quarta-feira, 30 de outubro de 2013

SENSO ESTÉTICO-Finados


Já, há vários anos, cultiva lindas bromélias
 nos túmulos dos seus familiares.


Disse-me que gastou quinhentos reais para repor o que foi roubado.

Vovó Helena

Vovô Francisco



As comunidades se reúnem para fazer a limpeza do cemitério


constatou terem sido roubadas as lindas bromélias
 que já há anos vinha cultivando nos túmulos dos seus falecidos.








FINADOS


O dia 2 de novembro, finados, é o dia que a tradição Cristã dedica aos mortos. Nas comunidades as pessoas se reúnem para fazerem a limpeza do cemitério e os familiares preparam os túmulos ornamentando-os com flores e coroas.
A Liane aprendeu do seu vô Francisco  Henzel e da vó Helena que devemos ter muito respeito pelos mortos. Que nos finados devemos cuidar muito bem das sepulturas, levar flores e coroas porque, se não for assim, os nossos entes queridos ficam muito tristes. A Liane guarda esse sentimento no fundo de seu coração. Tem pelos falecidos um carinho muito grande. Além do que aprendeu com o Franz e a Lehn ela tem um senso estético muito apurado e consegue organizar os elementos de uma forma afinada e harmônica que mesmo sem muitos gastos nos transmitem uma sensação agradável. Muitas vezes, para quem não tem esse senso de estética apurado, sente que aquilo aí é agradável, mas não sabe por que. É que o nosso espírito tem isso naturalmente, mas para poder se manifestar precisa do nosso corpo como veículo. É preciso treinamento.
Mas a Liane não se preocupa com seus entes queridos somente no dia de finados. Já, há vários anos, cultiva lindas bromélias nos túmulos dos seus familiares.
 Neste ano, ela teve uma grande decepção. Já no sábado, foi ao cemitério e deixou tudo limpo e organizado. Cuidou das bromélias, deu água e por fim fez uma oração pelo vô Francisco, vó Helena, pela mãe Erna, o mano Gabriel e o pai Silvério.
 No domingo, pelas duas horas da tarde, foi assistir ao jogo de futebol do Copa contra o Cantareira. Então, antes do jogo, foi ao cemitério, que fica aí contíguo ao campo, e constatou terem sido roubadas as lindas bromélias que já há anos vinha cultivando nos túmulos dos seus falecidos. Perguntei quanto valiam as bromélias roubas. Disse-me que gastou quinhentos reais para repor o que foi roubado.
Soube, também, que dos túmulos dos familiares de Ivandra Flach Schneider os gatunos roubaram lindos cactus e também bromélias.
Isto é uma atitude condenável. Será que alguém vai ser capaz de plantar no seu jardim uma bromélia roubada num cemitério? Vejam a que ponto chegamos!



 














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