Parece que está dentro de nós. Com
certeza, todos, em algum momento da nossa infância, já colecionamos coisas.
Lembro que eu colecionava papeizinhos de balas. Na manhã depois de algum baile no
salão do Fridschen, os meus irmãos menores e eu juntávamos os invólucros de
balas e as tampinhas de garrafas para aumentarmos as nossas coleções.
Menudos |
A Carla juntava camisetas dos Menudos,
grupo musical de Porto Rico, que fez sucesso quando ela era criança.
A Marta colecionava “Bolachas Maria”.
Ela contou que no colégio trocava sua merenda com quem tivesse Bolachas Maria.
Daí não comia as bolachas, mas levava para casa para a sua coleção. Mais tarde,
quando resolveu comer, as bolachas estavam estragadas.
O Ildo colecionava figurinhas de
chiclete. Muitos meninos colecionavam bolinhas de gude, sementes.
Algumas crianças, filhos de pais mais
abastados, colecionam moedas raras, selos e obras de arte.
coleção de pedras |
A menina que colecionava pedras |
Conheci uma menina que colecionava pedras.
Quando achava uma, interessante na roça a levava para casa para a sua coleção.
Ela era feliz. Moedas raras ou pedras; não importa. As crianças, na sua
simplicidade, conseguem abstrair o valor econômico das coisas. Um dia, veio a
enchente e levou a coleção de pedras. Foi uma perda significativa.
Bambolê |
A Cleci guardava um bambolê todo
enfeitado. Ganhou para desfilar num Sete de Setembro pela sua escola. Um dia o
sobrinho destruiu o bambolê.
Muitas vezes, a vida, desde cedo, treina as
pessoas para o desapego. Ensina que as coisas não são para sempre. E que
devemos aprender a aceitar as perdas. Tais pessoas, depois de adultas, saberão
lidar melhor com as privações, dificuldades e frustrações. Muitos aprendem desde pequenos, mas
sem dúvida todos aprenderão porque nada deste mundo material é para sempre.
Parabéns laurido sempre espero pelos teus textos. Um abraço do Fradique
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