Casa de Valdemar e de Amanda |
Bau na casa de João Gräf |
Potreiro dos Gräf |
Potreiro dos Gräf onde brincavam as crianças de MORGEN´S LAND |
Alguns filhos de Joao: Artemio, Geni, Valdemar e Rosa |
Joao Gräf |
MORGEN´S LAND
Era uma tarde quente de novembro e as crianças de Morgen´s land
estavam alvoroçadas. Ansiosamente esperavam a chegada da família Butzen que viria
se juntar às três famílias que já moravam aí. Os adultos, também, aguardavam a
chegada dos novos moradores prontos para ajudar no que fosse preciso. Os homens
ajudariam a descarregar a mudança e as mulheres se encarregariam da organização
dos poucos pertences no paiol que seria a residência provisória. Os Butzen
estavam vindo de Badenserthal (Julio de Castilhos) e traziam a mudança numa
carreta puxada por uma junta de bois. O pai vinha montado no cavalo e a mãe com
seus dois filhos em cima da carreta junto com a mudança.
O Senhor Butzen, já durante alguns meses, vinha para Morgen´s land
preparar os primeiros roçados e construir um paiol enquanto a família
permanecia em Badenserthall na casa dos pais aguardando chegar o dia da mudança.
Com a chegada dos Butzen, agora, eram quatro as famílias
moradoras de Morgen´s land. Gräf, Vogt, Berwian e os Butzen. Escolheram esta linda
e ensolarada terra para dela fazerem a sua “Heimad”,
o seu lar. E denominaram a localidade de “Morgen´s land” que significa a “terra do porvir” ou a “terra do amanhã” porque aí plantariam
seus sonhos e suas esperanças. E a terra foi generosa retribuindo-lhes com
abundantes frutos todo amor que lhe dedicaram.
Esses foram os quatro pioneiros de Morgen´s land todos oriundos
de Koblens, Alemanha. Por esse motivo, mais tarde, a região passou a
denominar-se Cobléns. Porém, muitos antigos, ainda, usavam a denominação “Morgen´s land” para se referirem à
localidade como, por exemplo Pedro Käfer e Erma Vogt que fora casada com
Francisco Hentz (Hentz Franz).
Mais tarde, também, vieram os italianos. A família Gräf foi a
única, das quatro pioneiras, que permaneceu em Cobléns. Os Butzen, Berwian e os
Vogt retornaram para Badenserthal.
Os Gräf, hoje, formam uma família numerosa e sua influência e
atuação foi, e continua sendo relevante no contexto social e econômico de Cobléns.
O texto de hoje é uma homenagem à minha querida amiga Amanda,
filha de Valdemar Gräf, que me incentiva, e é divulgadora desta coluna seja
pelo jornal ou pelo meu blog: (http://textoslaurindohentz.blogspot.com/).
Ela é bisneta do pioneiro Pedro Gräf e neta de João Gräf que era
casado com Hilda Käfer.
João, depois de casado, morou durante um ano na casa do
seu pai em Cobléns. Isto era um costume da época. Muitos casais ficavam morando
durante algum tempo na casa dos pais ou sogros até conseguirem se estabelecer
por conta própria.
Depois, João foi morar em Arroio Canoas, nas terras de
Valentim Hentz. Era alfaiate, uma profissão importante, pois na época não se
podia comprar roupas prontas. Tudo tinha que ser confeccionado desde as roupas
de semana (wedas tzeich) até as fatiotas para eventos sociais. Hilda, além dos
afazeres domésticos, era, também, costureira.
Conta a Geni que quando nasceu a pequena Norma ela tinha três
anos. Então, na noite do parto, levaram-na para dormir na casa de Valentim.
Isto era um costume da época, provavelmente, para não traumatizar as crianças
presenciando as dores do parto ou em consideração ao tabu sobre o nascimento
dos filhos que diziam serem trazidos por uma cegonha.
A minha homenagem à grande família Gräf que com toda certeza
está deixando sua marca na história de Cobléns e região. Quero, também deixar
meu abraço a Lauri João Lucks que, segundo ele, não perde uma das “histórias do Laurindo”
Interessante a história de Cobléns.Gostei muito da primeira foto e que capricho com as flores.
ResponderExcluirAbraço.
obrigado. ouvir os antigos sempre nos pode trazer conhecimentos.
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