segunda-feira, 30 de julho de 2012

PEDRO KÄFER O PIONEIRO

PEDRO KÄFER O PIONEIRO


LUIZA HILGERT HENTZ




ALOYSIO KÄFER TOCAVA GAITA PONTO E ACORDEÃO
GAITA PONTO
CASA CONSTRUÍDA PELO PIONEIRO PEDRO KÄFER






CASA DE PEDRO KÄFER - FOTO DE TATIANA REISCHERT

 PEDRO KÄFER O PIONEIRO




Algumas histórias sobre os primeiros tempos de Arroio Canoas.

Pedro Käfer chegou em 1892. Pagou meio Conto de Reis por 48 Ha de uma terra ensolarada onde hoje fica a localidade do Sagrado. (Sagrado Coração de Jesus).
No começo vinha sozinho de Linha Bonita e por aqui derrubava mato para as primeiras roças, falquejava tábuas e construiu um abrigo rústico e um paiol. Casara-se com Helena Schommer que ficou morando na casa do pai, pois não queria submetê-la a rudeza dos primeiros tempos quando ainda eram precárias as condições de conforto e segurança.
Helena faleceu cedo deixando onze filhos. Em Campestre também faleceu cedo, José Hentz deixando a viúva Luiza Hentz Hilgert com sete filhos. O padre de Tupandi, na função de cupido, aproximou os dois que casaram novamente. Com o novo casamento juntou nada menos que vinte pessoas sob o mesmo teto. Depois tiveram mais um: Aloysio Käfer.
Aloysio tinha um ouvido musical apuradíssimo herança de sua mãe Hilgert. Foi bom músico e tocava gaita ponto e acordeão como poucos. Ele contou para o Ari Ritter, que seu pai, o Pedro, ao contrário da mãe, tinha um ouvido musical muito limitado e que ao chamar os cachorros assobiava tão desafinado que eles fugiam assustados. Por isso, para chamá-los usava torresmo.
Das duas famílias que moravam sob o mesmo teto saíram dois casamentos: José Käfer Sobrinho casou com Mathilde Hentz e Ferdinando Käfer casou com Ottilia Hentz. Era fácil; podiam namorar em casa. Segundo Ari Ritter, as duas moças, apesar de morarem na mesma casa, casaram virgens. Eram outros tempos.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

AS ANDORINHAS E OS POLÍTICOS




Andorinha




Andorinhas procurando um lugar para nidificar

Espetáculo maravilhoso da natureza



AS ANDORINHAS E OS POLÍTICOS

Todos nós sabemos que em determinada época do ano, aparecem as andorinhas. Sempre no início da primavera, podemos vê-las, primeiro uma ou duas, voando bem lá no alto. Na medida em que a primavera avança o bando aumenta e daqui a pouco já estão procurando, em duplas, um abrigo nas nossas casas para nidificarem. Depois, quando o verão já cede seu lugar para o outono, de repente, olhamos para o céu e nos damos conta de que elas sumiram. É um fenômeno que se repete a cada ano. A natureza as impulsiona para esse ritual e elas obedecem rigorosamente ao seu instinto cravado no fundo da sua memória genética.
Estamos na época das visitas, dos santinhos e das gentilezas. É comum você ser cumprimentado com tapinhas nas costas. “Obrigado André”. Eles se lembram do teu nome e te fazem elogios. Aparecem nos eventos das comunidades. De repente estão aí como as andorinhas; sorridentes educados e amáveis. A diferença é que ELAS aparecem todos os anos e ELES de quatro em quatro. Depois, como por encanto, nos deixam em paz e, aí, voltamos para a nossa rotina sabendo que por quatro anos podemos esquecê-los.
Sei que toda a generalização é injusta. Com certeza há políticos que tem consciência das suas responsabilidades. Tu mesmo deves conhecer vários assim. Mas o assédio fica tão evidente nesta época que podemos concluir que a grande maioria deles está aí somente interessada no teu voto. Cabe a ti fazer a escolha. Ainda que, muitas vezes, por falta de alternativas, tenhamos que votar no menos ruim.
Talvez devêssemos mudar a lei. Sei que os funcionários públicos municipais, estaduais e federais e professores da rede pública, generosamente, são agraciados com uma licença remunerada de três meses para se dedicarem a sua campanha política.  Talvez a lei devesse funcionar ao contrario: que nos últimos três meses fosse proibida qualquer manifestação de convencimento do eleitor. Então o povo votaria conforme a postura do candidato durante os quatro anos. Mas são eles que fazem as leis. Então...
Enfim, está aí uma realidade. Cabe a ti mudá-la se não for do teu agrado.
 Ah, e com certeza, alguma andorinha irá te visitar nesses próximos dias.


segunda-feira, 16 de julho de 2012

OS CEM ANOS DE AFFONSO WESCHENFELDER



OS CEM ANOS DE AFFONSO WSCHENFELDER




AFFONSO WESHENFELDER
Jandir e Valmi Käfer oferecendo os nossos
produtos










OS CEM ANOS DE AFFONSO WESCHENFELDER

Caro primo Prof. Laurindo Hentz
Salve o Coração Sagrado de Jesus!
Em primeiro lugar, nossa família tem muito a agradecer a você e às famílias das crianças que cantaram, angelicamente, na missa dos cem anos do papai. Vocês deram aquele toque de emoção, de esmero, de fé e de arte que qualquer um gostaria de partilhar em festa de aniversário. P A R A B É N S! E que essa iniciativa sua de educar a voz de cantores seja abençoada abundantemente por Deus. A voz humana educada e afinada para expressar os valores em canto é o que, no meu entender, mais exalta a glória celeste, porque ultrapassa qualquer arte que o ser humano pode produzir. Quando crianças cantam como as que você dirige, os ouvintes se elevam das realidades terrestres para um mundo mágico e paradisíaco.
Grande e fraterno abraço.
Ir.Ignácio Lúcio.

Esta foi a manifestação do Ir. Lúcio quando se dirigiu a mim por meio de um E-mail. Faço este trabalho de forma voluntária com as crianças da minha comunidade há algum tempo. Palavras elogiosas como as do Irmão me animam continuar.
No dia 9 de junho de 2012 tivemos o privilégio de cantar na missa dos Cem Anos de Affonso Weschenfelder. A celebração aconteceu no SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DA PAZ, em Porto Alegre, RS.
Affonso foi casado com Sibyla Vogt e tiveram nove filhos. Sempre foram muito religiosos e educaram seus filhos dentro das verdades da religião.
A nossa comunidade esteve presente e participamos do evento com o CORAL DE CRIANÇAS DO SAGRADO e presenteamos o aniversariante com uma gamela cheia de produtos da nossa produção.
Affonso está bem de saúde e participou da festa até o seu final.
Nossa homenagem ao aniversariante centenário e também a todos os nove filhos.
Meu agradecimento especial a Marcia M. Käfer pela sua significativa participação no evento.



segunda-feira, 9 de julho de 2012

A TERRA DO AMOR

A TERRA DO AMOR





ALÉM DO MUNDO


O amor é um sentimento tão nobre e profundo
Que vai além do sexo, além do mundo
É o reino onde ALMAS se tocam.
Lá não há culpa, não há dor
O tempo não é contado
É o reino do amor.
Lá é a terra do amante
É onde ele se sente em casa
Lá ele tem asa vira criança, pateta.
Sem saber, só acaso, achei este mundo
E foi lá que eu, de repente, me descobri poeta

segunda-feira, 2 de julho de 2012

ASTROS DA MINHA VIDA



ASTROS DA MINHA VIDA




OS ASTROS DA MINHA VIDA

Na minha vida existem, por exemplo, luas. Tecnicamente, são satélites que orbitam em torno de outro astro. Eles precisam de nós, dependem de nós. Não têm luz própria, mas refletem a luz que recebem. Eles fornecem a luz mais bonita. Quem seria capaz de não gostar de uma noite de lua cheia. É doce, afável e nos envolve com um manto de paz. São os filhos que precisam de nós e nos enchem a alma de alegrias. Porém impulsionados pela natureza se afastam procurando o seu próprio destino. Então a noite enluarada se torna escura. Contudo, não devemos nos afligir porque diante das  dificuldades da vida retornam e nós os recebemos porque são nossos filhos. São os nossos satélites, as nossas luas. 





Mas existem, também, as estrelas. São sonhos distantes. Elas são necessárias porque como viveríamos sem ilusões? Como poderíamos enfrentar a dura realidade se não nos fosse permitido sonhar? As estrelas nos fazem olhar para o alto. Lá devem estar os nossos limites. Elas são inatingíveis como devem ser os nossos ideais. Não sonhes pequeno. Sonha com as estrelas.







Na minha vida há um sol. Você é o meu sol que me ilumina e me aquece. É a razão das minhas alegrias e tristezas. O meu sol é generoso e fiel. Muitas vezes, os indícios sugerem que me abandonou, mas logo a verdade vem à tona. São nuvens negras que se interpõem tentando afastar-me dele, mas sei que você está lá e voltará a me aquecer quando o infortúnio tiver passado.








 Enfim, existem os cometas que surgem como promessas. Porém, assim como surgem novamente se vão. Têm vida efêmera. Enchem a nossa alma de sonhos que, no entanto, logo se transformam em saudade. São extremamente lindos e arrebatadores como sereias. São ilusões sem substância. São como as flores que hoje enfeitam o altar de nossas vidas e amanhã são jogadas no lixo.






Os meteoritos são os nossos filhos que não nasceram. Todas as noites eles caem aos milhares na nossa atmosfera e quando são desintegrados lançam um único raio de luz e desaparecem para sempre. Quando vemos uma estrela cadente costumamos fazer um pedido. A partir de hoje, faça, também, uma prece pelos inocentes.
Esses são os astros da minha vida.





segunda-feira, 25 de junho de 2012

REENCONTRO APÓS SESSENTA ANOS


Dieila após entrevista com prof. Nelson

Ermindo Ernzen e Nelson Hentz, após sessenta anos





REENCONTRO APÓS SESSENTA ANOS

Dieila Zanetti é assessora de comunicação na prefeitura de São Bernardino. Em fevereiro, usou da sua criatividade para chamar os alunos para o início do ano letivo. Foi procurar Nelson Hentz, antigo professor, para, através da palavra dele, conclamar toda a comunidade escolar para as atividades letivas de 2012. Foi visitá-lo na sua residência para gravar o anúncio.
 Então, Dieila me contou que o que era para ser uma coisa muito rápida se transformou numa entrevista extensa com depoimentos valiosos sobre a história da educação em São Bernardino.
Nelson é um dos pioneiros na localidade. Quando chegou já lecionava, em São Bernardino, o Professor José Otávio Ludwig, que me contou ter vindo para ser colono. Mas como fora seminarista fizeram dele o professor. Sete anos depois veio Nelson Hentz e os dois, por um longo período, foram responsáveis pela educação na localidade. Conheço muitas pessoas da região, principalmente pela internet, que orgulhosas afirmam:
- Fui aluno do teu irmão.
Na minha vida profissional também fui professor. Em geral ganhamos mal, mas temos recompensas valiosas ouvindo depoimentos como este. Talvez seja uma das profissões mais gratificantes porque a escola é a continuação do lar. O professor recebe a criança e a conduz, gradualmente, para a independência. Acompanha a sua saída do ninho seguro e orienta seus primeiros voos rumo à autonomia, à liberdade. Com certeza, quando este período é bem conduzido, deixa marcas indeléveis na memória da criança que a acompanham pelo resto de sua vida.   
Leandro Carlos Ernzem proporcionou momentos de grande emoção a duas pessoas já com idade avançada. Depois de sessenta anos Ermindo Ernzen e Nelson Hentz se reencontraram.
Ao olhar para a fotografia que documenta o encontro vejo muita emoção estampada no olhar dos dois. Vejo uma aura luminosa de sabedoria envolvendo as duas personagens. Se você for capaz de abstrair o mundo manifesto perceberá uma luminosidade impregnando o ambiente. É a alma desses dois homens que se torna visível além da matéria. São anos de aprendizado, de lembranças de conquistas e provações. Suas limitações físicas são compensadas pela clarividência espiritual. É lá que devemos buscar inspiração. Eles são uma fonte inesgotável de sabedoria e sabemos que estão ávidos para compartilhá-la. Talvez este mundo agitado de hoje, sempre sedento por novidades e mudanças, esteja impedindo usufruirmos essa sabedoria.
Muitas comunidades no Oeste Catarinense, “Die neue colonie” tem histórias semelhantes a esta. Talvez seja hora de tirarmos essas pessoas do ostracismo e chamá-las a participar, efetivamente, da vida cultural e social destas comunidades. São testemunhas ainda vivas da história e, certamente, muito tem para contribuir.







segunda-feira, 18 de junho de 2012

Dia dos Namorados

Voce quer um namorado assim?     Leva ele que fico com a namorada.

Quando existe amor de verdade, o pum tem cheiro de perfume e o ronco do namorado  é uma canção afinada.
Camila Lenk. Escritora, 19 anos, mora no Espirito Santo




DIA DOS NAMORADOS


Camila Lenk é uma amiga que, também, escreve. Tem dezenove anos, mora no Espírito Santo e publica seus textos num blog.
Gostei do que ela escreveu para o dia dos namorados e estou repassando para vocês.


 DE JUNHO DE 2012
O meu “Pra Sempre” e o “Nunca Mais” nunca é eterno.
Tenho esse problema, esse defeito, essa falta de palavra. Eu sei que te disse quinhentas e sessenta e sete vezes que eu nunca mais queria te ver. Mas quando você chega, destrói minha razão em pedacinhos. 

E me olha no olho. Como se não houvesse mais ninguém ali. 

Me faz promessas malucas e planos sem nexo. A gente acredita, mesmo sabendo que não vai durar. Que não é pra ser. Que o destino não quer. E você vem, como quem não quer nada. Sorriso manso. Me culpa de tudo, mas não se faz de vítima. A culpa não é nossa, é do destino, já disse. Quando você me toca sinto um turbilhão de sensações. Essas coisas que a gente sente quando se apaixona. 


Nota: Adoro quando você me provoca na mesa de bar. Sua carinha safada me faz perder o sentido e esquecer todas aquelas vezes que você me maltratou. Eu sempre esqueço de tudo quanto olho pra você. Consigo enxergar apenas o que quero sentir.

- Descobri porque tive pesadelos, mesmo quando você cochilava ao meu lado. É que eu sabia que você iria embora. Meu inconsciente sentia sua ausência apesar da presença.

Me pergunto, por que é que temos tanto em comum mas não damos certo por mais de um dia?
Acho que somos iguais. Mas a distância entre nós é a vida.