segunda-feira, 3 de maio de 2021

MINHA FLOR FAVORITA



 

 

 

                                                 MINHA FLOR FAVORITA

 

“Que a cada flor seja dada a oportunidade de se transformar em semente. Quando você a colhe, mesmo que seja para enfeitar o altar do senhor, estará provocando um aborto. Sua beleza e seu encanto não lhe foram dados para alegrar os homens, mas para atrair insetos para a fecundação.”

Esta é uma máxima que não deve ser tomada ao pé da letra. A flor, mesmo sabendo ser um desvio de função, creio que não se importa em emprestar seus encantos para alegrar um ambiente ou prestar uma homenagem para alguém que amamos.

Não sei se o prezado leitor tem uma flor predileta. Eu tenho. É a TRÊS-MARIAS. O nome cientifico é Bougainvillea spectabilis. Tem esse nome para homenagear o navegador francês Louis Antonie Bougainville.  Foi ele quem descobriu a espécie no Brasil por volta de 1790 e levou para a Europa. Ela é, Também, conhecida como: Primavera, buganvília, três-marias, ceboleiro, santa-rita.

A flor Três Marias tem seu poder de encantamento no conjunto. Se a observarmos individualmente não encontramos, nela, graça alguma.  Mas quando se juntam e todas ao mesmo tempo enfeitam seu arbusto então o resultado é maravilhoso. Ela aposta no conjunto, na colaboração, no comprometimento.

A rosa aposta na sua individualidade. Ela é orgulhosa e autossuficiente. Ela sabe que estará sempre no altar do Senhor no trono do rei, na coroa da rainha ou no buquê da noiva. Você já reparou na beleza exuberante da flor do maracujá? São flores que brilham individualmente. Mas a Três Marias sabe das suas limitações a por isso se junta com seus pares para impressionar.  Fico encantado quando vejo um arbusto de Três Marias se enchendo de flores. Não nos damos conta, mas, com certeza, o que nos encanta é a beleza subjacente de comprometimento. É o ensinamento que tenta nos passar de colaboração e de trabalho conjunto.

A natureza é uma fonte rica de ensinamentos.  Quando nos encontramos diante de dificuldades façamos uma pausa para observar a natureza que nos rodeia. Ela é perfeita e nos mostra saídas invariavelmente acertadas apesar de, aparentemente infundadas e até cruéis.

A Três Marias reconhece suas limitações e nos ensina a acreditar no comprometimento, no trabalho coletivo, na colaboração.

 

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