baralho para schofkop, composto pelos quatro naipes do nove até o az |
Armando Kuhn |
O JOGO DE CARTAS
Quando tratamos do jogo de cartas, há pelo
menos dois aspectos a serem considerados. Conheço indivíduos que arruinaram
suas vidas, e da família, com o vício do jogo. Para tais pessoas o jogo de
cartas se compara a qualquer outro vício. É preciso uma grande força de vontade
para se livrar. São atraídos pela necessidade de arriscar-se. Vão em busca das
emoções que lhes traz a expectativa do ganho.
Tenho um amigo que que ganhou uma
bela soma de dinheiro, fruto de vários dias de trabalho árduo. Antes de ir para
casa alguns “amigos” o convidaram para uma carteada. Perdeu tudo e teve que ir
para casa com o bolso vazio.
Mas o jogo de cartas pode ter, também, o aspecto
lúdico. Uma carteada é capaz de reunir amigos e familiares. Joga-se não com o
objetivo do ganho mas buscando a diversão e o convívio. Em geral as famílias se
reúnem aos domingos e enquanto os homens jogam, as mulheres aproveitam para
colocar as fofocas em dia, preparam guloseimas, ou assistem ao jogo torcendo
cada uma para seu marido. Algumas vezes, as mulheres também participam do jogo,
mas em geral elas jogam “o loto”, uma espécie de bingo.
Na
família de Armando Kuhn os homens se reúnem, de tempos em tempos, para um “schofkop”
(schafkopf). Para o jogo se tornar mais interessante e os jogadores manterem o
foco é costume jogar-se por dinheiro. Mas, o valor das apostas é somente
simbólico. Porém, há quem afirme que nos Kuhn este valor não é tão simbólico
assim. Sabe-se, por exemplo, que Gil já ganhou belas somas que seus cunhados e
sogro perderam. Gil vangloria-se dizendo que sabe jogar melhor porém os
parceiros dizem tratar-se unicamente de sorte.
Gilmar Pörsch é meu amigo e é casado com Ivete
Kuhn Pörsch. Gil, como é conhecido, é, como eu, um “guaibeiro”. Ele é
madrugador. Levanta às cinco da manhã para escutar o Rogério Mendelski no
programa “Bom Dia” que vai ao ar, pela Rádio Guaíba, de segundas às sextas.
Quero deixar o meu abraço ao amigo Gilmar e
a toda família Kuhn. São todos pessoas de bem e sabem manter estreitos os laços
familiares. Com certeza o “schofkop” contribui significativamente para o
fortalecimento desses laços.
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