Lodovico Dolzan inaugurando o campo do Copacabana
Inauguração do estádio do Copa com prefeito Marcos Zanatta e Lodovico
No potreiro dos Bergonsi
O FUTEBOL NO SAGRADO
Cinquenta anos de Copa
A comunidade do Sagrado, lá no início da sua história, não se destacou no futebol. Conta Pedrinho, filho do pioneiro, que quando era guri chegaram a jogar futebol nos potreiros. Mais tarde, Osvino Käfer, e seu irmão Silfredo, Ricardo Chies, Albano Deitos, Natal Chies(Til), Alcides Chies (Tim), Antonio Chies (Toni), os irmãos Kich e outros fizeram uma tentativa de introduzir o futebol por aqui mas sem muito sucesso.
Então, por volta de 1970, Canoinhas veio nos socorrer. Lá moravam os Chies, os Guaragni e os Anselmini. Todos gostavam de futebol. Eles se reuniam no potreiro do Keno e do Ivo, e nos intervalos da roça, corriam atrás da bola. Quando não tinham bola, até uma laranja quebrava o galho. Foi lá que aprenderam a driblar, chutar, dar balãozinho, a serem craques.
Assim começou o Copacabana. Depois, já no potreiro dos Bergonsi, juntaram-se o Jandir e o Lalo, também dois craques que amavam o futebol.
Foram épocas de muita dedicação. Nada caiu pronto do céu, tudo tinha que ser feito com as próprias mãos. O potreiro de Reciere Bergonsi precisou de muito trabalho para que pudesse se parecer com um campo de futebol. Nos fins de semana a turma se reunia e com pás, picaretas e muita dedicação conseguiram dar condições mínimas para que pudessem jogar.
Mais tarde, já na nova sede, no Sagrado, pela primeira vez nos sagramos campeões. Verdadeiros campeões de amor ao futebol, de amor ao clube, amor ao nosso Copa.
Depois disso fomos campeões muitas vezes. Tivemos verdadeiros craques desfilando em nossas fileiras. Muitos vieram de fora e adotaram o nosso Copa como sua casa. A esses atletas valorosos, que nos emprestaram seu talento, os nossos sinceros agradecimentos. Vocês nos possibilitaram inúmeras conquistas. Levantamos taças, granjeamos o respeito dos nossos adversários, e principalmente desenvolvemos uma relação de amizade que perdurará por muitos e muitos anos.
Mas cabe-nos, neste aniversário de 50 anos, um reconhecimento muito especial. É justo que nesta data lembremos dos nossos heróis. Aos que aprenderam a jogar nos potreiros, aos que com picaretas cavaram no potreiro dos Bergonsi. Esses não calçavam as chuteiras nos pés, calçavam-nas no coração. Eles não se fazem presentes somente na hora do podium mas também no anonimato juntando bolas, cortando a grama e demarcando as linhas do campo. Eles estão presentes nas nossas promoções e assembleias servindo nas mesas. Vou citar somente uma pessoa e através dele prestar o meu tributo a todos os que, anonimamente, se dedicaram, e ainda se dedicam, ao Copa. Falo do “Badana”. Lembro-me dele, já com certa dificuldade de caminhar, servindo bebidas nas mesas durante nossas promoções. É em cima dessas pessoas que o Copa foi construído e cabe olharmos com mais carinho para essa gente valorosa. Me emociono toda vez que vejo um verdadeiro batalhão de jovens formando fila na entrada da cozinha prontos para se dedicarem ao clube durante as nossas promoções. Esses colaboradores anônimos que nunca tiveram a oportunidade de levantar uma taça de campeão, que nunca fizeram um gol, que nunca foram ovacionados por uma multidão de torcedores, a eles a nossa sincera homenagem. Eles são os nossos verdadeiros heróis.
Muito bem colocado Prof Laurindo
ResponderExcluirHoje eles so jogam bola por dinheiro.
ResponderExcluirParabéns pelos 50 anos de história
ResponderExcluirParabéns laurindo sempre fico na expectativa do próximo texto abs
ResponderExcluirAnônimo fradique chies
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