segunda-feira, 20 de maio de 2013

A DISSEMINAÇÃO DAS ESPÉCIES

 animal selvagem, provavelmente um graxaim.

 Há alguns dias, ao caminhar por aí, vi fezes de algum animal selvagem
 com grande quantidade de sementes de uva japonesa

fruto da uva japonesa. Na ponta esta a sementinha.

 estalos das vagens que, ao abrir,
 lançam as sementes a uma considerável distância

flor do pata de boi

Ostra de água doce

Osmar e o açude onde estão as ostras

 Encontrou, no seu açude, varias ostras




A DISSEMINAÇÃO DAS ESPÉCIES

A natureza é sábia. Se observarmos, com alguma atenção, as coisas que nos rodeiam podemos ver como ela se utiliza de artifícios surpreendentes para procriar e disseminar as espécies. Assim, a flor produz o néctar não com a intenção generosa de alimentar abelhas ou nos fornecer o saboroso mel, mas com o único intuito de atrair os insetos que, enquanto se alimentam, também, levam o pólen de uma flor à outra fecundando-a. Há alguns dias, ao caminhar por aí, vi fezes de algum animal selvagem, provavelmente um graxaim. Com surpresa observei que havia grande quantidade de sementes de uva japonesa. O animal comeu o fruto, mas juntamente engoliu as pequenas sementes que depois germinarão dando origem a uma nova planta em algum lugar, muitas vezes, distante da árvore mãe. Nada é planejado ou premeditado. O animal se alimenta do fruto e sem se dar conta retribui a gentileza disseminando a espécie.
Algumas espécies utilizam outras estratégias. Suas sementinhas são dotadas com uma espécie de paraquedas. Vem o vento e as leva para lugares, muitas vezes, distantes.
No início da primavera, quando passamos por uma árvore de “pata de boi”, podemos escutar os estalos das vagens que, ao abrir, lançam as sementes a uma considerável distância. Primeiro se ouve o estalo e em seguida as sementes caindo.
Nas espécies vegetais essas estratégias de disseminação são muito comuns e necessárias por serem espécies sem mobilidade. Entre os animais isso é mais raro. No entanto, creio que algumas aves pescadoras fazem esse trabalho quando se alimentando de peixes com ovos já maduros. Como se explicaria a presença de peixes em pequenos riachos que para terem acesso teriam que subir por cascatas enormes.
Um dia desses, meu amigo Horácio me ligou. Encontrou, no seu açude, varias ostras. Como essas ostras poderiam ter chegado ao açude? Elas são ostras de água doce e também conseguem produzir pérolas sob determinadas condições.
A natureza age no silêncio, sem pressa e sem alarde. Quando você se encontra numa floresta então poderá ouvir o verdadeiro silêncio. Mas esta aparente inatividade é somente ilusão. Na floresta há vida em abundância. As árvores incessantemente estão crescendo. Há um mundo microscópico e uma diversidade de seres vivos e cada um cumprindo com sua função. As leis da natureza na floresta selvagem são obedecidas rigorosamente. Aí a natureza é soberana. Somente o homem, através do seu livre arbítrio, é capaz de ferir esta ordem natural.

2 comentários:

  1. Este texto é interesante, instrutivo e desafiador.
    Parabéns.

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  2. na açude do me sogro tem! ja foi tirado umas mil ostras e ainda está cheia delas

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