A TRANSITORIEDADE DESTE MUNDO FENOMÊNICO II
O desequilíbrio é a mola que nos impulsiona para a ação. O bem-estar, o problema resolvido, o objetivo atingido provoca a acomodação.
A natureza, da qual fazemos parte, constantemente, promove desequilíbrios fomentando ações em busca de uma nova ordem. Não fosse assim não haveria evolução. Continuaríamos morando em cavernas e a nossa permanência por aqui não faria sentido, pois, estamos aqui para crescer e evoluir.
Quando a nossa situação de vida parece perfeita, quando achamos que tudo está na mais perfeita ordem aí vem a “vida” e embaralha tudo; um novo colégio, a demissão no trabalho, uma traição, a perda de alguém que você ama, uma doença ou tantas outras situações que podem por sua vida de cabeça pra baixo. Então é necessário que saiamos do comodismo e busquemos uma nova ordem. A natureza é assim, e como fazemos parte dela, também, constantemente, somos chamados para novos desafios.
Nada neste mundo fenomênico é para sempre. Somente nós, como espíritos, somos eternos e estamos nesta encarnação para crescer e nos aperfeiçoar. Por isso é que quando tudo parece perfeito alguma coisa dá um jeito de perturbar a nossa trajetória forçando-nos a sair do marasmo e nos impulsionando para ações que levem a novos aprendizados.
O espírito sempre quer novas experiências. As antigas amizades precisam dar lugar para novos relacionamentos. Novas experiências, conhecimentos e novos ambientes são necessários para que o espírito possa iniciar um novo ciclo de crescimento. Precisamos ter coragem para virar a página quando os indicativos mostram que na circunstância atual nada mais há para aprender. A nossa tendência ao comodismo, então, precisa ser vencida.
Os jovens têm maior facilidade para deixar para trás as velhas conquistas e partir para novas situações. Quanto mais idade tiver o indivíduo, mais a tendência ao comodismo se manifesta. Mas você precisa se manter dinâmico porque o espírito em você quer sempre crescer e se você não lhe oportunizar esta condição ele irá descartá-lo.
A morte vem quando você se deixa vencer pelo comodismo e a busca pela novidade não o atrai mais.
Então você está cansado de viver.