segunda-feira, 20 de setembro de 2021

POLÊMICA - meteorologia

Chuva caindo aos cântaros

Quanto mais raios e trovões, melhor

 

POLÊMICA - meteorologia

 

Se você quer uma polêmica na sua roda de amigos então fale do tempo.

 Há quem diga que a dor que sente no joelho é prenúncio de chuva. A Valmi disse que vai chover por que a cesariana está pinicando. Meu vizinho Fredo diz que o aracuã, quando canta ao meio dia, é prenúncio de chuva próxima. A Lenita observou as saracuras. Segundo ela, quando cantam de manhã, anunciam chuva. Há quem proclama que quando as formigas corredeiras aparecem pelo pátio, a chuva está próxima.

  Assim, muitas pessoas observadoras se valem de sinais da natureza para prever chuva, sol, frio e etc.

“Geada na lama chuva na cama”, diz um ditado.

São observações empíricas fruto de anos de observação, passadas de geração a geração.

 No mundo moderno a ciência teve um grande desenvolvimento e a meteorologia não ficou para trás. Os profissionais modernos tem à disposição uma parafernália de equipamentos e informações através dos quais conseguem prever com significativo acerto as condições do tempo por até vários dias.

Algumas pessoas gostam de dias chuvosos, outros detestam.

Há uma canção que diz:

“Para mim a chuva no telhado
É cantiga de ninar
Mas o pobre meu Irmão
Para ele a chuva fria
Vai entrando em seu barraco
E faz lama pelo chão”.

 "Gostos, cores e amores não se discutem!"

João Royer gosta de tempestade. Quanto mais raios e trovões, melhor. Adora ver nuvens escuras se armando no horizonte e, à medida que avançam, cospem faíscas incessantes. A chuva caindo aos cântaros para ele é um deleite.

Creio que esses gostos adquiridos na infância são inconscientes, porém arraigados profundamente na nossa memória.

Arsenio Royer foi um pai enérgico. Lá, de manhã, era escola, e de tarde, roça. João adorava quando chovia. Não precisava ir pra roça. E mais, todos os irmãos em casa se divertiam com o pai que brincava com eles se rolando pelo chão e todos montando nele como se fosse cavalo. Ele era enérgico, mas também, pai amável e presente.

 Hoje, João gosta dos dias de chuva porque “não precisa ir pra roça”. Pode ficar em casa sem sentir remorsos. Esses dias despertam nele uma sensação familiar de aconchego.

As vivências na nossa infância são determinantes na vida. Ajudam a moldar o caráter, e influenciam nossos gostos. Porém, a pesar disso, temos livre arbítrio, portanto responsáveis pelas nossas atitudes.

 

 

 

 

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