terça-feira, 11 de março de 2014

NOSSA TERRA NOSSA GENTE

Agarremo-nos, com insistência, em nossas raízes que são saudáveis e virtuosas.
Povo sem raízes é povo sem Norte.

Nos encanta e torna mais leve o fardo das nossas dificuldades e sacrifícios.

Preserve os valores com os quais, generosamente, a história nos presenteou
A nossa natureza é bela e generosa.   Figueira centenaria






MINHA TERRA MINHA GENTE



Meu povo tem um chão firme para pisar e fundamento sólido para construir o seu porvir. Sabe que a felicidade não consiste na grandeza dos bens materiais, mas sim na grandeza da alma.
As mudanças que vierem que sejam para corrigir nossos pecados, porém agarremo-nos, com insistência, em nossas raízes que são saudáveis e virtuosas.
A nossa natureza é bela e generosa, nos encanta e torna mais leve o fardo das nossas dificuldades e sacrifícios.
 Ame com devoção a terra que te viu nascer e crescer. Preserve os valores com os quais, generosamente, a história nos presenteou, as tradições que as gerações passadas nos legaram e a cultura rica que herdamos.
Terra admirável não pelo seu tamanho, mas pela grandeza moral do seu povo.
Continuemos a trilhar o nosso destino sem deixar-nos contaminar pelas facilidades da corrupção e da desonestidade.
Povo sem raízes é povo sem Norte.

segunda-feira, 3 de março de 2014

UM RATO NO VESTIDO DE TIA CLARA










UM RATO NO VESTIDO DE TIA CLARA


Antes do advento dos modernos métodos de armazenamento, os ratos e o caruncho faziam grandes estragos no milho guardado nos paióis sem proteção alguma contra essas pragas. Lembro que muitas espigas estavam completamente carcomidas pelo caruncho sobrando, praticamente, só palha, sabugo e a casca do grão.  
Era uma tarde chuvosa de inverno e a Tia Clara estava lá em casa. Há vários dias a chuva não dava tréguas e ninguém mais aguentava ficar trancado dentro de casa. Todos estavam impacientes e não havia mais o que inventar para espantar a mesmice daqueles tediosos dias.
Então finalmente uma ideia:
De milhe stôs rom refe”. Era uma expressão, em alemão, que usávamos e significava revirar o monte de milho para caçar os ratos que ficavam alojados entre as espigas.
A ideia provocou um alvoroço entre a gurizada. Finalmente, alguma coisa nova, e tão oportuna que até Tia Clara ficou entusiasmada. E por mais que papai tentasse convencê-la do contrário ela estava decidida a participar da caçada e não se deixou persuadir pelos argumentos de papai.
Levamos o cachorro e dois gatos para auxiliar na caçada.  Tia Clara se armou com um chicote. Disse que era a melhor arma para pegar ratos.
O monte de milho já era pequeno e nada de os ratos aparecerem. Todos nós estávamos excitados na expectativa de aparecer o primeiro rato quando Tia Clara gritou:
-Aqui um!
Ela tentava acertá-lo e batia, com seu chicote, para todos os lados. De repente gritou desesperada:
-Ele subiu pela minha perna! Está escondido debaixo do meu vestido! Ninguém tinha visto o rato. Só Tia Clara. Foi um tumulto geral. Alguns riam do desespero da tia e outros também gritavam vendo-a naquele estado. Ela dava saltos, sacudia o vestido e gritava. Por fim tirou o vestido, jogou-o num canto e em trajes íntimos correu para cima e se trancou no quarto. Do rato nenhum vestígio. Papai concluiu que tudo fora imaginação dela.
A caçada foi proveitosa. Vinte e cinco ratos adultos e mais uma ninhada de filhotes. Deixamos tudo em ordem e recolocamos o milho no seu lugar. Papai recolheu o vestido e subimos para ver como estava a Tia. Depois de muito insistir conseguimos que saísse do quarto e viesse para a cozinha onde estavam todos. Papai aproveitou para dar sua alfinetada na tia. Disse que aquilo tudo foi só coisa da cabeça dela.
Então Tia Clara disse que ia lavar seu vestido. Antes de mergulhá-lo na água deu uma sacudida. Então o desespero voltou.
- Aqui está ele!
O rato continuava escondido no vestido dela. Foi o vigésimo sexto da caçada.
 Não tinha sido coisa da cabeça dela como papai supunha.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

O ENCAIXE - Um simples "psiu"





A paz é o encaixe

Quando as coisas se encaixam então você está na paz

Você precisa de nada mais que um “psiu”



O ENCAIXE
Um simples “psiu”


O que significa um “psiu” para você? Provavelmente, nada mais que um “psiu”.
O poeta se vale de rimas e palavras que, estrategicamente, colocadas num texto se tornam arte, emocionam e causam enlevo. O músico usa a melodia, a harmonia e o ritmo para encantar plateias e despertar sentimentos. Todo artista se vale de instrumentos para se expressar.
Você precisa de nada mais que um “psiu”. Um simples e onomatopaico “psiu”.
 A tua simplicidade me encanta e me comove. Ela denota a grandeza da tua alma. A tua arte não está no verbo nem no requinte; está no coração. Não precisas de grandes obras. Um simples “psiu” pode ser música, poesia, ressurreição. Pode ser um ato de amor, pode ser salvação, levar às lágrimas. Pode levantar quem está prostrado, aniquilar preconceitos.
Para perceber a beleza das coisas pequenas do mundo que nos rodeia precisamos tornar-nos pequenos, desarmar o nosso espírito e educar nossa alma para que se torne sensível. As grandes obras nascem na simplicidade.
Texto um tanto enigmático? Poucos o entenderão em toda a sua extensão.  Porém, por mais ficcionista que pareça, com certeza, algum aspecto há de encaixar-se na realidade da sua vida. E o encaixe é algo maravilhoso. A paz é o encaixe. Quando as coisas se encaixam então você está na paz.  E então, quando acordar, na manhã seguinte, ficará surpreso ao se dar conta de que nem precisou do seu comprimido para dormir. Isso é a paz.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

AS PALAVRAS VEM ATRAVÉS DE MIM




http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=jzq5S25V6FY

Video da cançao LONDONDERRY.


Versao em portugues


https://picasaweb.google.com/114124580371428631528/DIVINOCOLO?authuser=0&authkey=Gv1sRgCMPe1rC9iPKAtAE&feat=directlink



Sei que estarei seguro em teus braços

Às vezes, eu navego em mar revolto.

Sei que jamais me deixarás sozinho






 AS PALAVRAS NÃO VÊM DE MIM;  ELAS VÊM ATRAVEZ DE MIM.


A criação artística vem da alma.  O verdadeiro artista aprendeu a acessar o mundo mágico dos espíritos. É lá onde ele busca as palavras, a harmonia das formas, o equilíbrio, a perfeição estética. É o que chamamos de inspiração. Versão em português de uma antiga canção irlandesa de autor desconhecido “Londonderry”.


EM PAZ AO LADO TEU

Sei que estarei seguro em teus braços
Meu Senhor eu sei que estarei.
Sei que estarei seguro em teus braços
Guiado por tua luz na escuridão.

Confiante eu caminharei ao lado teu,
E andando assim eu sei que sou capaz.
Ao lado teu ninguém irá me perturbar
Só em teu Divino colo encontrarei a paz.

Às vezes tortuoso é o caminho
Meu Senhor, difícil de trilhar.
Sei que jamais me deixarás sozinho
Por entre espinhos me conduzirás.

Às vezes, eu navego em mar revolto.
Quase Senhor, sem forças e sem luz
Aí tua mão fiel e poderosa
Em segurança ao porto me conduz.