Laurindo Boeni e esposa |
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
Político, uma profissão?
Simbolo de corrupçao. |
Político, uma profissão?
Provavelmente,
lá no início da humanidade já havia profissões. Imagino que nas aldeias
primitivas sempre alguém sabia pescar melhor. Então ele escolhia ser pescador.
Outros eram fortes e por isso recebiam a incumbência de defender a aldeia
contra invasores. Certamente havia os caçadores, os estafetas e os inventores.
Naqueles
tempos a humanidade tinha poucas necessidades: Uma caverna confortável, comida,
segurança e convívio social.
Havia poucas necessidades, por isso, também,
poucas profissões.
Na medida em que a humanidade foi se sofisticando as
necessidades aumentaram e em consequência, também, o leque de profissões. Hoje,
a cada dia, surgem novas profissões. Há uma necessidade cada vez maior de
especialistas nas mais diversas áreas da atividade humana. Na mesma medida em
que surgem profissões novas, desaparecem outras. Um profissional que há pouco
tempo era importante, de repente ficou sem trabalho. Quem, ainda hoje, põe no
seu currículo que tem curso de datilografia? Ou um mecânico, que é especialista
em carburador? Você sabe o que faz o lixólogo? Já existe faculdade do lixo.
Exercer uma profissão é algo nobre.
Na medida do possível as pessoas devem procurar profissões que combinem com
seus talentos, gostos e aptidões.
Você acha que “político” deve ser
uma profissão? Talvez um dos nossos maiores males seja a profissionalização da
política. Conheço pessoas que entraram para a vida pública recentemente e
ficaram surpresos com as possibilidades e facilidades de haver corrupção.
Acredito nessas pessoas e tenho certeza que não são corruptas. Mas um dia a
necessidade aperta e aí ao ver a oferta escancarada e a convivência com os já
mais experientes ele sucumbe à tentação. E como diz o ditado; “Onde passa um
boi...”
Por isso é que entendo que a renovação na
política seria algo muito salutar para a sociedade. Entendo que, o cidadão, ao
fim do seu mandato, deveria voltar para casa e exercer sua profissão de antes.
Aliás, ter uma profissão deveria ser uma das exigências para alguém que
quisesse se candidatar a algum cargo político. Mas essas coisas provavelmente
nunca vão mudar porque são eles que fazem as leis. Não iriam legislar contra
seus interesses.
Criam-se então grupos fechados que
se locupletam nos órgãos governamentais e não permitem a oxigenação nas
administrações públicas. Os vícios se instalam e, aos poucos, esses grupos se
sentem donos quando na verdade deveriam ser servidores passageiros.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
HIDROMANCIA
Leopoldo Weschenfelder |
Armando kuhn conheceu Guilherme |
Lindolfo Käfer |
HIDROMANCIA
Nesses últimos anos, a
humanidade está vivenciando um desenvolvimento espantoso. Os avanços da
eletrônica e da cibernética nos deixam maravilhados e achamos que eles podem
resolver todas as nossas questões. Essa explosão tecnológica e científica nos
deixou insensíveis a muitos valores da cultura popular que atravessaram séculos
mostrando resultados inquestionáveis. Acho que tudo isso deixou nossa sociedade
doente. Não descansamos. Constantemente estamos de olho no vizinho: seu carro
do ano, televisão, geladeira, seu tênis e na pintura moderna da sua casa.
Quando não podemos apresentar, constantemente, uma novidade, nos sentimos
desconfortáveis e depressivos, e enchemos os consultórios dos psicólogos e
psiquiatras.
Conheço, aqui na minha
pequena comunidade, Arroio Canoas, pessoas que sabem achar veios de água
subterrânea utilizando somente uma forquilha de pessegueiro. Tenho um poço
cavado na minha propriedade que fornece água boa graças à habilidade do
Lindolfo Käfer. Muitos outros poços foram cavados com um percentual de êxito
espantoso, localizados por pessoas com esse dom munidos unicamente de uma
forquilha de pessegueiro.
Pesquisando no Google pude ver
que essa aptidão é conhecida em todo mundo e alguns países dedicam esforços
para aprimorar esse dom que, sabemos, somente algumas pessoas possuem. Essa
habilidade chama-se radiestasia ou hidromancia.
Em Boa Vista, Poço das Antas, morava
Guilherme Luft, “Luft Wilam”, que também tinha a habilidade de procurar veios
de água.
Conta-se que certa vez Leopoldo Weschenfelder
chamou Luft para procurar água na sua propriedade em Arroio Canoas. Wilam,
andou pela propriedade esperando que a forquilha lhe desse um sinal. Então
percebeu que na medida em que andava para trás o sinal da forquilha ia
intensificando. Sempre atento ao sinal, não percebeu que logo atrás dele havia
um poço onde acabou caindo. Gritou por socorro mas quando Leopoldo chegou ao
local ele já estava a salvo. Por sorte o poço não era profundo o que permitiu
que saísse ileso do acidente.
Essa história foi me contada por
Silfredo Weschenfelder. São histórias antigas que são contadas e não sabemos da
exata veracidade dos detalhes mas, que, em geral, há sempre um fundo de
verdade.
Armando kuhn conheceu Guilherme.
Disse que ele era um homem muito religioso e que todos os domingos, montado em
seu burrinho, ia até Poço das Antas, distante 12 km, para assistir à missa.
Talvez seja hora de voltarmos. De,
novamente, prestarmos atenção nas coisas que a ciência não pode comprovar. De
aprendermos que temos necessidades além dos bens de consumo que podem nos
anestesiar, porém, só por algum tempo.
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