domingo, 14 de abril de 2013

COMO ANTIGAMENTE

 Plinio Schneider preparando o terreno para plantar bata doce. 
 Eram os gritos de um lavrador
 que estava lavrando numa roça aí por perto:



 e, também, do cachorro que, como antigamente,
estava acompanhando seu dono.

encontrei o Ademir Pagliarini
 e sua esposa Marivete cortando pasto de elefante

teve licença do Nico para cortar o pasto.

os dois subiram na carreta



Ele fez a colheita do modo tradicional, como antigamente

A safra foi boa e vai ter feijão para toda a família.


Na casa do Cláudio ninguém vai passar fome neste ano.



COMO ANTIGAGAMENTE

Uma jovem, conversando comigo, falava sobre antigamente. Então lhe perguntei:
- Sabes, que quando a expressão “antigamente” começa a aparecer, com frequência, nas nossas conversas é porque estamos ficando velhos? Beirando os setenta, brinquei com ela. Olhou-me sem compreender no início, mas logo seu sorriso confirmou que havia entendido.
Quando eu era criança, adorava ouvir os mais velhos falando de antigamente. Hoje, troquei de posição e aqui estou eu falando das minhas recordações e aprendizados. Conto casos, falo sobre costumes, tradições, crendices e superstições.
Num dia desses, estava cuidando do meu pequeno pomar quando um som familiar me fez lembrar os tempos de criança. Eram os gritos de um lavrador que estava lavrando numa roça aí por perto:
 -“Prá cima! Prá baixo! Hoit! Har! Astra! No rego!” e outras expressões do vocabulário pertinente.
 Antes do advento da agricultura moderna, toda a terra era arada com tração animal. Então, principalmente na primavera, ouvia-se, por toda parte, a gritaria dos colonos preparando as terras para o plantio.
Peguei a minha máquina fotográfica e fui procurar o lavrador. Era meu vizinho, Plinio Schneider preparando o terreno para plantar bata doce. Tirei várias fotos da junta e, também, do cachorro que, como antigamente, estava acompanhando seu dono.
Há alguns dias, enquanto fazia a minha caminha, encontrei o Ademir Pagliarini e sua esposa Marivete cortando pasto de elefante num barranco na beira da estrada. Pagliarini teve licença do Nico para cortar o pasto. E, como antigamente, depois de carregado todo o pasto, os dois subiram na carreta e puxados por uma junta de bois levaram a carga para casa. Ademir está engordando uma novilha. Certamente, em breve, o freezer estará, novamente, abastecido e para a alegria da Franciele e de toda a família os churrascos de fim de semana estarão garantidos por um bom tempo.
Nos tempos modernos, os agricultores têm colheitadeiras para trilharem sua produção de cereais. Claudio Käfer plantou uma rocinha de feijão. Ele fez a colheita do modo tradicional, como antigamente. Depois de maduros, arrancou os pés de feijão deixando-os secar ao sol.  Em seguida espalhou tudo sobre um pano e malhou com um mangual para debulhar os grãos. A safra foi boa e vai ter feijão para toda a família. Na casa do Cláudio ninguém vai passar fome neste ano. E, quem sabe, ainda sobre um ou dois kg para que ele possa cumprir a promessa que me fez quando estive lá para bater as fotos. 

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