Gruta Azul em Bonito |
Para cada lado da rodovia que se olhasse, só se via plantações de milho e soja. |
Creio que florestas nativas e exuberantes ocupavam tudo aquilo |
Passeio de barco pelo Rio Paraná |
Passeio de barco pelo Rio Paraná |
A QUEM PERTENCE A TERRA?
Na terra vive um número incalculável
de formas de vida. Nós somos uma dessas formas. Compartilhamos esse mundo com
todas as outras. O Criador colocou à nossa disposição toda essa maravilha.
Quando digo à nossa disposição me
refiro a todos os seres vivos e não somente ao ser humano. No entanto, temos a
soberba de ignorar esse direito e nos apossamos de tudo o que bem entendemos.
Fiz uma excursão ao Pantanal sul-mato-grossense.
Sentei no primeiro banco do ônibus para apreciar as paisagens que se sucediam
durante o percurso. Viajávamos durante o dia, e de noite dormíamos em hotéis.
Saímos do Rio Grande, atravessamos o oeste de Santa Catarina e do Paraná e grande
parte do Mato Grosso do sul. Durante todo esse trajeto a paisagem se manteve
inalterada. Para cada lado da rodovia que se olhasse, só se via plantações de
milho e soja. Essas duas culturas ocupavam, praticamente, todos os espaços. Até
aonde a vista alcançava a monotonia daquele verde se impunha. Então me
perguntei:
- Quem vai comer todo esse alimento?
E sabemos que o que vi é uma ínfima
parte do que produzimos. Tem ainda o Mato Grosso, Goiás, São Paulo e outros
estados.
Imaginei como seria toda essa extensão
de terras antes da chegada de “civilização”. Creio que florestas nativas e
exuberantes ocupavam tudo aquilo. E essas florestas, com certeza, abrigavam uma
diversidade muito grande de vida selvagem.
Sentimo-nos no direito de ocupar tudo
em detrimento de quem estava lá. Alegamos que precisamos de alimentos para
sustentar a população mundial. Achamos que podemos expandir a nossa espécie (Homo
Sapiens) indefinidamente sem nos importar com as outras formas de vida. Esse
planeta está aí para ser compartilhado por todos. Ele não pertence unicamente
ao ser humano.
Eliminamos os nossos predadores
(pestes, guerras, doenças, epidemias) e estendemos nossa expectativa de vida
sem prestarmos atenção para a superpopulação. Hoje temos gente demais no mundo.
Se não houvesse pessoas para comer todos os alimentos que produzimos então não
precisaríamos de tanta área plantada. Haveria espaço para florestas e vida
selvagem.
A nossa sociedade está assentada no “processo
de crescimento”. Enquanto pudermos crescer tudo é fácil. Mas não podemos fazer
isso infinitamente. Uma vez se fabricava coisas para durarem. Hoje se fabricam
descartáveis; para que se possa produzir mais, vender mais, expandir, ocupar
todos os espaços. O nosso planeta é limitado. Ou alguém duvida disso? Quem
sabe, depois a lua ou... ou...
Eu ainda prefiro ficar por aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário