sábado, 23 de janeiro de 2021

SER AUTÊNTICO


  

 

 

SER AUTÊNTICO

 

Há um ditado popular que diz: “O cavalo não passa encilhado duas vezes.”

 Como quase sempre, também este dito contém muita filosofia.
Na nossa vida, seguidamente, acontecem momentos bons. Em geral, os melhores não são planejados. Por acaso, se reúnem as condições, e o universo conspira a favor de uma noite maravilhosa, um encontro, um baile ou uma festa divertida. Então procuramos reprisar o evento, mas isso não é possível.

Por isso, aproveite o que a vida lhe dá de presente. Não espere o próximo momento para se divertir ou fazer uma obra boa. Não espere o amanhã para começar a sua faculdade. Não perca a ocasião para declarar o seu amor. O universo prepara o momento, se o deixar passar ele não voltará. Nunca mais. Poderá haver outro, mas aquele nunca mais.
Aproveite ao máximo os seus dezoito anos ou a idade que tem. Nunca mais você os terá novamente. Se os seus filhos são pequenos curta-os agora porque depois eles estarão crescidos. Se estiverem com você curta-os também porque criarão asas, voarão. Aproveite a ventura da companhia do pai, da mãe, da família. Alegre-se com os amigos que, com certeza, tens maravilhosos, porque amanhã, talvez, não possa mais fazê-lo.

Não se sinta culpado pelas alegrias e as coisas boas da vida. Você as merece. Aprenda tudo o que puder e ensine quando for possível.

Tenho uma amiga que escreveu: “Sou como pareço; louca, mas feliz.” Uma outra, quando a cumprimentei pelo sucesso, disse: “Só se sucesso significa ser polêmica, fazer as coisas sem ter medo do julgamento social, ser estrela e não planeta”. Conheço alguém que, apesar de jovem, tem sua vida resolvida. A sociedade lhe impõem uma situação e ela não tem forças nem coragem para sair do preestabelecido. Sente uma necessidade absoluta de buscar novos horizontes, mas a rebeldia e a tomada de atitude esmorecem diante do paredão social que exige dela coerência, juízo e bom senso. 

Assim como essas três, o mundo está cheio de pessoas cujos ideais e desejos mais íntimos são tolhidos e o que dizem, escrevem ou fazem, expressa muito mais o que gostariam de ser do que o que são. Ser “louca”, “polêmica” e sair do marasmo exigem enfrentamento, e ainda que no início haja tentativas de impor seu ideal, as pessoas acabam se acovardando, e abdicam dos seus anseios mais profundos em troca de segurança, conforto e aceitação social. E o que se diz ou escreve fica para depois... e depois... até que o tempo de reação passou. As pessoas se conformam..., mas felicidade!!!...Parte superior do formulário

Alguém comentou há 8 anos:

Parte inferior do formulário

 “-Amei o texto, tem tudo a ver!!! Não é fácil vencer a barreira dessa sociedade onde cada qual defende a sua verdade e acha que o outro deve vivê-la senão estará errado e deverá ser julgado e condenado. É como se, buscar a felicidade, fosse contra os princípios e a moral”


 

domingo, 17 de janeiro de 2021

O FUTEBOL NO SAGRADO Cinquenta anos de Copa


Lodovico Dolzan inaugurando o campo do Copacabana
Inauguração do estádio do Copa com prefeito Marcos Zanatta e Lodovico
No potreiro dos Bergonsi

 

O FUTEBOL NO SAGRADO

 Cinquenta anos de Copa

 

A comunidade do Sagrado, lá no início da sua história, não se destacou no futebol. Conta Pedrinho, filho do pioneiro, que quando era guri chegaram a jogar futebol nos potreiros. Mais tarde, Osvino Käfer, e seu irmão Silfredo, Ricardo Chies, Albano Deitos, Natal Chies(Til), Alcides Chies (Tim), Antonio Chies (Toni), os irmãos Kich e outros fizeram uma tentativa de introduzir o futebol por aqui mas sem muito sucesso.

 Então, por volta de 1970, Canoinhas veio nos socorrer. Lá moravam os Chies, os Guaragni e os Anselmini. Todos gostavam de futebol. Eles se reuniam no potreiro do Keno e do Ivo, e nos intervalos da roça, corriam atrás da bola. Quando não tinham bola, até uma laranja quebrava o galho. Foi lá que aprenderam a driblar, chutar, dar balãozinho, a serem craques.

Assim começou o Copacabana. Depois, já no potreiro dos Bergonsi, juntaram-se o Jandir e o Lalo, também dois craques que amavam o futebol.

 Foram épocas de muita dedicação. Nada caiu pronto do céu, tudo tinha que ser feito com as próprias mãos. O potreiro de Reciere Bergonsi precisou de muito trabalho para que pudesse se parecer com um campo de futebol. Nos fins de semana a turma se reunia e com pás, picaretas e muita dedicação conseguiram dar condições mínimas para que pudessem jogar.

 Mais tarde, já na nova sede, no Sagrado, pela primeira vez nos sagramos campeões. Verdadeiros campeões de amor ao futebol, de amor ao clube, amor ao nosso Copa.

Depois disso fomos campeões muitas vezes. Tivemos verdadeiros craques desfilando em nossas fileiras. Muitos vieram de fora e adotaram o nosso Copa como sua casa. A esses atletas valorosos, que nos emprestaram seu talento, os nossos sinceros agradecimentos. Vocês nos possibilitaram inúmeras conquistas. Levantamos taças, granjeamos o respeito dos nossos adversários, e principalmente desenvolvemos uma relação de amizade que perdurará por muitos e muitos anos.

 Mas cabe-nos, neste aniversário de 50 anos, um reconhecimento muito especial. É justo que nesta data lembremos dos nossos heróis. Aos que aprenderam a jogar nos potreiros, aos que com picaretas cavaram no potreiro dos Bergonsi. Esses não calçavam as chuteiras nos pés, calçavam-nas no coração.  Eles não se fazem presentes somente na hora do podium mas também no anonimato juntando bolas, cortando a grama e demarcando as linhas do campo. Eles estão presentes nas nossas promoções e assembleias servindo nas mesas. Vou citar somente uma pessoa e através dele prestar o meu tributo a todos os que, anonimamente, se dedicaram, e ainda se dedicam, ao Copa. Falo do “Badana”. Lembro-me dele, já com certa dificuldade de caminhar, servindo bebidas nas mesas durante nossas promoções. É em cima dessas pessoas que o Copa foi construído e cabe olharmos com mais carinho para essa gente valorosa. Me emociono toda vez que vejo um verdadeiro batalhão de jovens formando fila na entrada da cozinha prontos para se dedicarem ao clube durante as nossas promoções. Esses colaboradores anônimos que nunca tiveram a oportunidade de levantar uma taça de campeão, que nunca fizeram um gol, que nunca foram ovacionados por uma multidão de torcedores, a eles a nossa sincera homenagem. Eles são os nossos verdadeiros heróis.


 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

UM DESEJO QUE QUASE VIROU TRAGÉDIA.



 

UM DESEJO QUE QUASE VIROU TRAGÉDIA.

Quando Norma estava grávida do Juca teve um daqueles desejos que as mulheres têm quando estão neste estado. Tinha vontade de comer um aipim com molho de pomba. Por isso pediu para o marido que fosse ao mato caçar.

Era uma época em que as pessoas não tinham a preocupação ecológica como hoje e, caçar uma pomba, era considerado coisa muito normal e aceita por todos.

Seno carregou alguns cartuchos e com sua 36 foi pro mato. Instalou-se num esconderijo bem camuflado e começou a chamar. Se alguma pomba estivesse aí por perto certamente viria procurar a companheira e ele poderia alvejá-la:

- Uh uhhh, uh uhhh, uh uhhh. ... O primeiro “uh” era curto e o segundo era um “uhhh” alongado. Quem foi caçador de pombas sabe exatamente como é.

Sem demora veio a resposta. Pelos cálculos, devia ser aí por perto, a uns 30 metros ou menos.

- Uh uhhh, uh uhhh. ...

Ele chamava e ela respondia. Considerando a distância de onde partia a resposta Seno tinha certeza que, sem demora, a caça pousaria num galho por perto em condições boas para o tiro. Chamou, chamou, mas a resposta vinha sempre do mesmo lugar. Não percebeu qualquer movimento de aproximação.

Depois de chamar por um longo tempo sem resultado, a paciência esgotou e resolveu abandonar o local. Porém, irritado, antes resolveu, pelo menos, espantar a pomba dando um tiro na direção de onde vinha a resposta. Pensando melhor, teve pena de desperdiçar a pólvora e o chumbo e resolveu somente jogar uma pedra na direção.

Mas aí foi um “Deus nos acuda”. Parecia um animal selvagem fugindo por entre galhos, taquaras, cipós e espinhos. O que seria aquilo?

Sem perda de tempo Seno correu atrás do bicho. Quando chegou na orla do mato viu. Era o vizinho que também estava aí caçando.

- Madona, disse ele, - tu quase me acertaste com a pedra!

Por sorte nada de grave aconteceu, mas imagine o presado leitor o que poderia ter acontecido se ao invés da pedra Seno realmente tivesse dado um tiro.

O vizinho, naquela hora, já havia abatido várias pombas e sabendo do desejo, deu uma de suas que Norma preparou com um pé de aipim que o sogro deu.