sábado, 25 de fevereiro de 2012

FORQUILHA DE PESSEGUEIRO






Esta foto e vídeo são de 1990.
 Lindolfo Käfer sabia procurar água com uma forquilha de pessegueiro

A FORQUILHA DE PESSEGUEIRO


 Nesses últimos anos, a humanidade está vivenciando um desenvolvimento espantoso. Os avanços da eletrônica e da cibernética nos deixam maravilhados e achamos que eles podem resolver todas as nossas questões. Essa explosão tecnológica e científica nos deixou insensíveis a muitos valores da cultura popular que atravessaram séculos mostrando resultados inquestionáveis. Rimos de curas espirituais, de simpatias, de crendices e superstições, e da medicina caseira. Muitas práticas foram abandonadas só porque, ainda, não tem suporte científico.
Acho que tudo isso deixou nossa sociedade doente. Não descansamos. Constantemente estamos de olho no vizinho: seu carro do ano, televisão, geladeira, seu tênis, na pintura moderna da sua casa e, podem ter certeza, na sua nova mulher jovem e enxuta apesar de não admitirmos isso publicamente. Quando não podemos apresentar, constantemente, uma novidade, nos sentimos desconfortáveis e depressivos, e enchemos os consultórios dos psicólogos e psiquiatras.
Conheço, aqui na minha pequena comunidade, pessoas que sabem achar veios de água subterrânea utilizando somente uma forquilha de pessegueiro. Tenho um poço cavado na minha propriedade que fornece água boa graças à habilidade do Lindolfo e sua forquilha de pessegueiro. Muitos outros poços foram cavados com um percentual de êxito espantoso como, por exemplo, na propriedade de Claudio Käfer. Sei que Tiago Hentz e Silfredo Weschenfelder também tem esse dom.
 No Google pude ver que essa aptidão é conhecida em todo mundo e alguns países dedicam esforços para aprimorar esse dom que, sabemos, somente algumas pessoas possuem. Essa habilidade chama-se radiestasia ou hidromancia.
Conheci um empresário importante em Caxias do Sul que me disse ter-se submetido a uma cirurgia espiritual para curar um câncer. Decorridos já alguns anos, o empresário está bem. Disse que, depois de concordar com a cirurgia, levaram-no a um local onde procederam a intervenção. Sua mulher, que dormiu ao seu lado, e os familiares juram que ele não saiu de casa naquela noite, mas o câncer sumiu. Há poucos dias, uma amiga por quem tenho um grande carinho, detectou um problema de saúde, aparentemente, grave. Começou a se tratar com os métodos da medicina tradicional. Um dia me disse que se submeteu a uma cirurgia espiritual. Agora está bem e já não necessita mais de medicação.
Talvez seja hora de voltarmos. De, também, prestarmos atenção nas coisas que a ciência não pode comprovar. De aprender que temos necessidades além dos bens de consumo que podem nos anestesiar, porém, só por algum tempo.
Abandonamos o convívio social em troca da perspectiva de ganhar mais, porque precisamos comprar, comprar e comprar. E aí vemos que alguém ao nosso lado já comprou outra novidade. Então precisamos correr novamente porque não podemos ficar para trás.
Minha Flor Amarela havia perdido o viço. Agora, novamente, está bem. E isso é maravilhoso!                                    

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

TRECHO DE REENCONTRO


Mais um pequeno trecho do meu próximo livro"REENCONTRO". É uma história de ficçao cientifica contada em três livros: "HOMO SAPIENS NO PLANETA AZUL", "ELIS MAE DE DOIS MUNDOS" E, "REENCONTRO" que encerrará a trilogia.

"O instinto materno estava preparando seu organismo para ser mãe. Isso era maravilhoso. A natureza humana voltara a palpitar dentro dela. Eram os primeiros sinais do recomeço, da esperança, do caminho da volta que haviam perdido.
Combinamos manter segredo até que tivéssemos certeza sobre as nossas suspeitas. Em pouco tempo, seu ventre começou a apresentar os primeiros sinais da gravidez. Seus seios cresceram. Não havia mais dúvidas. Então passou a vestir roupas apropriadas para não chamar a atenção das pessoas que poderiam interpretar mal as mudanças que seu corpo exibia.
Fomos procurar Áquilus para lhe contar sobre a auspiciosa notícia.
Ele ficou enternecido. Ajoelhou diante de Dora beijou seu ventre que já exibia os primeiros sinais da gravidez. Acariciou, carinhosamente, aquela protuberância como se estivesse afagando um filho amado. Viu os seios dela se desenvolvendo. Sabia que estava diante de um milagre; o milagre da volta. Nesse momento entendeu que a natureza estava retomando o seu lugar depois de agredida e, aparentemente, subjugada. Ah o tempo! O que importa o tempo? A natureza tem mil caminhos para trilhar. Anos e séculos para esperar! Se a prepotência do homem cria obstáculos, com toda a paciência, ela os contorna. Sem pressa e sem alarde elege outro caminho. Ela é perfeita e insubjugável. Ela irá retomar a soberania mesmo que para isso tenha que se valer de crueldade. Sofre calada, os abusos de mil gerações e se vinga de uma só porque somos um tecido único desde o princípio. Quando parece derrotada ressurge vigorosa onde ninguém podia imaginar. Seria ela o "Deus da Vingança” que as religiões proclamam?  Ou somente um instrumento Dele?
 Ficou um longo tempo ajoelhado diante de Dora em compenetrado silêncio. Queria vivenciar, intensamente, esse momento do qual, talvez, somente ele tinha a exata noção do verdadeiro alcance.
Um dia Lídia veio procurar Dora e lhe contou que também menstruara. A natureza, em Lídia, seguia o mesmo caminho que em Dora.
Quando fui procurar o “selvagem”, me disse que estava muito feliz ao lado de Lídia. Que era uma ótima companheira e, com um sorriso maroto nos lábios, disse que dormiam na mesma cama.
O caminho da volta estava cada vez mais evidente.
 

CAPÍTULO XVII

Eu não tinha mais dúvidas. A gravidez de Dora, e agora, também, a menstruarão de Lidia indicavam com clareza o caminho..."



terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

REENCONTRO





REENCONTRO
Texto extraído do meu terceiro livro, “REENCONTRO”, ainda não lançado, que encerra a trilogia de: “HOMO SAPIENS NO PLANETA AZUL”, “ELIS MAE DE DOIS MUNDOS”, e “REENCONTRO”.


“Fernanda percebeu que precisávamos dessa noite para nós e, por isso, foi dormir no seu aposento. Abracei Luna com ternura, e assim ficamos por longo tempo sem uma palavra e sem um gesto. Depois relembramos os momentos bonitos, que foram tantos, apesar de nos conhecermos há tão pouco tempo: do primeiro dia lá em casa, dos dias felizes de convívio em Orus, das caminhadas, dos ciúmes dela quando me aproximava de Fernanda, da briga com Áquilus para ser a escolhida naquela cena de amor na praia. Rimos, nos emocionamos e choramos. Tudo era intenso e forte naquela noite.
 Senti que Luna precisava desesperadamente do meu carinho. Uma paixão irresistível a consumia. Seu corpo vibrava a cada carícia, a cada toque. Quando nossos corpos nus se tocaram senti a vida pulsar dentro dela. A emoção do momento nos impeliu para uma dimensão além da matéria. O que tivemos não foi uma simples relação carnal. Ela só serviu de instrumento para nos transportar para algo muito além do mundo manifesto. Nossas almas vibravam em sintonia como os acordes afinados de uma linda canção a duas vozes e fomos arrebatados pela fonte do prazer total, na qual bebem e se embriagam somente os protagonistas de grandes amores.
 Só despertamos desse êxtase altas horas da madrugada. Luna disse que estava com frio. Cobrimo-nos e a aqueci com meu corpo ainda desnudo. Assim dormimos até sermos acordados por Fernanda que estava se preparando para partir de volta para a Terra.
Apesar da tristeza imensa que nos acometia, tínhamos consciência de que a atitude de Áquilus era a mais acertada. Ele precisava agir racionalmente, nessa hora, o que nós não conseguíamos fazer devido ao componente emocional que inibia o nosso bom-senso. De um modo especial, para Luna e para mim, a separação era dolorosa. Amávamo-nos intensamente.”