltarmos. De,
novamente, prestarmos atenção nas coisas que a ciência não pode comprovar. De
aprendermos que temos necessidades além dos bens de consumo que podem nos
anestesiar, porém, só por algum tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário