segunda-feira, 28 de março de 2022

PARA SEMPRE - Somente o nosso Espírito



 

PARA SEMPRE - Somente o nosso Espírito

 

 Em geral, somos aversos às mudanças. Porém, o bem-estar, o problema resolvido, o objetivo atingido necessitam de novas atitudes para não cairmos na acomodação.

 A natureza, da qual fazemos parte, promove constantemente desequilíbrios fomentando ações em busca de uma nova ordem. Não fosse assim não haveria evolução. Continuaríamos morando em cavernas e a nossa permanência por aqui não faria sentido, pois, estamos aqui para crescer e evoluir.

 Quando a nossa situação de vida parece perfeita, quando achamos que tudo está na mais perfeita ordem aí vem a “vida” e embaralha tudo; um rompimento amoroso, a demissão no trabalho, uma traição, uma doença ou tantas outras situações que podem por nossa vida de cabeça pra baixo. Então é necessário que saiamos do comodismo.

 A natureza é assim, e como fazemos parte dela, também, somos chamados para novos desafios.

Nada neste mundo fenomênico é para sempre. Somente como espírito, somos eternos, e estamos nesta encarnação para crescer e nos aperfeiçoar. Por isso é que quando tudo parece perfeito alguma coisa dá um jeito de perturbar a nossa trajetória forçando-nos a sair do marasmo, e impulsionando-nos para novos aprendizados.

O espírito sempre quer novas experiências. As antigas amizades precisam dar lugar para novos relacionamentos. Novas experiências, conhecimentos e novos ambientes são necessários para que o espírito possa iniciar um novo ciclo de crescimento. Precisamos ter coragem para virar a página quando os indicativos mostram que na circunstância atual nada mais há para aprender. A nossa tendência ao comodismo, então, precisa ser vencida.

Os jovens têm maior facilidade para deixar para trás as velhas conquistas e partir para novas situações. Quanto mais idade tiver o indivíduo, mais a tendência ao comodismo se manifesta. Mas você precisa se manter dinâmico porque o espírito em você quer sempre crescer e se você não lhe oportunizar esta condição ele irá descartá-lo.

 A morte vem quando você se deixa vencer pelo comodismo e a busca pela novidade não o atrai mais.

 Então você está cansado de viver.

 

 

 

domingo, 13 de março de 2022

OS NOVE VARÕES Parte 2




Miguel Hentz, pai dos nove


Paulo Hentz
Os nove mais o pai Miguel


                                      OS NOVE VARÕES Parte 2

 

Por volta de 1990 fui a Harmonia entrevistar Hilda Hentz Wolf.

Anselmo Hentz vendia batatas na região, e foi ele quem a descobriu. Ela era a última neta viva de Michel que, apesar da idade, ainda gozava de boa saúde e de uma memória invejável. Seu pai chamava-se Augusto (Hentz August), um dos nove.  Ela conheceu todos eles, como também, o Vô Miguel e a vó Maria.

 Depoimento de Hilda:

MIGUEL SIMON HENTZ (Michel)

 Vô Miguel casou novamente depois da morte, prematura, da esposa Maria Wälter. Esse casamento não deu certo por que criou desavenças entre seus filhos e os filhos da nova esposa. Por isso deixou a propriedade em Harmonia para seus filhos e se mudou para Serro Azul (Hoje Cerro Largo) levando consigo Filipe, o filho mais novo.

- FILIPE (PHILIPE)

Filipe ainda era criança quando saiu de Harmonia. Foi o único filho de Miguel que acompanhou o pai quando este se mudou para Cerro Largo.

O sobrenome HENTZ é muito comum em toda região. Provavelmente são descendentes de Felipe Hentz, o caçula da família.

 - NICOLAU

Foi morar em Arroio do Meio. Veio passear várias vezes a cavalo. Era casado com Thereza Fink.

Em Arroio do Meio, Forqueta, Cruzeiro do Sul e região, o sobrenome Hentz é muito comum. Devem ser os descendentes de Nicolau Hentz e Tereza Fink.

- AUGUSTO

Foi o pai da entrevistada. Ele era casado com Amalia Löff. Tiveram somente uma filha, Hilda, a entrevistada, nascida 1914 casada com Ivo Wolf. Augusto fixou  residência em Harmonia.  tocava clarinete, gaitinha de boca, era farrista e gostava de ir nos bailes. Foi enterrado no cemitério de São Benedito.

- JOSÉ

Sobre José Hilda nada soube falar, porém, como José foi meu avô, sobre ele tenho várias informações: Foi casado com Luiza Hilgert e morou em Campestre. Morreu cedo e a viúva Luiza casou novamente com Pedro Käfer vindo morar em Arroio Canoas. José está enterrado em Campestre.

JACÓ (Jacob)

Jacó era casado com Anna Nonemacher. Ele ficou com a propriedade quando Michel se mudou para Cerro Largo. Tiveram  uma filha, a Carolina que casou com Albino Ledur. tiveram vários filhos: Seno, Norma, Hedio, Oscar, Irineu, Lona, Maria e Carolina.

  Albino e Carolina cuidaram de Ana por que Jacó faleceu cedo (40 anos) e por isso herdaram a casa e a propriedade.

 Albino tinha espírito empreendedor. Além da roça teve, também, uma cachaçaria, uma olaria e uma queijaria. Albino e Carolina foi o último casal que morou na casa construída por Michel. Oscar, filho Albino, (falecido) casou com Áurea que são os proprietários atuais

- FRANCISCO XAVIER HENTZ

Francisco era casado com Tereza Kelsing. Foi morar em Seara onde já residia seu filho Linos.  Linos deixou uma descendência numerosa na região de Seara. Entre eles conheci, pessoalmente, Paulo Hentz residente em São José SC. Agradeço a Paulo pelas importantes informações que prestou. Ana, também filha de Francisco, foi casada com Leopoldo Posen, e morou em Harmonia.

- JOÃO HENTZ (Hanes)

João foi casado com Margarida Stein. Deve ter se estabelecido na região de Tupandi, Campestre ou São José do Hortêncio. Entre os filhos de João cito, especialmente, José que foi morar em Porto Rico, Missiones, Argentina em 1920. José fez história por lá, e é considerado o primeiro industrial da região por ter construí um navio. Em sua homenagem o acesso ao Parque Industrial da Rota 12 leva seu nome.  José deixou numerosa descendência naquela região entre os quais cito Leonor Kuhn que foi de grande valia quando escrevi sobra José e sua obra na Argentina. (vide no meu blog “textos Laurindo Hentz UM NAVIO CHAMADO EVA”). Também quero citar Virgílio kuhn e Juan Hentz que conheci pela net.

- MIGUEL FILHO

Foi casado com Amália Eckert. Miguel fixou residência em Vigia. Sua mulher, Amália, era natural de Arroio das Pedras. Belarmino foi um dos filhos.

- PEDRO CRISTIANO

Era casado com Luiza Nonemacher.

O casal não teve filhos e por isso adotaram duas sobrinhas: Alvora e Veleda. Pedro tinha como ofício transportar a produção dos colonos, de Harmonia a São Sebastião do Caí. O transporte era feito com carroças puxadas com juntas de bois.

Na próxima semana vou concluir o relato sobre a saga dos HENTZ em Harmonia.