sábado, 10 de março de 2012

PERERECOFOBIA


 Esta é a perereca que estava no meu banheiro.  




                                                                                                  


PERERECOFOBIA

Não conheço mulher que não tenha medo de sapo.
 Durante uma festinha uma amiga veio correndo ao meu encontro, enquanto gritava desesperadamente:
- Um bicho! Vai lá matar aquele bicho nojento!
E mostrava com o indicador o banheiro da onde saíra, ainda, terminando de se vestir.
Armei-me com um cabo de vassoura e fui procurar a fera que assustara daquele jeito a moça. Nada encontrei. Quando ia saindo deparei-me com uma pequena perereca do tamanho de um polegar de criança, sentada na pia do banheiro. Olhou para mim assustada, e com a respiração ofegante.  Consegui agarrar a coitada e fui mostrá-la para a amiga para saber se fora isso que a assustara daquele jeito. Como me arrependi! A gritaria voltou e, agora, engrossada por mais duas amigas que também estavam na festa.
Então, fui soltar a coitada na natureza, lavei as mãos e fui ver como estavam as mulheres. Encontrei as três na sala agarradas, uma a outra, em cima do sofá. Quando me viram o desespero voltou:
- Sai daqui com esse bicho nojento!
Tive que lhes explicar que a pererequinha já não estava mais comigo. E para ficarem mais tranquilas disse que a matara.
Acho que essa “pererecofobia” (o termo é meu) merecia um estudo: 
porque as mulheres têm tanto mede de batráquios?
Outra coisa que não consigo entender é porque foram apelidar aquilo de "perereca". Uma coisa tem nada a ver com a outra.  Até eu poderia entender se o animalzinho tivesse atitudes frias e calculistas! Se atraísse, traiçoeiramente, suas vítimas como, por exemplo, as aranhas! Ou se tivesse o habito de comer salsichas ou minhocas! Mas nada disso confere! O bichinho é limpo, pequeno, e tem sangue frio. Além disso, a perereca (bichinho) nem é comestível! Não pode ser comida.

Vai entender esse mundo ilógico das mulheres e da linguagem!

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