terça-feira, 29 de maio de 2012

DIONISIO

Da roça Dionisio via esta paisagem maravilhos.
Dionisio em busca de motivos para fotografar
Uma figueira se alojou no alto do rochedo. As raizes buscaram o solo.

Aloisio Royer, vizinho de Dionisio


O Jardim de D. Clara deixou marcas no bom gosto de Dionisio
A roça, e nos fundos o paredao.



 DIONISIO


É filho de Clara Royer e Anselmo Weschenfelder. Criou-se em meio à natureza na propriedade de seu pai, cercado pelas coisas bonitas que a natureza proporciona a quem vive naquelas paragens. A propriedade de Selmo tem um encanto especial. Da roça, onde Dionisio, desde pequeno, ia ajudar nas lides, se pode avistar os paredões no outro lado do Cafundó. É uma vista deslumbrante que as tardes, com o sol já se pondo, devem ter atingido sua alma despertando nele sensibilidade e esta paixão pelo belo e pela arte.
Sua família, apesar de humilde, lhe ensinou os princípios da dignidade humana. A sacrificada lide da roça lhe revelou que a vida é dura e que as coisas que queremos não caiem, prontas, do céu.
 Como em quase todos os lares de Arroio Canoas, também, a mãe de Dionísio cultivava um jardim em frente à casa. No seu blog, quando fala do seu gosto pelas flores, escreveu:
“Quando criança já as cultivava. Minha mãe ensinou  técnicas de plantio e a guarda de sementes de um ano para outro. À esta infância querida devo minha paixão por flores.”

Dionísio já viajou por vários países e pelo nosso interior. A companheira inseparável, nestas ocasiões, é sua máquina de tirar fotografias.
 Ele mantém um blog onde posta, para o nosso deleite, as coisas lindas que vai buscar por toda a parte. Registra todas as coisas belas que encontra, mas sua preferência são as flores.
Os primeiros anos e a infância são fundamentais para determinar o caráter de cada ser humano. Esses anos deixam marcas indeléveis na alma da criança e nada pode mudar essa essência. A vida pode mudar muitas coisas, mas o que aprendemos no seio da família, quando pequenos, nos acompanhará para o resto de nossos dias.
Este texto não tem um objetivo político. É somente reconhecimento por alguém que, além de talentoso, é meu amigo.
O Dionísio não é candidato.

Visite o blog de Dionisio:


 Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/tracker/4873953784822573501-6636499797417527120?l=artedionisio.blogspot.com

segunda-feira, 21 de maio de 2012

PROFISSOES

Brasilia, Antro de corrupçao


AS PROFISSOES

Provavelmente, lá no início da humanidade já havia profissões. Imagino que nas aldeias primitivas sempre alguém sabia pescar melhor. Outros eram muito fortes e hábeis nas lutas, ou eram espertos e corajosos para caçar. Havia poucas necessidades, por isso, também, poucas profissões.
Na medida em que a humanidade foi se sofisticando as necessidades aumentaram e em consequência, também, o leque de profissões. Hoje, a cada dia, surgem novas profissões. Há uma necessidade cada vez maior de especialistas nas mais diversas áreas da atividade humana. Na mesma medida que surgem profissões novas, desaparecem outras. Um profissional que há pouco tempo era importante, de repente ficou sem trabalho. Quem, ainda hoje, põe no seu currículo que tem curso de datilografia? Ou um mecânico que é especialista em carburador? Você sabe o que faz o lixólogo? Já existe faculdade do lixo.
Exercer uma profissão é algo nobre. Na medida do possível as pessoas devem procurar profissões que combinem com seus talentos, gostos e aptidões.
Você acha que “político” deve ser uma profissão? Em Quinta Coluna do Sul é. Talvez um dos nossos maiores males seja a profissionalização da política. Conheço pessoas que entraram para a vida pública recentemente e ficaram surpresos com as possibilidades e facilidades de haver corrupção. Acredito nessas pessoas e tenho certeza que não são corruptas. Mas um dia a necessidade aperta e aí ao ver a oferta escancarada e a convivência com os já mais experientes ele sucumbe á tentação. E quem fez uma vez... Onde passa um boi... Por isso que entendo que a renovação na política seria algo muito salutar. Para mim o cidadão, ao fim do seu mandato, deveria voltar para casa e exercer sua profissão de antes. Mas essas coisas provavelmente nunca vão mudar porque são eles que fazem as leis. Não iriam legislar contra seus interesses. Criam-se então grupos fechados que se locupletam nos órgãos governamentais e não permitem a oxigenação nas administrações públicas. Os vícios se instalam e aos poucos esses grupos se sentem donos quando na verdade deveriam ser servidores passageiros.E nao só em Quinta Coluna do Sul
 
 
 

 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

CINEMA - A SÉTIMA ARTE

Renato Chies. Passava filmes do Consulado Alemao.

Claudino Käfer assistiu "Lucia, jacinta e Francisco"

Residência de Claudino
Projetor antigo tocado a manivela

Projetor antigo.



A SÉTIMA ARTE

Porque o cinema é chamado de “SÉTIMA ARTE”?  Porque até a descoberta do cinema havia uma liste de Hegel, de seis artes: arquitetura, escultura, pintura, música, dança e poesia. Em 1912, o intelectual italiano Ricciotto Canudo, propôs que se incluísse o cinema nesta lista como a sétima.
Basicamente o cinema é uma ilusão. Na verdade, o que vemos é uma sucessão de fotografias que por ser muito rápida nos dão a impressão de movimento. Este princípio é o mesmo desde os primeiros filmes até as máquinas modernas. Sempre é uma sucessão de fotografias. Quando você filma alguma coisa no seu celular está utilizando esse mesmo principio. O que mudou é a forma de registrar as fotografias: do analógico para digital.
O cinema é um recurso importante para o entretenimento, educação e informação. Foi, por exemplo, utilizado por Hitler para difundir suas ideias, entre o povo alemão, e assim consolidar o “TERCEIRO REICH”.
Entre a nossa gente o cinema também causou impacto. Lá pelos anos cinquenta e sessenta eram exibidas fitas nas nossas colônias. Algumas vezes utilizaram-se salões para abrigar o público ou ao ar livre para poder acolher as pessoas que acorriam em grande número. Era uma novidade impressionante. A Norma lembra que era uma menininha quando viu cinema pela primeira vez. Foi no Salão do “Fridche”. Era uma fita que orientava os colonos no seu ofício de cultivar. Lembra que mostrava o cuidado que se deveria ter na escolha da semente da batatinha. Claudino Käfer lembra da fita “JACINTA FRANCISCO E LÚCIA”. Claudio contou que ficou muito impressionado e que as pessoas se baixavam quando na tela mostrava um avião que parecia iria passar por cima da cabeça deles. Disse que também se impressionou quando ouviu um cachorro falando. O Renato Chies contou que nos anos cinquenta e sessenta tinha um amigo no consulado alemão e através dele conseguiu emprestado todo o equipamento, inclusive uma combi, para passar fitas por todo o interior de Salvador do Sul.
Vejam, são cinquenta ou sessenta anos quando a nossa gente viu, pela primeira vez, cinema. Nas colônias foi um acontecimento tão grande que deixou muitas pessoas impressionadas a ponto de ainda hoje lembrarem, com detalhes, o que foi mostrado. Hoje, qualquer criança com seu celular, é capaz de produzir um filme.
Como tudo, também a “A SÉTIMA ARTE”, evoluiu muito rapidamente. Creio que essa rapidez com que as coisas mudam tenha uma implicância no comportamento da sociedade moderna. Sempre precisamos de novidades. E quando não podemos tê-las constantemente, nos frustramos. Talvez seja essa a principal causa de depressão que acomete grande parte da população de hoje.


domingo, 6 de maio de 2012

UM AVIAO CAIU NA FRANCESA

O aviao acidentado guardado pelo soldado Celso(foto, José I. Flach)  

Arlindo e Maria Heinzmann

No primeiro plano o campo e acima o local do pouso.





UM AVIÃO CAIU NA FRANCESA



Aconteceu no município de Barão, Linha Francesa, na propriedade de Albino Brumelhaus no dia 2 de novembro de 1976.
 Naquela época, os colonos desse nosso interior produziam uma grande variedade de cultivos. Na medida do possível, precisavam se bastar. Tudo o que a propriedade produzisse não precisava ser comprado: amendoim, pipoca, aipim, batata doce, feijão, lentilha, trigo e etc. e, é claro, milho e mandioca para engordar os porcos.
Numa encosta, Albino havia semeado trigo que, no início de novembro já estava quase maduro. As espigas amareladas e cheias de grãos prometiam uma boa safra.
 Eis que no dia dois de novembro, a perspectiva de produção de Albino mudou drasticamente porque alguém inventou usar seu trigal para pousar um avião. Era um monomotor que teve que fazer um pouso forçado devido a uma pane.
Foi um fato extraordinário no pequeno povoado e sua população ficou alvoroçada. Veio gente de toda a redondeza testemunhar o acontecido. Arlindo Heinzmann e sua mulher Maria testemunharam o acidente. Disseram que ouviram um estrondo muito forte e quando saíram para a rua viram o avião caído na roça de Albino. Inácio Flach conta que não houve estrondo, pois o avião já vinha com o motor desligado desde Bom Princípio devido a uma pane. Então, o piloto escolheu o campo de futebol para fazer o pouso, mas ao se aproximar, viu um grupo de crianças brincado no campo. Aí não teve outro jeito se não utilizar o trigal de Albino.
Havia duas pessoas no teco-teco e ambos saíram ilesos do acidente. Dizem que, depois de saírem do avião, os dois foram direto para a igreja, e ajoelhados na escadaria agradeceram por terem saído ilesos do acidente. Nenhum dos dois sofreu se quer um arranhão. O piloto era instrutor do Clube de Aviação de Charlau.
Conta-se que Albino, até hoje, está esperando ser indenizado pelo estrago que o avião causou no seu trigal.
No segundo domingo de setembro é o kerb da Linha Francesa. Por causa da queda de produção de trigo, no kerb daquele ano, a Senhora Alvina Brumelhaus fez três cucas a menos. Faltou farinha.