domingo, 10 de abril de 2016

O JOGO DE CARTAS

baralho para schofkop, composto pelos quatro naipes do nove até o az
Armando Kuhn




O JOGO DE CARTAS

Quando tratamos do jogo de cartas, há pelo menos dois aspectos a serem considerados. Conheço indivíduos que arruinaram suas vidas, e da família, com o vício do jogo. Para tais pessoas o jogo de cartas se compara a qualquer outro vício. É preciso uma grande força de vontade para se livrar. São atraídos pela necessidade de arriscar-se. Vão em busca das emoções que lhes traz a expectativa do ganho. 
Tenho um amigo que que ganhou uma bela soma de dinheiro, fruto de vários dias de trabalho árduo. Antes de ir para casa alguns “amigos” o convidaram para uma carteada. Perdeu tudo e teve que ir para casa com o bolso vazio.
Mas o jogo de cartas pode ter, também, o aspecto lúdico. Uma carteada é capaz de reunir amigos e familiares. Joga-se não com o objetivo do ganho mas buscando a diversão e o convívio. Em geral as famílias se reúnem aos domingos e enquanto os homens jogam, as mulheres aproveitam para colocar as fofocas em dia, preparam guloseimas, ou assistem ao jogo torcendo cada uma para seu marido. Algumas vezes, as mulheres também participam do jogo, mas em geral elas jogam “o loto”, uma espécie de bingo.
 Na família de Armando Kuhn os homens se reúnem, de tempos em tempos, para um “schofkop” (schafkopf). Para o jogo se tornar mais interessante e os jogadores manterem o foco é costume jogar-se por dinheiro. Mas, o valor das apostas é somente simbólico. Porém, há quem afirme que nos Kuhn este valor não é tão simbólico assim. Sabe-se, por exemplo, que Gil já ganhou belas somas que seus cunhados e sogro perderam. Gil vangloria-se dizendo que sabe jogar melhor porém os parceiros dizem tratar-se unicamente de sorte.
Gilmar Pörsch é meu amigo e é casado com Ivete Kuhn Pörsch. Gil, como é conhecido, é, como eu, um “guaibeiro”. Ele é madrugador. Levanta às cinco da manhã para escutar o Rogério Mendelski no programa “Bom Dia” que vai ao ar, pela Rádio Guaíba, de segundas às sextas.

Quero deixar o meu abraço ao amigo Gilmar e a toda família Kuhn. São todos pessoas de bem e sabem manter estreitos os laços familiares. Com certeza o “schofkop” contribui significativamente para o fortalecimento desses laços.

Nenhum comentário:

Postar um comentário