ampulheta |
Papa Gregório XIII |
O TEMPO
Contar o tempo
Aferir o tempo é uma invenção do homem. Apesar de não ser próprio da natureza humana, desde muito, o homem se preocupou em contar o tempo.
Sabemos que alguns índios usavam “luas” como unidade para medir o tempo. Já ouvi falar em “taquaras” para determinar a idade de uma pessoa.
Um dos mais antigos instrumentos de contagem do tempo é a ampulheta, ou relógio de areia.
O Calendário que hoje está em vigor na maioria dos países é o calendário “Gregoriano”, em homenagem ao Papa Gregório XIII que o adotou oficialmente em 24/02/1582.
Imagino que, lá nos início da humanidade, não se contava o tempo. Simplesmente se vivia a vida. Hoje, você precisa se comportar conforme o seu tempo.
Existe um espírito dentro de nós que detém o poder da vida. Aliás, somos este espírito. O corpo é somente a habitação. Ele não obedece à contagem do tempo. Quem envelhece não somos nós, é a nossa morada, o nosso corpo. O espírito é eterno e não degenera.
O preconceito social é que nos impõem limites. A sociedade nos padroniza; com determinada idade a criança deve caminhar; não é normal que a criança não fale aos dois ou três. Para tudo estabelecemos limites baseados na idade cronológica dos indivíduos. E quem foge desse padrão não é normal. Se você tem dezoito não pode namorar uma mulher de quarenta. Não importa o sentimento, importa a diferença de idades. Estabelecemos um tempo para ir à escola, poder dirigir, votar, casar e morrer.
Essa contagem é que determina o que deve acontecer nas nossas vidas. Não respeitamos a natureza de cada um. Você fica ansiosa se, aos quatorze, ainda não ficou mocinha. O que diriam se soubessem que aos dezoito ainda é virgem e aos vinte e cinco não achou alguém para namorar? Se aos trinta e cinco ainda não tem filhos? Não tem uma profissão?
De repente você se dá conte que já está em idade de morrer e então se conforma e desiste dos sonhos, dos planos, não porque não tem saúde e disposição, mas porque foi estabelecido que com essa idade já é hora de abandonar tudo e se preparar para morrer.
A contagem do tempo é perversa. Se pudéssemos deixar a natureza conduzir as nossas vidas, sem pressões, sem julgamentos... Se pudéssemos conduzir nossas vidas sem o pré-estabelecido respeitando o ritmo que a natureza estabeleceu para cada indivíduo, sem ansiedade respeitando o tempo de maturidade de cada um...
Nós somos um espírito, e espírito não conta o tempo, não tem idade.
Parabéns pelo texto
ResponderExcluirFoste feliz e muito sábio em escrever sobre o tempo.
ResponderExcluirMuito verdadeiro o texto, mas Tb não havia me dado conta disso.Parabens
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